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State of Decay 2

State of Decay 2

Tentámos sobreviver ao apocalipse zombie neste exclusivo Xbox One e Windows 10.

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Todas as estórias de um apocalipse zombie têm de ter uma origem. Até pode não ser partilhada no jogo/livro/filme, mas os criadores tendem a ter uma ideia do que levou ao 'fim do mundo', nem que seja para referência própria. Em relação a State of Decay, nunca chegámos a saber o que aconteceu, e por isso perguntámos a um dos seus criadores, Richard Foge, qual a origem deste apocalipse. "Não falamos disso", respondeu-nos, afirmando ainda que é um "segredo bem guardado". Aparentemente existem pistas e referências escondidas nesta sequela, que os jogadores pode descobrir para tentarem formar uma teoria.

É um objetivo que terá de partir sobretudo dos jogadores, e em grande parte, é isso que está por trás do jogo. Auto-determinação é tudo em State of Decay 2, que graças a um mundo altamente detalhado, e vários sistemas de jogo que se alimentam uns aos outros, será capaz de oferecer experiências muito diferentes aos jogadores. Mais importante do que contar a narrativa do mundo e das personagens, é que os jogadores possam contar as suas estórias. Isto é possível também graças a um certo elemento de imprevisibilidade, de factores aleatórios que podem mudar as missões. Os objetivos serão sempre os mesmos, mas o que fizeram, a disposição dos zombies, e outros elementos, podem resultar em duas experiências diferentes na mesma missão.

Não esperem ver sequências de vídeo em State of Decay 2, ou elementos narrativos fixos. Se estiverem mais tempo com uma personagem, será porque algo vos atraiu para ela, e não porque o jogo o impõe. Existem muitos momentos, muitas interações que podem ou não acontecer, que vão acumulando ao longo da aventura, e que vão ditar a vossa relação com os outros sobreviventes. Essas personagens até podem morrer, e a vossa ligação emocional pode ser completamente diferente à de outro jogador. Tudo está relacionado a um misto de ações do jogador, interações de personagens, e imprevisibilidade do mundo de jogo.

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De visita aos escritórios da Undead Labs, tivemos a oportunidade de experimentar uma versão quase final de State of Decay 2, mas não a partir do início. O estúdio utilizou um save com seis horas de jogo, e colocou-nos no meio de uma comunidade já desenvolvida. Já tínhamos uma base de operações, que partilhámos com outros sobreviventes que geríamos, mas o objetivo global é sempre o mesmo: tentar encontrar recursos valiosos e preparar para o pior. Estas personagens são todas geradas de forma aleatória, com diferentes atributos e especialidades, e o jogador pode alternar entre a maioria. Durante as poucas horas que tivemos com o jogo percebemos que "a personagem" não é um indivíduo, mas a comunidade, e que existe aqui grande profundidade para os jogadores explorarem.

O que vimos do mapa pareceu-nos bastante elaborado, com vários caminhos, estradas, e localizações na América rural. Aparentemente existem três grandes áreas no jogo, e esta era uma delas. Existe muito para ver e explorar, muitos edifícios e estruturas para descobrir e vasculhar à procura de recursos. As missões que apanhámos pareceram-nos interessantes e variadas, mas nem sempre foram intuitivas de seguir, algo que a versão beta eminente pode ajudar a limar.

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O jogo é perfeitamente jogável a solo, enquanto alternam entre os sobreviventes do grupo, mas existe também um lado cooperativo até quatro jogadores. Cada jogador habita a sua versão do mundo, mas quando forma um grupo, três desses jogadores vão para o "mundo" do líder do grupo. As ações e consequências vão ficar nesse mundo, mas quando terminarem a sessão vão manter a experiência e os recursos que ganharam. Caso não possam jogar com amigos, podem enviar um sinalizador que irá juntar-vos com jogadores aleatórios. Parece-nos um conceito divertido, e o jogo tem claramente esse potencial, mas o que jogámos não nos convenceu. Encontrámos demasiados erros técnicos e problemas no modo cooperativo, que precisam de ser limados antes do lançamento para que este modo possa funcionar como merece.

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Aliás, esse terá sido o maior problema da nossa experiência com State of Decay 2. O jogo está claramente a precisar de algum tempo para ser limado e aperfeiçoado. Não encontrámos nada de muito grave, que 'partisse' o jogo, mas ainda assim são erros que acabam por atrapalhar a imersão e a experiência. Esperemos que a maioria possa ser resolvida até 22 de maio. Dito isto, State of Decay 2 pareceu-nos já mais sólido e coeso que o primeiro jogo, o que não é dizer muito, considerando que o primeiro estava recheado de problemas. As animações estão mais fluídas, os controlos respondem melhor, e o grafismo é muito superior.

Outro melhoramento surge ao nível do design do mundo, que além de ser maior, está mais detalhado e coeso. É um cenário de um civilização que foi roubada e espezinhada, mas não totalmente destruída. Passaram-se sensivelmente dois anos desde que os zombies apareceram, e isso significa que nem tudo está completamente devastado. Esta abordagem foi propositada, e segundo a Undead Labs, é mais realista do que apresentar aldeias totalmente destruídas. Isso não aconteceria, segundo o estúdio.

Quando não estiverem a gerir a comunidade e a melhorar a base de operações, estarão a explorar o mundo à procura de recursos. Podem ir a pé ou utilizar alguns veículos, mas nunca devem ignorar os zombies. Mesmo de carro, se não tiverem cuidado, vão saltar para cima do veículo e podem causar sérios problemas. Tentar atirar com os zombies para fora do carro, em curvas apertadas, durante a noite, não é fácil. Também devem ter em atenção que os veículos podem ficar sem combustíveis e podem ser destruídos, e ficar apeado no meio do 'nada', é uma boa receita para perde.

Se estiverem acompanhados por outros jogadores, a força bruta pode ser uma boa solução, mas se estiverem a jogar sozinhos, é melhor ter uma abordagem mais furtiva e cuidadosa. É difícil lidar com um grande grupo de inimigos, sobretudo porque os ataques da personagem está limitada a sua energia, algo que ainda fica mais precária se estiverem feridos. E não se esqueçam, a morte das personagens é permanente. As animações de ataque são razoáveis, e algumas até são extremamente violentas - State of Decay 2 não é nenhum desenho animado.

State of Decay 2 parece ser um jogo que se irá estender por várias horas de jogo, mas se quer manter a atenção do jogador, é preciso variedade numa série de parâmetros: design do mundo, estrutura das missões, e desenvolvimento das personagens. Isso pareceu-nos razoável durante o nosso tempo com o jogo, mas reparámos numa grande repetição dos inimigos e dos veículos. Fica portanto esse pequeno reparo para confirmar na análise, bem como a correção de vários problemas técnicos que precisam de ser limados. Se estas falhas forem resolvidas até ao lançamento, parece-nos que State of Decay 2 tem o potencial para nos agarrar durante muitas horas.

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