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Uncharted 4: O Fim de um Ladrão

Uncharted 4: O Fim de um Ladrão

As nossas impressões finais antes do lançamento da última aventura de Nathan Drake.

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O percurso da Naughty Dog durante a produção de Uncharted 4: O Fim de um Ladrão terá sido uma das mais difíceis e acidentadas que o estúdio enfrentou na sua história. Em primeiro lugar, porque perderam alguns membros chave durante um processo já avançado de produção, como Amy Hennig, que escreveu o argumento dos jogos anteriores. Depois há a questão deste ser o primeiro título da produtora na PlayStation 4, e todos esperam que a Naughty Dog entregue o melhor exemplo do que a consola pode de facto fazer. Por último, esta será a última aventura de Nathan Drake, e é crucial que a produtora consiga terminar a saga de forma memorável.

Até agora, a Naughty Dog limitou-se a largar algumas "migalhas" em relação à história, através de trailers e algumas afirmações aqui e ali, mas recentemente tivemos a oportunidade de explorar a campanha mais a fundo. Esta foi a primeira vez que jogámos o modo principal de Uncharted 4: O Fim de um Ladrão, depois de termos experimentado o multijogador em várias ocasiões. Uma das maiores novidades é a introdução de veículos controláveis pelo jogador, mas também observámos uma nova versão do sistema de combate, mais refinado e modernizado.

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Antes de avançarmos para as mecânicas de jogo, convém oferecer algum contexto sobre o se passa em Uncharted 4: O Fim de um Ladrão. Como é costume na saga, a narrativa centra-se na procura de um tesouro inatingível, desta vez na forma do tesouro do famoso pirata britânico, Henry Evory. A sua carreira como perigo dos altos mares só durou alguns anos, mas foi o suficiente para construir uma frota de respeita, que se tornou uma lenda. Não vamos revelar o que acontece de seguida, mas como já devem ter percebido pelos trailers, a história também envolve o regresso de Sam, irmão de Nathan Drake. Sam revela ter conhecimento da localização do tesouro de Henry Evory, e pede ajuda a Nathan para o reaver, sobretudo porque tem a sua vida em perigo. A dupla, juntamente com Sully, arranca eventualmente para Madagáscar à procura do tesouro, mas dois vilões esperam levar a melhor na corrida.

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Este pedaço de história que tivemos a oportunidade de presenciar, mostrou-nos como a Naughty Dog continua a levar bastante a sério o lado narrativo de Uncharted. O estúdio revelou ter estudado bem a história das eras e das personagens históricas em que se baseia, sem escutar que o coração da experiência está na relação de Drake com as outras personagens, e Sam é mais um elenco dinâmico que acrescentaram à fórmula.

Fomos um pouco apanhados de surpresa com o tamanho dos mapas, que são massivos e propícios à exploração, mas não se assustem, Uncharted não se tornou num jogo em mundo aberto. A presença dos veículos (em alguns níveis, pelo menos) é uma forma de facilitar a viagem entre o mapa, mas também parece ter o seu papel enquanto ferramenta para resolver alguns puzzles. Embora possam usar os veículos, a Naughty Dog lembrou-nos que existem muitos itens espalhados pelo mapas, não só na forma dos habituais tesouros, mas também páginas do diário de Evory, que ajudam a dar contexto extra ao jogo.

A condução dos jipes pareceu-nos simples, mas eficaz, com uma física agradável. Não é nenhum simulador de condução, por isso não esperem grandes desafios e realismo nesse sentido, mas tem qualidade suficiente para servir como elemento complementar da experiência. Os veículos, ou neste caso os jipes, também podem ser usados para a avançar a aventura, por vezes forçando mesmo a passagem com o gancho preso no jipe.

Os primeiros instantes em Madagáscar permitiram-nos apreciar algumas das vistas mais impressionantes que presenciámos num jogo, mas pouco depois tivemos a oportunidade de conviver com os bandidos locais. Os jogos anteriores já incluam alguns momentos de ação furtiva, mas em Uncharted 4: O Fim de um Ladrão essa abordagem será ainda mais evidente. Como acontece em tantos outros jogos furtivos, agora podem observar a atenção dos inimigos em relação a Drake (amarelo significa vigia, vermelho implica o confronto direto). Parece-nos óbvio que Uncharted 4 é um jogo pós-The Last of Us, e que alguns elementos passaram de um projeto para o outro. O mais importante é que gostámos. Gostámos imenso dos tiroteios, das secções de plataformas, e da ação furtiva. O Fim de um Ladrão parece-nos facilmente o título mais versátil da saga.

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A história e a jogabilidade são dois elementos importantíssimos de Uncharted, mas muitos dirão que os momentos mais bonitos da PlayStation 3 passaram pela saga da Naughty Dog. Uncharted 4 pretende seguir o mesmo caminho, e graficamente o que vimos foi espetacular. É um nível de detalhe impressionante, que se estende das vistas magníficas do cenário, às rugas detalhadas na cara de Nathan Drake. Uncharted 4: O Fim de um Ladrão será facilmente um dos jogos mais belos da PS4, e apesar de todo esse portento técnico, não parece mostrar grande desgaste em termos de performance. As animações são fantásticas e tudo decorreu sem abrandamentos evidentes da framerate, mesmo durante as secções mais intensas.

Como já podem ter percebido, adorámos a nossa experiência com Uncharted 4: O Fim de um Ladrão, mas isso não significa que o jogo seja perfeito. A inteligência artificial dos inimigos mostrou alguns comportamentos pouco esclarecidos, e não gostámos da linearidade forçada de algumas secções. O jogo parece querer expandir-se e oferecer uma experiência mais ampla em termos de tamanho puro, mas continua a empurrar o jogador para secções totalmente predefinidas. As secções de plataformas, como subir o topo de uma torre, seguem sempre o mesmo caminho linear, sem oferecerem alternativas ao jogador.

Estas pequenas queixas não são suficientes para beliscarem o nosso entusiasmo, e Uncharted 4: O Fim de um Ladrão parece cada vez mais o final bombástico que Nathan Drake merece. A jogabilidade foi modernizada, o grafismo melhorou drasticamente, o mundo expandiu-se, e o argumento parece interessante. Para não falar de uma secção multijogador também ela muito promissora. 10 de maio nunca pareceu tão distante como nas horas seguintes a jogarmos esta demo.

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