XCOM: Enemy Within - Sessão de jogo

Ocasionalmente ainda recordamos os feitos que os nossos soldados alcançaram quando jogámos XCOM: Enemy Unknow. A ligação que estabelecemos com as nossas tropas deveu-se em boa parte à inclusão da opção de morte permanente e à habilidade para renomear os soldados. Mas mais determinante ainda foi a forma como juntos sobrevivemos a missões perigosas na defesa da humanidade perante uma invasão alienígena. Como juntos evoluímos e nos especializamos em vários estilos diferentes, adaptando-nos às tácticas no campo de batalha.

É aqui que XCOM: Enemy Within parece ter implementado as mudanças mais significativas, introduzindo unidades MEC e soldados modificados geneticamente. Os jogadores vão ter mais opções em combate, mas também novos inimigos para enfrentarem. Todas estas mudanças foram detalhadas na nossa antevisão anterior), mas não foi isso que fomos experimentar aos escritórios da 2K. Fomos lá para descobrir uma nova camada estratégica que será adicionada à jogabilidade.

O ingrediente principal é Exalt, uma organização ainda mais discreta que a XCOM, que trabalha de forma a prejudicar as batalhas do jogador contra a invasão alienígena. Eles não estão a colaborar com os invasores, mas também não são de todo aliados. O seu objetivo é conseguir acesso à tecnologia Alien primeiro que a XCOM.

A Exalt vai tentar fazer isso ao colocar equipas em vários países. Quando maior for a dificuldade escolhida para o jogo, maior será a frequência com que estes adversários humanos vão conseguir detetar as fraquezas da vossa equipa e explorar isso para seu benefício. A Exalt, contudo, só entra em ação a partir do mês de maio, no calendário do jogo.

Podem detetar as equipas da Exalt se procurarem no mapa-mundo da base. Quando aparece o seu sinal, podem enviar um soldado para investigar o grupo e recolher dados sobre a ameaça. Obviamente que se entretanto for preciso lidar com os alienígenas, o soldado enviado não estará disponível para essa missão.

Quando esta tarefa de espionagem terminar, cabe ao jogador executar uma missão de extração, recolhendo o seu soldado e as informações obtidas. Estas missões vão chegar em duas formas. O primeiro serve para recolha de dados, onde terão de proteger um dispositivo que mascara a presença do transmissor de dados. O vosso oponente precisa de controlar a área em torno do dispositivo durante três turnos e se falharem, a atenção volta-se para o transmissor.

Demoram outros três turnos para controlar a área à volta do transmissor para que sejam forçados a combater os Exalt, mas se conseguirem sobreviver aos ataques das forças inimigas, a data é enviada e a missão um sucesso.

Os jogadores podem tornar a sua própria vida mais fácil se aproveitarem um dos poderes do Operativo (que se junta à equipa de extração, mas apenas armado com uma pistola), o que permite destruir transmissores inimigos e reduzir as suas capacidades ofensivas. Se conseguirem isto vão impedir que as tropas da Exalt utilizem as suas armas primárias por um tempo limitado, embora ainda possam utilizar granadas.

O segundo modo que vai desafiar os jogadores é Extraction, e este é mais simples. Nestas missões os jogadores só terão de desligar dois dos transmissores inimigos e depois chegar à zona de extração, embora sejam bombardeados com vagas de opositores por todos os lados. Embora a sombra da morte permanente esteja sempre presente, a maior parte da equipa é dispensável até certo ponto. Mas se o Operativo morrer, acaba a missão.

Numa perspetiva de jogabilidade, o que é mais significativo é que estes soldados da Exalt são humanos e em muitos aspetos conseguem imitar as habilidades dos nossos soldados. Segundo Anada Gupta da equipa de produção, "é a oportunidade de dar aos jogadores um pouco do seu próprio remédio."

Este espelho tático que reflete para os jogadores representa um desafio muito diferente do que encontrámos com a ameaça alienígena. Os soldados da Exalt lutam como uma unidade e tomam decisões mais semelhantes às dos jogadores, além de terem um arsenal de armas que representa outro tipos de desafios que terão de superar.

Apesar da Exalt não conseguir aproveitar a capacidade genética dos seus soldados na mesma eficácia que a XCOM, as suas tropas também vão melhorando ao longo da campanha. Reparámos ainda que as suas forças são numerosas. Enquanto um único soldado não é uma ameaça séria, os seus números devem ser considerados. Normalmente aparecem no mapa em equipas de três, vindos de todos os cantos, por isso é necessário ter atenção para não ser flanqueado de surpresa.

"As equipas da Exalt utilizam táticas de equipa de uma forma que os alienígenas não conseguem," explicou-nos Gupta quando a sessão terminou. "Estamos muito orgulhosos da inteligência artificial que controla a Exalt, da forma como equilibram os seus próprios objetivos com a vontade de eliminar a equipa do jogador. Às vezes vão ver os soldados da Exalt sacrificarem posições vantajoas para chegarem mais cedo às áreas dos objetivos. E sabem utilizar os explosivos com eficácia, bem como fumo defensivo, atiradores furtivos, kits médicos..."

Outra novidade importante é a introdução de vários mapas novos. A Firaxis ficou surpreendida com o número de missões em que os jogadores participaram em Enemy Unknown e os mapas acabaram por ser reciclados mais vezes do que desejariam. Por isso vão introduzir vários mapas novos para contrariar essa situação.

Em relação à Exalt, supomos que os objetivos finais se prendam com a procura da sua base e respetiva eliminação, embora seja necessário confirmar isso no jogo final. Até lá serão mais um espinho na luta contra os alienígenas. São um grupo sinistro e lutar contra eles vai permitir variar um pouco o ritmo do jogo. Adicionem algumas funções novas, como o novo botão "Disponibilizar Itens", que desequipa todo o equipamento dos soldados que não estejam na equipa atual e Enemy Within começa a parecer uma expansão muito interessante. Além dos novos fatos MEC e os soldados geneticamente melhorados. Se gostaram de XCOM: Enemy Unknown tomem atenção a este lançamento em novembro.