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Iron Harvest

Iron Harvest - Impressões de Jogabilidade

Um jogo de estratégia onde irá controlar infantaria e robõs gigantes num ambiente dieselpunk.

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Embora o lançamento só esteja marcado para setembro, já tivemos a oportunidade de experimentar Iron Harvest, um jogo de estratégia da King Art Games que é passado no mesmo universo que o jogo de tabuleiro Scythe. Durante o evento jogámos cinco das 21 missões de história de Iron Harvest, incluindo o tutorial, onde conhecemos a jovem Anna Kos. Nessa primeira amostra do jogo aprendemos que o irmão de Anna foi enviado para uma guerra, uma guerra que perdura mesmo passados vários anos. Quando o jogo propriamente dito arranca, o jogador é obrigado a defender a sua aldeia e pátria da fações invasora de Rusviet.

Iron Harvest apresenta um estilo de jogabilidade que se aproxima de algo como Company of Heroes, com perspetiva isométrica. Por outras palavras, trata-se de um jogo de estratégia em tempo real em que o objetivo não passa por criar bases, mas antes fazer a micro-gestão de um pequeno grupo de soldados. À medida que o jogo avança as suas unidades vão melhorando, mas para isso têm de sobreviver às batalhas. Imaginemos que um grupo de atiradores é composto por cinco elementos. Para que a sua experiência conjunta seja passada por um grupo de novatos, basta que um dos atiradores sobreviva, mas se todos os elementos morrerem, a sua experiência será perdida. Em caso de ferimento, contudo, pode curar unidades na base ou com itens que encontra no campo de batalha.

Além de soldados, o campo de batalha de Iron Harvest é também composto por robôs de guerra, que são verdadeiramente imponentes. Cada tipo de robô ou mech tem a sua especialização e atributos, incluindo uma opção de grande velocidade e agilidade, que embora pouco resistentes, consegue manobrar o campo de batalha com facilidade.

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Soldados contra robôs não costuma ser particularmente vantajosos para os primeiros, mas podem aproveitar o cenário para ganharem vantagem. Os soldados conseguem utilizar abrigos e entrar em casas para se esconderem ou protegerem, o que é um sistema interessante, mas tem de ser melhorado. A questão é que não existe um botão para as unidades se esconderem, é algo feito automaticamente dependendo do contexto, mas isso nem sempre funciona, o que causou alguma frustração. Seja como for, existem oportunidades para experimentar vários tipos de táticas, desde flanqueamentos, a emboscadas.

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Também achámos interessante que o equipamento e, portanto, a classe dos nossos soldados, não sejam fixos e possam ser adaptados. Se encontrar armas equipamento pelo mundo, seja nos inimigos ou no mapa, pode equip-los sem penalidade. Não tem granadas? Roube um caixote inimigo e use-as para forçar os soldados oponentes a saírem dos esconderijo, por exemplo.

Embora não seja o foco de Iron Harvest, existe um pequeno elemento de gestão e construção de estruturas, através da classe Engenheiro. Pode reparar equipamento e robôs, construir produção de equipamento, e montar defesas, por exemplo. Os soldados irão recolher os recursos necessários em caixas de suprimentos encontradas na área, ou consertando edifícios centrados na produção. Além disso pode procurar por matérias-primas importantes nos robôs inimigos queimados, o que pode fazer a diferença, especialmente nos modos multiplayer e skirmish.

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Durante a nossa sessão de jogo encontrámos vários problemas, mas é preciso deixar claro que se trata de uma versão que tem ainda muito tempo de desenvolvimento pela frente. Por exemplo, atualmente é difícil construir uma fileira de sacos de areia na beira de uma ladeira para aproveitar ao máximo uma posição elevada. Mais preocupante, as unidades pareciam gostar de se colocar na linha de fogo devido a problemas de navegação da IA, algo que também atrapalha o movimento de vários esquadrões pelo mapa. Vamos dar o benefício da dúvida à King Art Games e confiar que irão resolver tudo, mas é preciso lembrar que o estúdio tem um historial de lançamentos problemáticos.

Ainda assim, o estúdio parece ter aproveitado bem a licença, o que significa que se é fã de Scythe ou da arte de Jakub Rozalski, pode definitivamente marcar Iron Harvest na lista. Parece-nos ter potencial para se tornar num jogo de estratégia muito interessante, resta esperar que o estúdio cumpra a rigor.

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