Killzone: Shadow Fall - Antevisão multijogador

A hipótese de ir para um hotel, longe da confusão da Gamescom, foi uma mudança de ritmo apreciada. Só tinha passado um dia desde que a Sony tinha revelado a data em que a PS4 vai chegar às lojas, por isso foi excitante ter a oportunidade de experimentar um dos exclusivos mais importantes de lançamento. Finalmente, a chance de destruir Helghast, mas agora na nova geração.

Mas antes que pudêssemos agarrar no Dualshock 4, o diretor Steven Ter Heider, da Guerrilla Games, ofereceu-nos algum contexto e motivações por trás do multijogador. Ao que parece, o estúdio holandês tentou criar uma experiência multijogador onde qualquer jogador pode entrar e divertir-se sem passar horas a acumular níveis ou armas. Tudo estará disponível de início.

O sistema tradicional de pontos de experiência e níveis desapareceu. No seu lugar está uma nova estrutura de desafios que permite o progresso do jogador. Cada arma, classe ou modo de jogo tem o seu próprio conjunto, ao todo formando mais de 1500 desafios. Ao cumprirem estes objetivos vão desbloquear novos desenhos para as armas e para as personagens, mas existem outros prémios mais úteis, como munições extra e adições para as armas. Steven Ter Heider deixou no entanto bem claro que isso não será suficiente para garantir a vitória. Em Killzone: Shadow Fall será o talento individual que determinará o vencedor.

As classes disponíveis para os jogadores serão familiares aos mais habituados nestas andanças. Existe três que podem escolher: o furtivo Scout, o guerreiro Assault e o utilitário Support. Cada classe tem habilidades singulares, que os definem nas batalhas, mas a Guerrilla promete que as três serão capazes de suportar vários estilos de jogo.

Em Shadow Fall vão encontrar modos de jogo predefinidos, mas também podem implementar algumas alterações enquanto jogam com amigos. Não é um editor tão complexo como o de Halo, obviamente, mas é fácil definir e alterar parâmetros e objetivos.

Durante a sessão experimentamos dois estilos. O primeiro foi uma variante minimalista do clássico Capture the Flag, onde uma Probe neutra tinha de ser recolhida no centro do mapa e depois solta na base inimiga. Ninguém podia utilizar habilidades e não exista fogo amigo. Um cenário claramente desenhado para novatos. Mais tarde experimentamos algo com mais substância, dividido em duas fases. Primeiro era necessário dominar três pontos de controlo. Depois iniciou-se uma fase onde primeiro atacamos uns geradores e depois defendemos-los. O último modo que testamos era bem mais exigente e promovia um espírito de cooperação mais eficaz, comprovando que Shadow Fall tem muita variedade para oferecer.

A nossa experiência com o jogo ficou-se por estas três amostras, mas Ter Heider anunciou que vão revelar mais acerca do multijogador durante o outono. O jogo final vai incluir Bots - inimigos controlados pela inteligência artificial -, tanto para encontros online, como offline, uma característica que tem estado afastada dos FPS recentes. Killzone: Shadow Fall vai ainda suportar a formação de Clãs, numa função que promete tirar proveito da opção Share da PS4. O jogo terá 10 mapas de origem, e os mapas adicionais serão gratuitos. Uma das vantagens do facto da PS4 exigir PS Plus para jogabilidade online.

Killzone: Shadow Fall é um excelente exemplo do que a PS4 pode fazer. O jogo tinha um aspeto fantástico e o som era estupendo, embora não nos tenha deixado boquiabertos. Até mesmo durante os momentos de maior intensidade, o multijogador correu sempre de forma fluida e aparentemente não existiram compromissos em relação ao modo a solo.

Jogar Killzone: Shadow Fall foi uma experiência bastante boa, em parte também devido ao novo Dual Shock 4. As diferenças para o comando da PS3 podem parecer irrelevantes no papel, mas na prática são evidentes. Tudo somado, voltámos para a Gamescom impressionados com Killzone: Shadow Fall. Resta ver se cumpre o prometido nesta pequena sessão e se a campanha está ao nível do esperado.