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Outriders

Outriders - Impressões de Jogabilidade

Experimentámos um dos primeiros jogos confirmados para a próxima geração.

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Parece existir bastante interesse neste Outriders, não só porque é o novo jogo da People Can Fly (estúdio de Gears of War: Judgement e Bulletstorm), mas porque é também um dos primeiros títulos confirmados para PlayStation 5 e Xbox SeriesX - embora esteja igualmente a caminho de PC, PS4, e Xbox One. Foi por isso com curiosidade que visitámos os estúdios da People Can Fly para conhecermos melhor Outriders e o experimentarmos pela primeira vez.

Outriders é um jogo de ação na terceira pessoa, que pode ser jogado a solo ou em modo cooperativo online, até um máximo de três jogadores. Neste universo o mundo já passou pelo apocalipse, causado por todas as guerras e desleixos da humanidade ao longo de centenas de anos. Para assegurar a sobrevivência da espécie, cerca de meio milhão de pessoas foram colocadas numa nave massiva conhecida como Flores, e entre esses está o melhor que a humanidade tem para oferecer em todas as áreas, desde arquitetos a cientistas. Quanto à proteção, é feita por um misto de antigos soldados e mercenários, que se auto-intitulam como Outriders.

Durante a nossa visita à People Can Fly tivemos a oportunidade de jogar o prelúdio do jogo e os primeiros momentos da campanha. Foi assim que ficámos a saber que Enoch foi identificado como o planeta que melhor serve o papel de nova casa para a humanidade. Como parte dos Outriders, a nossa missão passa por fazer um reconhecimento ao planeta, para nos assegurarmos de que é realmente seguro para os colonos.

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A área que explorámos pareceu-se imenso com a Terra, apresentando um ambiente muito colorido e verdejante, com longos campos de flores e árvores enormes, cercados por vales de grandes dimensões. Embora existam semelhanças, Enoch não é exatamente igual à Terra, e foi possível verificar plantas e até animais completamente alienígenas. Quando eventualmente chegámos à sonda que tinha descoberto o planeta, algo inesperado aconteceu. Em vez de estar a transmitir os seus dados para a Flores, a sonda começou a transmitir um sinal misterioso oriundo de outra parte do planeta.

É nesse momento que luzes começam a piscar, o chão começa a tremer, e destroços começam a flutuar - sinal de que é melhor correr dali para fora. Trata-se de um evento conhecido como "A Anomalia", o que pode representar uma ameaça para a tripulação da Flores. Infelizmente, o capitão da nave ignora os avisos dos Outriders, e decide aterrar no planeta, o que causa um conflito entre os Outriders e os guardas do capitão. Conseguimos escapar com vida, mas só porque entrámos numa cápsula de criogenia.

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Quando o jogo retoma, passaram-se 30 anos, e a nossa personagem parece ser descriminada simplesmente por ser Outrider. Enquanto viajamos para um acampamento, detidos pelos guardas, reparámos que a paisagem magnífica que encontrámos no prelúdio deu lugar a corpos e destruição. Pelos vistos a humanidade começou a repetir os erros que resultaram na destruição da Terra, com uma guerra ativa há três décadas. A tal Anomalia que referimos em cima, contudo, continua presente, e até parece ter conferido poderes especiais a alguns humanos, incluindo a nossa personagem.

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Muito aconteceu ao longo dos 30 anos em que o protagonista esteve adormecido, mas tudo isso será explicado ao jogador de forma gradual durante a aventura. Além da história principal poderá embarcar em missões e objetivos secundários, colecionar informações, e procurar contexto opcional para o mundo de jogo. A história, apesar de partilhar algumas semelhanças com Mass Effect: Andromeda, pareceu-nos interessante, sobretudo para quem aprecia ficção científica, mas foi a jogabilidade que realmente nos agarrou.

O combate mistura tiroteios com cobertura e poderes, e essas habilidades dependem da classe que escolheu. O jogo final vai incluir quatro classes, mas a demo que experimentámos só incluía três: Pyromancer (dano de longo alcance), Trickster (dano de curto alcance), e Devastator (tanque). Cada classe pode evoluir e ganhar poderes e capacidades novas através de 40 níveis, desbloqueados conforme realiza uma série de ações, e cada uma terá também a oportunidade de se especializar em diferentes áreas. Como existem quatro classes e apenas um máximo de três jogadores por grupo, uma das classes terá sempre de ficar de fora.

O armamento em si não irá fugir muito dos tipos tradicionais, como espingardas, metralhadoras, caçadeiras, e pistolas, e todas elas são capazes de desmembrar inimigos, rebentar cabeças, e deixar o oponente numa poça de sangue e carne. As quatro classes têm acesso a todas as armas, mas conforme se especializam, começam a ficar mais eficazes com certos tipos.

Quanto aos poderes em si, lembra-nos um pouco de Mass Effect, no sentido em que a equipa pode combiná-los para causar ainda mais dano ou intensificar efeitos. Pode colocar inimigos em chamas, chocá-los com electricidade, e até abrandar o tempo, no caso do Trickster. Parece existir um grande grau de personalização, que se irá estender às armas e às peças de armadura. Segundo nos informaram, existem centenas de variações para o jogador encontrar, e quanto mais avançar pelo jogo, mais bizarras e animalescas ficarão, compostas com dentes, ossos, e partes de animais. Capuchos, mantos, luvas, armaduras, capacetes, botas, e calças, são exemplo do tipo de peças de armadura que irá encontrar. Dito isto, a People Can Fly deixou bem claro que o foco está na ação e não na recolha de loot.

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A nível de estrutura de mundo e missões, Destiny é um bom exemplo do que irá encontrar em Outriders, com uma área central para os jogadores. Essa área, depois do primeiro capítulo, passa a ser um camião personalizável, embora não possa ser conduzido pelo jogador. Quanto aos mapas, não serão muito amplos, e o jogador é levado diretamente para a área da missão. Pelo caminho pode encontrar alguns inimigos poderosos, sobretudo no fim de uma missão, e também estamos prometidos bosses 'a sério' que vão exigir maior coordenação dos jogadores.

Pelos cálculos da People Can Fly, Outriders deve demorar em média umas 40 horas para ser completado, mas os jogadores podem repetir as missões secundárias as vezes que quiserem, e até com níveis de dificuldade superiores. Algo que estamos curiosos para ver diz respeito aos tipos de inimigos, já que lutámos sobretudo contra humanos. Contudo, se o prelúdio serve de indicação para áreas mais avançadas de jogo, também devem existir vários tipos de animais e monstros.

Outriders pareceu-nos uma proposta interessante para quem aprecia jogabilidade cooperativa, ação, e ficção científica. A história picou a nossa curiosidade, e o combate foi divertido, pelo que estamos a torcer para que Outriders cumpra o seu potencial. Será sobretudo curioso perceber como se irá comportar nas versões de próxima geração, onde as limitações de hardware serão consideravelmente menos restritas.

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