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Until Dawn

Until Dawn

Nova sessão aterrorizante com o exclusivo PS4 de terror.

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Until Dawn parece estar a concentrar-se em apelar a certos grupos muito específicos de jogadores. De um lado existe o tema de terror (mais horror) que parece ser abrangente a tudo o que foi mostrado sobre o jogo, desde o conceito geral aos detalhes mais ínfimos, que só se tornam evidentes depois de múltiplas sessões pela mesma sequência.

Por outro lado está uma experiência muito linear, que lembra de certa forma o que a Quantic Dream fez com Beyond: Duas Almas e Heavy Rain. Enquanto estes jogos se concentram em temáticas sobrenaturais ou mistério, respetivamente, Until Dawn tem um foco muito diferente, embora igualmente cinematográfico

O início da secção que jogámos deixou-nos genuinamente tensos. Num estilo de verdadeiro filme "Slasher" de terror, a secção arranca num chuveiro, com Sam (interpretada por Hayden Panettiere), ao som de música clássica. Um homem sinistro espreita atrás dela, a observar, mas como está de olhos fechados e fones, Sam não se apercebe. Só quando o homem decide sair, provocando uma corrente de ar que apaga a vela, é que Sam se apercebe de que algo de errado se passa.

O homem saiu da casa de banho, mas levou as roupas de Sam, deixou-lhe apenas uma toalha. Mais chateada que preocupada, Sam vagueia pela casa para tentar perceber quem foi o responsável pela brincadeira. Mas não é brincadeira. Momentos mais tarde fica presa na sala do projetor, onde o homem inicia um filme, inicialmente chocando-a por mostrar imagens suas a tomar banho, e depois aterrorizando-a por mostrar a barriga de um amigo seu a ser aberta. Até aqui conduzimos Sam de forma relativamente tradicional, controlando os seus movimentos com o analógico esquerdo e a câmara com o analógico direito. Depois da sequência do filme, o esquema de controlos muda.

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Until Dawn

As portas da sala do projetor abrem-se, revelando o homem ameaçador a Sam, que tem um estilo clássico de terror - máscara de ski e tudo. Somos presenteados com duas hipóteses - correr ou atirar um vaso. Jogámos esta mesma secção três vezes, inicialmente atirando o vaso e depois correndo. Pelo que percebemos, o resultado das duas ações é essencialmente o mesmo. Algumas das escolhas que vão tomar serão superficiais, alterando certos pormenores, mas não o resultado.

Nestes momentos em que têm de tomar uma decisão, a ação abranda, mostrando duas opções ao jogador. Tudo o que têm de fazer é apontar para a escolha que pretendem e pressionar no X. Inicialmente o estúdio pretendia oferecer múltiplas opções, mas para não confundir muito o jogador e manter o ritmo cinematográfico do jogo, a produtora optou por se ficar pelas duas escolhas de cada vez.

Until Dawn tenta aproveitar as capacidades do Dual Shock 4 para criar alguns momentos de jogo interessantes. Uma das mais curiosas surge em secções em que estão escondidos e onde têm de ficar imóveis para não atraírem atenções. No ecrã surge um indicador da luz do Dual Shock, que permite confirmar o movimento do comando. Da primeira vez não estávamos à espera e abanámos o comando, pagando caro por isso. O homem ouviu Sam e agarrou-a, dominando-a de seguida e levando-a, supomos que para a matar de forma horrível numa secção mais avançada do jogo.

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Na vez seguinte fomos mais bem sucedidos. Também existem algumas sequências de Quick Time Events, em que têm de acertar com os botões que surgem no ecrã. Se falharem vão tropeçar, ou algo do género, mas a sequência parece prosseguir sem grandes problemas. Nas nossas secções não falhámos praticamente sequência nenhuma, e durante a perseguição decidimos correr o mais rápido possível - não se preocupem, Sam tem uma capacidade fora do comum para agarrar toalhas e a sua intimidade nunca ficou a descoberto.

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Sempre que fomos presenteados com a hipótese de correr, ou tomar outra ação, optámos sempre pela primeira, mas isso não foi a melhor decisão, já que o assassino eventualmente capturou Sam. À terceira passagem pela sequência, decidimos escondermos-nos em vez de correr sempre que existisse essa opção. Desta vez conseguimos manter o comando sossegado e fugir, para o fim da demonstração.

Segundo os produtores, existem pistas muito subtis que indicam qual é a melhor opção, embora não nos tenham indicado nenhuma; não querem que seja muito evidente, já que isso iria retirar a tensão do jogo. Isto levanta outro problema. Se as pistas forem demasiado subtis, algumas escolhas podem acabar por parecer injustas, mas teremos de experimentar a versão final para uma conclusão mais evidente.

O jogo inclui oito personagens jogáveis e todas podem sobreviver à experiência, mas também podem morrer todas. Existem inúmeros caminhos que o jogo pode tomar e uma multitude de finais. A Supermassive Games apelidou o sistema de "tecnologia de efeito borboleta". Não sabemos quanto tempo vai demorar uma passagem pelo jogo, mas parecem existir muitos motivos para repetir a aventura.

Se apreciam terror e jogos com uma estrutura semelhante a Heavy Rain e Beyond: Duas Almas, é provável que apreciem Until Dawn, mas ainda é cedo para dar garantias. As opções são algo limitadas e algumas provaram ser redundantes. Será mais uma experiência interativa do que um "jogo" clássico, mas não nos importamos com isso, desde que seja bem feito.

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