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Tales of Arise

Tales of Arise - Primeiras Impressões

Estamos à espera há cinco anos, mas parece que vai valer a pena.

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Tales of é uma série RPG oriunda do Japão que, embora nunca tenha atingido o estatuto de algo como Dragon Quest ou Final Fantasy, conseguiu criar um bom aglomerado de fãs dedicados. Desde 1995 que os jogadores têm sido servidos com títulos de boa qualidade, em várias plataformas, mas o último jogo, Tales of Berseria, já data de 2016 no Japão, o que significa que há mais de cinco anos que não aparece um novo capítulo da saga.

Porquê tanto tempo? Bem, aparentemente porque o estúdio pretende criar algo diferente com este Tales of Arise, algo mais ambicioso, a começar pelo motor de jogo. Este será o primeiro capítulo da série desenvolvido de raiz para as consolas modernas, já que o próprio Tales of Berseria ainda saiu na PS3, e em vez de estar a ser produzido com o motor antigo da Bandai Namco, utiliza o Unreal Engine 4. Ora, depois de termos passado perto de 40 minutos com uma versão do jogo, podemos dizer que, não só apresenta melhorias gráficas evidentes, como nos parece que a espera vai valer a pena.

Esta secção que jogámos passa-se perto da marca das 10 horas de jogo da versão completa, e já inclui os seis membros que irão formar o grupo de personagens principais. Isto permitiu-nos combinar vários elementos e estilos de jogo diferentes, apostando mais em magia, em combate físico, ou um misto de amigos. Já conhecíamos um pouco dos protagonistas Alphen e Shionne, logo também apreciámos a oportunidade para conhecer melhor os outros quatro membros do grupo.

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Embora sejam seis as personagens disponíveis, o seu grupo só pode ter quatro ativas. Irá controlar uma personagem diretamente, enquanto as outras três o apoiam via inteligência artificial. Também pode ativar certos ataques ou movimentos especiais dessas personagens utilizando o D-pad, de forma a potenciar ainda mais as suas capacidades. Um pormenor interessante é que também pode fazer isso com as duas personagens que estão de fora, o que significa que, embora não estejam diretamente envolvidas no combate, também não estão completamente ausentes.

O sistema de combate deve ser familiar para a maioria dos fãs de Tales, mas com Arise, a Bandai Namco pretende abrir também as portas as novos jogadores. Existem algumas mudanças importantes nesse sentido, como o facto dos monstros andarem agora pelo mapa. Aproxime-se de um, e será transportado para a arena de combate. Pode mover-se livremente, usar um ataque básico, desviar-se, ou acionar Artes, que é um termos próprio de Tales para ataques especiais. A sua personagem pode ter três Artes disponíveis a cada momento, atribuídas a três dos botões frontais do comando. Estas Artes não consomem recursos, servindo-se antes de um sistema de cooldowns, em que ficam indisponíveis durante alguns segundos depois de serem utilizadas.

Tales of Arise

Como qualquer RPG japonês que se preze, estes ataques Artes vêm completos com animações espetaculares e muitos efeitos no ecrã, mas o jogo nunca pareceu acusar o seu peso, mantendo-se sempre bastante fluído. Mais importante ainda, nunca se tornou confuso, e estivemos sempre no controlo das nossas ações e conscientes do que estava a acontecer. Em parte isso deve-se a uma simplificação dos controlos, que são agora bem mais acessíveis de fácil utilização. Isto não significa que perdeu profundidade, longe disso, apenas significa que será mais fácil fazer o que realmente pretende.

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Mas é inegável o quão superior é a capacidade técnica e gráfica de Tales of Arise em comparação com os títulos anteriores. O cenário, as personagens, os inimigos... tudo apresenta um detalhe muito acima do que a série nos habituou no passado, e sem abdicar do estilo característica de Tales of, que é altamente inspirado em animação japonesa. Encontrámos alguns problemas, nomeadamente com texturas que carregaram mais tarde do que deviam, mas isso é um problema típico a jogos do Unreal Engine, e além disso, o jogo ainda está em desenvolvimento.

Uma palavra ainda para a banda sonora, do compositor Motoi Sakaraba - também conhecido pelo seu trabalho nos jogos Dark Souls. O estilo de Sakaraba foi evidente ao longo de toda a demonstração, e encaixou perfeitamente no espírito de Tales of Arise, que apresenta alguns tons mais latinos (e sobretudo espanhóis) do que o habitual. Claro que só ouvimos uma pequena porção da banda sonora, durante estes 40 minutos de jogo, mas o que ouvimos deixou-nos descansados quanto ao restante do trabalho de Sakaraba. Nota ainda para o facto da demo incluir vozes em inglês e em japonês, o que também será verdade para a versão final.

Só sentimos que não tivemos tempo para realmente apreciar a história e o elenco, o que é normal, considerando que só passámos 40 minutos com o jogo. Tudo o resto - jogabilidade, combate, grafismo - apresenta melhorias evidentes em relação aos jogos anteriores. A mudança para o Unreal Engine 4 é um 'upgrade' significativo, e a simplificação dos controlos - sem perder profundidade - torna a experiência mais acessível e mais agradável. Foi uma pequena porção de um jogo de várias horas, mas deixou-nos muito confiantes para o que irá chegar a 10 de setembro.

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