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Total War: Warhammer

Total War: Warhammer - Antevisão da campanha

Que tipo de mudanças trouxe Warhammer para a estrutura de Total War? Descubram aqui.

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Poucos discordarão de que Total War, a série criada pela Creative Assembly, é um dos grandes destaques atuais do género de estratégia. O seu percurso já está a ser feito há mais de uma década, e pelo caminho permitiu visitar muitas eras, batalhas e figuras históricas. A série cresceu de tal forma que os dois elementos da experiência - a campanha por turnos e os combates em tempo real - podiam ser jogos independentes. Como fãs de longa data, apreciamos o esforço da Creative Assembly, mas com cada camada introduzida, o jogo foi tornando-se mais complexo, a um ponto que hoje nos parece um pouco excessivo. É uma crítica que temos a fazer, mas de forma construtiva e com grande apreciação pela saga.

Rome II impressionou-nos com a grande sensação de escala, e a introdução de um verdadeiro antagonista com Attila, foi uma surpresa agradável, mas nunca perdemos a sensação de que Total War precisava de um bom abanão. Agora, depois de passarmos uma manhã inteira nos escritórios da Creative Assembly a jogar Warhammer, e em particular com a campanha a solo, podemos afirmar que o nosso entusiasmo com Total War saiu reforçado. Adorámos a nova direção que a série tomou, neste primeiro capítulo de uma trilogia.

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As nossas maiores queixas em relação à saga de Total War prendem-se sobretudo com a fase da gestão por turnos, e foi aqui que verificámos as maiores mudanças em Warhammer. Em primeiro lugar há que destacar as diferenças entre as quatro raças jogáveis, cada uma com várias fações interiores. A particularidade de cada raça vai garantir algumas possibilidades de jogabilidade inéditas. Os Orcs, por exemplo, são muito agressivos e pressionam imenso o adversário. Um temperamento que é fantástico durante os confrontos, mas que pode ser complicado de gerir em situações de impasse. Sem um exército onde bater, os Orcs vão começar a causar conflitos entre si e perdem alguma força com o passar do tempo. Precisam de manter o exército ocupado, até que atinjam a sua capacidade máxima de combate. Quanto isso acontece vão entrar num estado de "Waaagh!" (algo que os fãs de Warhammer podem identificar), e que se traduz num segundo exército de Orcs controlado pela inteligência artificial que vai auxiliar o jogador.

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O Império será o ponto de partida mais natural para quem vem de Total War, mas não tem grande conhecimento de Warhammer. Existem várias semelhanças entre esta raça e o ambiente medieval/europeu dos jogos anteriores. Isso não significa que sejam exatamente iguais, porque não são, mas é onde vão encontrar mais semelhanças, e onde podem fazer a transição mais suave. As outras duas raças serão Dwarfs e Vampires, que não tivemos a oportunidade de conhecer devidamente. Ainda assim, parecem-nos todas raças com grande potencial, que podem oferecer boa variedade ao jogador. Contudo, como são tão diferentes, esperemos apenas que a Creative Assembly consiga equilibrar todas as variantes. Por falar em variantes, existe mais um elemento que deve ser referido: os exércitos Chaos que comandam o norte. Embora comecem o jogo relativamente sossegados, eventualmente terão de lidar com este exército intimidador e a sua marcha para sul.

Os mapas de Total War costumam ser fantásticos, mas o de Warhammer é particularmente impressionante. O elemento de fantasia permitiu claramente à Creative Assembly explorar o seu lado mais criativo, criando aldeias com mais detalhe e vida que em qualquer jogo do passado. O design do mapa também mostra maior preocupação pela verticalidade, tanto a subir para o topo das montanhas entre Orcs e Dwarfs lutam entre si, como a descer, para as batalhas subterrâneas em que vão participar mais à frente na campanha. O clima também sofreu mudanças, e é agora geográfico em vez de sazonal. E claro, há que considerar os Winds of Magic, que quanto mais fortes forem, maior será o impacto de efeitos mágicos na batalha.

Uma função que é marcadamente diferente é a introdução dos lordes lendários, personagens que formam o núcleo de qualquer exército, e que sobem de nível durante a campanha. Estas personagens até têm as suas próprias missões opcionais, que garantem bónus especiais a quem decidir cumpri-las. Os lordes são muito importantes nas batalhas, e embora não possam morrer de facto, podem necessitar de vários turnos para recuperarem caso sejam abatidos. Se continuarem a evoluir até podem desbloquear as suas próprias montadas específicas, e aceder a árvores de habilidades muito claras e eficazes. É bom ver que a Creative Assembly se esforçou por limpar e melhorar a interface de Total War.

As personagens lendárias não são as únicas que podem evoluir. Os generais também podem ser melhorados, tal como já acontecia nos Total War anteriores, mas o limite máximo de nível foi aumentado de 10 para 30. Os heróis (anteriormente eram agentes ou assassinos) podem ser ligados a um exército e participar nas batalhas, o que vai aumentar a sua ligação ao jogo e ao progresso pela campanha. Warhammer tem um foco muito mais vincado em unidades singulares, que permitem personalizar ainda mais os exércitos de cada jogador. Ao contrário das personagens lendárias, estes heróis podem morrer definitivamente, o que será uma grande perda para o jogador.

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Tudo do que falámos é a ponta do icebergue. Podem conquistar espólios com cada vitória, existem magias que podem conferir às unidades antes do combate, podem atribuir personagens para cada várias posições que melhoram a eficácia do líder, e muitas outras mudanças. Warhammer está carregado de novidades, algumas pequenas, outras massivas, mas todas em conjunto mudam a experiência de Total War.

Este primeiro mapa de Total War: Warhammer é o primeiro de três, e os restantes vão chegar em formato de expansões independentes. Quem tiver as três aventuras poderá formar um mapa conjunto massivo, que permitirá experienciar uma campanha dinâmica que se estende ao longo de áreas enormes. Este parece-nos o Total War mais ambicioso que a Creative Assembly já criou, e deu-nos indicações de que a produtora tentou de facto melhorar e alterar muito do que era necessário mudar em Total War. Se ainda não foi suficientemente claro, ficámos muito impressionados com esta demonstração de Warhammer, e estamos ansiosos para deitar as mãos na versão final, que chega em abril.

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