Não compreendemos como alguém pode jogar um dos títulos Pikmin sem se apaixonar imediatamente pelas pequenas criaturas e a série em geral. Esta aventura de estratégia, que nasceu na Gamecube, é uma das experiências mais encantadoras e amigas do ambiente que estão nas consolas, e um dos jogos mais originais que a Nintendo já criou.
Este terceiro capítulo em específico foi lançado originalmente na Wii U foi o melhor da saga até hoje, reunindo os melhores elementos dos dois jogos anteriores numa aventura altamente inspirada e criativa. Era também um dos exclusivos Wii U que mais gostávamos de ver adaptados à Switch, e isso vai finalmente acontecer a 30 de outubro. Mas acontece que já jogámos as primeiras horas de Pikmin 3 Deluxe, e como tal, aqui ficam as nossas primeiras impressões desta nova versão.
Estamos a falar de um jogo com sete anos, mas que pela maior parte, envelheceu bem. Isso deve-se sobretudo a um design visual muito peculiar, que dependeu mais de criatividade do que exatamente de capacidades técnicas. É também um jogo muito colorido (salvo a área inicial na neve), que enche o ecrã da televisão (1080p) e da portátil (720p) com facilidade. Claro que existem elementos datados, como os menus e algumas texturas, mas de forma geral, Pikmin 3 aguenta-se bastante bem na Switch, sobretudo com a resolução melhorada.
Se não conhece Pikmin, a série funciona como um jogo de estratégia em tempo real com mecânicas muito peculiares, tornando-se gradualmente mais complexos e profundo. Estamos, contudo, a falar de um jogo da Nintendo, o que significa que não será abandonado à sorte. Pode contar com tutoriais, dicas, conselhos, e vários níveis de dificuldade para adaptar a sua experiência de jogo. Existe, contudo, uma situação a ter em conta, que é o facto de Pikmin 3 ter sido desenhado para Wii U e para o ecrã do Gamepad. Isto significa que aceder aos mapas e aos menus não é tão intuitivo na Switch como na Wii U, mas são ações de hábito fácil.
O melhor desta versão Deluxe é o facto de incluir algumas funções novas, como a capacidade para jogar em co-op para dois jogadores, em que o segundo jogador pode entrar ou sair a qualquer momento da aventura. Esta versão inclui também novas missões, todos os DLC da versão original, e um novo modo de dificuldade "Ultra-Spicy" para veteranos.
Feitos todos estes elogios, temos pequenas preocupações em termos de controlos, em particular à base de movimento. Os controlos tradicionais, com os analógicos, foram até melhorados em relação à versão original, mas os controlos à base de movimento funcionam melhor com a Wii U do que nos Joy-Cons. Por vezes o indicador até ficada preso no cenário, e não respondia muito bem, mas é algo que temos de verificar melhor na versão final do jogo.
Mesmo depois de termos passado 20 horas reais e 64 dias de jogo com a versão Wii U, estamos ansiosos para repetir tudo na Switch. Na versão final vamos realmente testar a fundo todos os controlos, e experimentar o novo conteúdo, mas estas horas iniciais forma suficientes para perceber que está aqui um dos destaques do ano para a Switch.