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Rage 2

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Já jogámos o jogo de ação louco dos criadores de Doom e Just Cause.

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Esqueçam o primeiro Rage, porque a ligação desta sequela com o primeiro jogo é meramente circunstancial. Rage 2 é antes o resultado de uma colaboração entre a id Software, o estúdio que produziu Doom e Wolfenstein II: The New Colossus, com a Avalanche Studios, a produtora de Mad Max e Just Cause. O Gamereactor jogou recentemente uma nova versão do jogo, que oferece uma perspetiva muito mais colorida e excêntrica do apocalipse do que o Rage original.

O resultado do apocalipse é ainda bem visível em Rage 2, mas não é uma visão deprimente do 'fim do mundo', pelo contrário. Existem áreas cheias de vida, muita cor, e vários pontos de interesse, normalmente com algo curioso, criativo, ou excêntrico para atrair o jogador. Durante as duas horas que passámos com Rage 2, foi precisamente isso que fizemos - explorámos o mundo e um pouco do que o jogo tem para oferecer. Confirmámos, contudo, que não será tão grande quanto os mundos massivos de Just Cause, pelo contrário. Em vez disso, será mais vivo, preenchido, e detalhado.

Tirámos um pouco de tempo para simplesmente viajarmos pelo mundo durante 15 minutos, sentados numa mota enferrujada, até que fomos parar a uma metrópole arruinada. Ficámos impressionados com o grau de detalhe e variedade que encontrámos pelo caminho, é realmente um mundo muito criativo que incentiva à exploração - resta verificar se esses locais merecem ser explorados ou não.

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A jogabilidade na primeira pessoa foi claramente trabalhada pela id Software, até porque é essa a sua especialidade, mas nota-se o dedo da Avalanche Studios no design do mundo. A própria condução, a ação explosiva, e as muitas atividades secundárias, são elementos que já podem ter visto em Just Cause, e que estão bem presentes em Rage 2. É um mundo e um jogo altamente ambicioso, mas com isso, vieram também claros problemas. Pelo menos nesta versão que jogámos, notámos algumas dificuldades ao nível de polimento e solidez, problemas que foram também evidentes em Just Cause 3 e Just Cause 4.

Como já referimos, são poucas as ligações entre o primeiro Rage e esta sequela, mesmo a nível de história. A nova aventura passa-se várias décadas depois do primeiro jogo, e conta com um novo protagonista. Mais, do que vimos (a versão final pode mudar a nossa opinião), a narrativa em si não parece ser um dos pontos mais importantes da experiência. A experiência em mundo aberto, a ação, e as personagens, parecem ser o grande foco de Rage 2.

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Durante a demo tivemos a oportunidade de experimentar algumas missões de história, onde defendemos a vida do líder de um pequena cidade, e participámos em batalhas numa arena. O diálogo não é brilhante, longe disso, mas divertimos-nos com o humor e a excentricidade das personagens e das situações. É um jogo que não se leva a sério, e que tem como principal objetivo divertir o jogador, não emocioná-lo ou fazê-lo pensar em questões filosóficas.

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Rage 2 é um jogo extremamente violento, numa forma completamente exagerada e ridícula, em vez de ser realista e arrepiante. As armas podem explodir membros dos inimigos, e os ataques físicos são absolutamente brutais - afinal de contas estamos a falar da equipa que fez Doom. Em cima disto têm uma série de habilidades destrutivas, e ainda autêntica carnificina automóvel.

Podem ativar até quatro habilidades em simultâneo, que variam desde granadas interdimensionais, a murros capazes de pulverizar o alvo. Se jogaram Crysis, Destiny, e jogos semelhantes, podem ter uma boa ideia de como funcionam as habilidades em Rage 2. Cada arma inclui também dois modos de disparo, normalmente bastante diferenciados. Considerando as capacidades das armas e as habilidades, podem de certa forma moldar a personagem para diferentes estilos de jogo. Este é, de facto, o melhor elemento do jogo, pelo menos do que vimos até ao momento. Os tiroteios e os controls são altamente satisfatórios, o que não é surpreendente, considerando que a qualidade que Doom e Wolfenstein já tinham mostrado neste campo.

Os fãs do primeiro Rage podem não gostar de uma mudança tão drástica de direção para a sequela, mas para sermos honestos, parece-nos uma direção bem mais interessante. A ação é muito promissora, as personagens são divertidas, e o mundo incentiva à exploração. Existem alguns problemas visíveis, sobretudo técnicos e ao nível da fluidez, mas ainda estamos a meses do lançamento, pelo que é algo que pode ser resolvido entretanto. O mais importante, contudo, é que o objetivo de Rage 2 é divertir o jogador, e foi isso mesmo que nos proporcionou nesta demo.

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Rage 2Rage 2
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