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Shadow of the Tomb Raider

Shadow of the Tomb Raider

Lara Croft vai ter de lidar com as consequências das suas ações, numa aventura mais sombria que as anteriores.

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Há cinco anos fomos apresentados a uma nova Lara Croft com o renascimento de Tomb Raider. Esse foi o primeiro jogo de uma "trilogia de origem", que continuou com Rise of the Tomb Rider, e que agora irá terminar com Shadow of the Tomb Raider. Que fique bem claro que este é o último capítulo da primeira trilogia, o que significa que mais estarão a caminho. Com lançamento marcado para 14 de setembro, em PC, PS4, e Xbox One, fomos até Londres para conhecer melhor a nova aventura de Lara Croft.

O novo jogo passa-se no México, e foi logo aí que começou a nossa demo. Lara Croft está novamente na companhia do seu melhor amigo, Jonah, desta vez numa área habitada. O objetivo é seguir um tipo misterioso, disfarçados, numa sequência que parece mais saída de um Assassin's Creed do que Tomb Raider. Depois de furarmos pela multidão, o nosso alvo acaba por entrar numa área guardada, e neste ponto, Lara decide abandonar o seu disfarce. De imediato percebemos que esta é uma Lara mais 'tradicional', equipada para combate e para aventura.

A sua vestimenta não é a única coisa que se parece com a Lara antiga. A personagem está claramente mais confiante, mais segura, algo que ganhou depois de ter passado duas aventuras extremamente perigosas. Sem rodeios, Lara vai atrás do que pretende, uma pista para um novo tesouro, que neste caso assume a forma de uma adaga antiga. Não vamos revelar o que acontece a seguir, mas logo depois de apanhar a adaga, descobrimos que Lara terá de lidar com as consequências das suas ações. Mais uma vez, não vamos entrar em detalhes, mas as implicações são mais desastrosas que nunca, e parecem ser promissoras em termos de desenvolverem Lara Croft enquanto personagem.

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Lara Croft é, mais do que nunca, uma assassina calculista. Logo a partir do tutorial somos re-apresentados às mortes furtivas, com animações que estão cada vez mais brutais e impressionantes. Em combate, Lara dispara flechas e balas com mais confiança que nunca: depois de todos os inimigos que matou nos jogos anteriores, Lara não parece ter problemas em despachar quem se atravessar no seu caminho. O cenário da selva é também usado com grande efeito, e para algumas mortes teatrais para desorientar os inimigos, como pendurar oponentes num ramo. Mais do que nunca, Lara pode esconder-se no cenário e usá-lo para atacar os inimigos sem que estes se apercebam da sua presença. Quase como se fosse o Predador, se quiserem.

A Eidos também alterou o Instinto de Sobrevivência, a visão 'especial' de Lara que indica o caminho e realçar itens e inimigos. Desta vez o instinto destaca os oponentes por cores: amarelos significa que não estão na visão dos companheiros, e que por isso podem ser mortos de imediato. Já inimigos a vermelho estão visíveis por companheiros, e se os matarem, serão vistos pelos seus colegas. É uma excelente ferramenta, que embora não seja de todo realista, ajudou-nos a despachar algumas áreas de forma muito satisfatória.

Quando a ação furtiva não é uma opção, ou quando forem vistos, terão de assumir uma postura de combate. Terão novamente acesso a quatro armas, neste caso um arco, uma espingarda, uma pistola, e uma caçadeira. Neste aspeto, Shadow of the Tomb Raider funciona imenso como os anteriores, e cobertura é novamente uma componente vital do combate. O movimento também será familiar aos jogadores, enquanto trepam estruturas, saltam de plataforma em plataforma, e usam o machado para se prenderem a paredes gastas. Os puzzles que vimos seguiram o modelo dos jogos anterior, onde primeiro devem perceber o que é para fazer, e depois devem fazê-lo com a personagem. Está claro que a Eidos não se vai afastar muito da fórmula anterior ao nível de experiência de jogo.

Algo que parece ser mais preponderante, pelo menos na demo, é a exploração subaquática. Tivemos de mergulhar em várias ocasiões para seguir caminho ou encontrar tesouros, e numa seção que não vamos descrever, a água chegou a ser esmagadora. A Eidos sabe que morrer afogado é um pesadelo para muitos jogadores, e por isso fez uma pequena batota para ajudar a tornar este processo mais pacífico. Basta pressionar num botão, quando aparece no ecrã, e Lara vai automaticamente aparece num poço de ar para respirar, mas isso nem sempre está disponível.

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"Medo" parece ser uma emoção que está a influenciar imenso o novo jogo, e isso é também representado nestas secções subquáticas. Existe uma sensação clara de claustrofobia, sobretudo quando não sabemos se estamos perto de um poço de ar ou não, e encontrámos momentos em que o estúdio mexeu eficazmente com essa sensação, elevando a intensidade da jogabilidade.

Shadow of the Tomb Raider

Esta inspiração em medo nota-se também no tom mais sombrio do jogo. Aliás, todas as secções que jogámos passaram-se à noite, e com pouca iluminação presente no cenário, desde a vila mal iluminada em que começamos a demo, às cavernas em que terminámos. Este tom não é apenas no ambiente. A estória e as personagens parecem também mais sombrias, emocionalmente mais pesadas, e em parte isso deve-se à forma como Lara Croft age como uma assassina fria. É um jogo de medo, medo que terão enquanto Lara Croft, e medo que causarão enquanto Lara Croft. Longe vão os dias da menina que estava a tentar sobreviver a uma ilha de horrores, e neste momento, o respeito - o medo -, dos inimigos em relação à heroína é bem evidente. Lara Croft parece quase o Batman, mas um Batman que mata sem preconceitos.

Visualmente, tudo pareceu detalhado e polido, e o ambiente causado por ruas iluminadas com velas é fantástico. Ainda assim, não vimos nada que nos enchesse a vista como as ruínas iluminadas de Rise of the Tomb Raider ou Uncharted 4. Isso provavelmente estará reservado para outras secções do jogo que não vimos, de onde se devem destacar os túmulos que vamos explorar. Estes túmulos, como o resto do jogo, prometem ser também mais assustadores, mais perigosos, que nos anteriores. Em termos de problemas só há a relatar a falta de sincronização entre os lábios e o áudio, mas é algo que certamente será resolvido antes do lançamento.

As outras componentes da experiência Tomb Raider vão também regressar, como a exploração, a recolha de recursos, e a criação de itens. Não chegámos a ver qualquer fogueira para parar durante a nossa demo, mas vimos a opção para Lara criar itens onde está, como usar tecido e uma garrafa para criar um cocktail molotov, por exemplo. Algo que nos lembrou de The Last of Us, já que Joel também podia criar alguns itens sem requerer à bancada.

Quando nos disseram que o tempo tinha acabado, ficámos desiludidos, o que é bom sinal. Em termos de mecânicas, tudo funciona de forma idêntica ou semelhante ao que vimos no passado, o que foi confortável, mas foi o novo tom e o novo lado de Lara Croft que nos agarrou realmente. Tudo parece a postos para que Shadow of the Tomb Raider seja a conclusão que a trilogia merece, agora é esperar que o concretizem.

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