Journey to the Savage Planet é um jogo em produção na Typhoon Studios, uma equipa que reúne vários veteranos da indústria, liderados por Alex Hutchinson, anteriormente na Ubisoft. Tínhamos por isso curiosidade de colocarmos as mãos no jogo, algo que finalmente aconteceu durante a E3.
A demo colocou-nos num planeta desconhecido, enquanto empregados de uma empresa chamada Kindred Aerospace. O nosso trabalho passou por explorar e mapear o planeta, recolhendo dados que possam ser importantes, mas cedo descobrimos que o planeta não é assim tão privado de vida quanto inicialmente parecia, o que causa o aparecimento de novos objetivos para cumprir.
Journey to the Savage Planet funciona na primeira pessoa, permitindo agredir fisicamente com o L2/LT (mais tarde permitirá usar acessórios) e disparar com o R2/RT, mas não é um jogo de ação. Não esperem grandes tiroteios, espingardas de longo alcance para dar tiros na cabeça, ou granadas para rebentar inimigos. Não é definitivamente esse tipo de jogo.
O primeiro objetivo que cumprimos passou por destruir uma série de cristais que estavam a bloquear o nosso percurso, o que depois permitiu aceder a uma enorme área de jogo. Journey to the Savage Planet não tem um mundo aberto como GTA ou Just Cause, mas também não é linear. É um jogo de exploração, que irá recompensar quem se dedicar a vasculhar pontos de interesse em vez de apenas seguir os pontos de navegação. Verificámos precisamente isso quando, ao explorarmos uma área secreta, descobrimos um fruto que aumentou a nossa vida.
A certo ponto recebemos ordens para investigar misteriosas relíquias espalhadas pelo planeta, estruturas estilo altares que servem como pontos de viagem instantânea. Os movimentos da personagem são fluidos, e até incluem salto duplo, mas estes pontos de viagem são uma verdadeira benção, sobretudo porque permitem regressar à nave rapidamente.
Foi precisamente o que fizemos quando encontrámos uma parede gigante formada por cristais amarelos. Regressámos à nave, e através de uma amostra que tínhamos recolhido num objetivo anterior, conseguimos criar uma espécie de gancho. Isso permitiu-nos escalar a parede com facilidade, ao mesmo tempo que permitiu aceder a outras áreas que eram anteriormente inacessíveis - uma verdadeira estrutura metroidvania.
O jogador terá acesso a uma série de acessórios deste tipo, não apenas para se movimentar com maior facilidade pelo terreno, mas também para efeitos mais... interessantes. A certo ponto encontrámos uma espécie de monstro que estava a bloquear o nosso caminho, que só nos deixaria passar se fosse alimentado. Para isso tivemos de atirar uma lata de comida no chão, que serviu de isco para criaturas menores, que depois pontapeámos diretamente para a boca do monstro. Não foi bonito de se ver, mas foi criativo.
Eventualmente encontrámos também uma espécie de boss que atirava ondas de choque que tínhamos de evitar a saltar. O problema é que parte do chão levava a uma área com líquido ardente, obrigando-nos a ter de usar rapidamente o gancho para escaparmos com vida. Infelizmente não conseguimos derrotar este inimigo, já que o nosso tempo com a demo terminou a meio da batalha.
Na verdade foram poucas as criaturas que encontrámos durante a aventura que eram realmente hostis, e raramente apresentaram ameaças sérias, como um ser que se enrolava e rebolava na nossa direção. Bastava desviar para o lado e acertar no seu ponto fraco.
Como já referimos, Journey to the Savage Planet não será um jogo de ação, mas antes uma aventura de exploração que não se leva realmente a sério. Parece juntar elementos de jogos de plataformas, puzzles, e metroidvanias, juntando tudo num jogo que parece ser intrigante e aberto a várias possibilidades. Para já, estamos curiosos para ver até onde esta aventura nos pode levar.