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Mortal Kombat X

Mortal Kombat X

A auto-renovação de Mortal Kombat continua, e os sinais são cada vez mais positivos.

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Cassie Cage, filha de Johnny Cage e Sonya Blade, encara-nos nos olhos enquanto mastiga uma pastilha elástica cor-de-rosa. Cassie vira-se, demonstrando que não nos teme. Kung Lao - o nosso lutador - permanece na sua postura habitualmente calma, enquanto o mau tempo causa o embate de ondas enormes no cais onde a batalha está prestes a começar. O anunciador grita "Fight!" e nós arrancamos para um combate inédito, mas que é em tudo familiar.

Desta vez não existe uma versão de Kung Lao (ou qualquer outra personagem) para escolher, mas três, tornando-se ainda mais fácil escolher uma combinação que se adapte ao nosso estilo de jogo. Para Kung Lao, escolhemos um estilo que coloca o seu chapéu afiado a circular pelo seu corpo, como se fosse um campo de forças mortal. É uma armadilha para o pobre coitado (ou neste caso coitada) que se ousar aproximar, e é mesmo isso que queremos que Cassie Cage faça, para lançarmos uma rápida combinação com um teletransporte.

Isto tudo na nossa cabeça, claro. O que acontece realmente é que um corpo vai parar ao cais trazido pelas ondas. Cassie agarra no cadáver e atirou-nos à cara, violentamente. Aproveitando o nosso atordoamento, Cassie lança uma série de ataques que começam a esvaziar a nossa barra de saúde. A única esperança para uma recuperação é o ataque de Raios X, que conseguimos executar com sucesso depois de uma rasteira e de um murro que atirou Cassie para o ar. A sua energia foi consumida e o ecrã escureceu-se. Sabem o que isso significa: Fatality!

Mortal Kombat XMortal Kombat X
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Já tínhamos partilhado esta ideia no passado, mas é preciso reforça-la. Pelo que jogámos, parece realmente que a Netherrealm Studios conseguiu remediar algumas das falhas do anterior e modernizar a saga, de tal forma que Mortal Kombat X transmite ser uma sequela genuína, e não uma atualização. Em parte isso deve-se também a uma renovação do elenco de lutadores, que substituiu alguns dos clássicos com novas caras, como Cassie Cage, D'Vorah, Kotal Kahn e Ferra/Torr.

Cada lutador inclui três estilos de combate que mudam radicalmente o seu comportamento. Estes estilos determinam o tipo de ataques que têm ao vosso dispor e é provavelmente melhor ilustrado por Ferra/Tor, uma seleção peculiar que combina duas personagens: um monstro estilo Hulk com uma pequena criatura nas suas costas. Isto é a base da personagem, mas um dos estilos de combate permite deixar Ferra de lado, o que muda a dinâmica de Torr. Sem Ferra nas costas, Torr consegue aplicar um estilo de combate diferente, que se assemelha mais a Zangief, de Street Fighter.

Durante uma conversa com o gerente de marketing da Netherrealm, Brian Goodman, perguntámos porque decidiram acrescentar tantos estilos de combate. Segundo Brian, essa decisão foi feita depois de perceberem que a maioria dos jogadores só joga com duas ou três personagens. Ao acrescentarem três estilos para cada lutador, as opções triplicam para os jogadores. Isso significa que, mesmo que só joguem com Sub-Zero ou Scorpion, terão ao vosso dispor seis opções genuinamente distintas, e não apenas duas.

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Peguemos em Sub-Zero para novo exemplo das especialidades. Um dos estilos é focado nas armadilhas de gelo que Sub-Zero pode criar, e pela nossa experiência, é um estilo de jogo particularmente difícil de contrariar nas mãos de um jogador experiente. Enquanto este estilo foca uma atitude mais defensiva, um outro estilo permite a Zub-Zero criar cópias suas de gelo, que depois pode atirar ao adversário, criando situações bem mais agressivas e erráticas que o estilo anterior.

A introdução de três estilos completamente distintos para as personagens é uma novidade importante, mas também é preciso referir a nova dinâmica dos cenários. A Netherrealm já tinha mostrado a sua vontade de tornar as arenas mais interativas, com Injustice: Gods Among Us. Com Mortal Kombat X, a produtora levou esse conceito a um novo patamar. Já referimos o cadáver na arena do cais, mas existem muitas mais possibilidades. Hipóteses para saltos surpresa, agressões com ramos nas florestas, ou arremessar barris. Para o jogador casual pode parecer um detalhe engraçado, mas nos combates mais 'a sério', com lutadores que conheçam as arenas, estas possibilidades para surpreender o adversário ou reposicionar a personagem com um salto podem fazer toda a diferença.

Mortal Kombat X é também um jogo estupidamente violento, se calhar mais do que alguma vez o foi. Não temos nenhuma queixa nesse aspeto, pelo contrário. É violento, claro, mas está feito de uma forma tão absurda e exagerada, que não chega a impressionar ou chocar. Existe no entanto um reparo a apontar. Os ataques de Raio-X, que são extremamente violentos e que causam uma grande quantidade de dano, pareceram-nos excessivamente longos. São movimentos fantásticos de observar durante os primeiro combates, mas eventualmente começam a ser demasiado longos e quebram o ritmo do combate.

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Antes de terminarmos, voltemos ao nosso combate com Cassie Cage, enquanto Kung Lao se prepara para realizar a Fatality. Kung Lao tenta usar o seu chapéu para serrar a cabeça de Cassie Cage, que obviamente faz tudo para impedir que isso aconteça. Kung Lao empurra depois lentamente o chapéu com o pé e... bom, basta dizer que o resultado é de uma violência que nunca vimos a este nível, a 1080p e com modelos altamente detalhados. Brutal.

As nossas expetativas para Mortal Kombat X, por tudo o que vimos e experimentámos no passado, eram altas. E continuam a sê-lo depois desta sessão. A introdução dos estilos dá uma profundidade à série que lhe faltava, os cenários dinâmicos tornam as batalhas mais imprevisíveis e as novas personagens vão manter a série fresca e atual, sem nunca perder a sua identidade. E é precisamente isso que queremos de Mortal Kombat X.

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