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Halo Wars 2

Halo Wars 2

Voltámos à versão estratégica de Halo, e gostámos das novidades.

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Quando alguém fala de jogos de estratégia em tempo real para uma consola, não conseguimos deixar de torce um pouco o nariz. Infelizmente os comandos não oferecem o mesmo tipo de flexibilidade que um rato, ou as mesmas opções que um teclado, que um jogo desse género precisa. A não ser que seja construído de raiz com os comandos em mente, como foi o caso de Halo Wars. Entretanto passaram-se sete anos, e agora tivemos a oportunidade de experimentar a sequela, que está a ser produzida pela 343 Industries (produtora de Halo 5: Guardians) e a The Creative Assembly (produtora de Total War e Alien: Isolation) para Xbox One e Windows 10.

Primeiro que tudo há que descansar os fãs que temeram o envolvimento da Creative Assembly. Embora seja uma produtora habituada ao género, o seu passado está ligado ao PC, e a jogos mais lentos e complexos que Halo Wars. Felizmente, Halo Wars 2 não foi transformado em Total War, e que vimos agora e durante a beta, mostra um trabalho que respeita e evolui o que foi feito antes.

O foco da apresentação esteve sobretudo na estória, e nos objetivos que a equipa de produção pretende cumprir. A ação vai passar-se 28 anos depois do primeiro jogo, com o Capitão Cutter e a sua tripulação do Spirit of Fire em sono induzido. Durante esse tempo, a guerra com os Covenant arrancou em definitivo, Cortana foi criada, Reach foi destruído, e a humanidade está longe do seu auge. É neste momento que Cutter acorda, e segundo Dan Ayoub da 343 Industries, vai encontrar um vilão à sua altura. Atriox é o antagonista do novo jogo. É um Brute enorme, que é forte, inteligente, e comanda uma unidade chamada The Banished - que curiosamente também enfrenta os Covenant. Ayoub foi ao ponto de comparar Atriox com Darth Vader, o que evidencia bem a confiança que têm na estória do vilão.

Outra peça crucial da narrativa é Isabel, uma inteligência artificial que vai seguir um registo muito diferente de Cortana e Ariana, que vimos noutros jogos. Será esta IA a informar a equipa da Spirit of Fire sobre os acontecimentos que perderam enquanto dormiam, explicando também o impacto dos Banished. Como acontecia no original, uma grande porção da estória será contada através de sequências de vídeo, produzidas pelo estúdio Blur. É preciso realçar a qualidade impressionante destas sequência, tanto a nível técnico, como de direção.

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Tivemos a oportunidade de experimentar uma das primeiras missões da campanha, que decorre numa localização que será familiar a muitos fãs de Halo - a Ark. Para quem não se lembra, a Ark foi destruída por Master Chief no primeio Halo, e durante esta missão, estes eventos e o próprio John-117 são referenciados. Quanto à missão em si, permite controlar alguns Marines, um Warthog, e soldados equipados com lança-chamas. As mecânicas da jogabilidade são muito semelhantes às do primeiro Halo Wars, tal como a estrutura da missões, com vários objetivos extra espalhados pelo mapa e outras unidades que podem encontrar. Eventualmente conseguimos construir uma base, reunir as forças para um último ataque, e encontrámos o que a 343 Industries define como uma batalha de boss.

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O grande objetivo da missão é encontrar e derrotar um Brute enorme, e foi isso que fizemos. Encontrámos o inimigos e pedimos gentilmente aos nossos soldados que o destruíssem. Resultado? Pareciam pinos num salão de bowling. Eventualmente conseguimos derrotá-lo, não devido a uma estratégia avançada, mas porque o sufocámos com números de unidades. Supomos que numa dificuldades mais avançada, não teríamos conseguido superar este desafio tão facilmente, mas a campanha pareceu-nos ter bom ritmo e um equilíbrio interessante entre ação, gestão, e exploração. E até pode ser jogada cooperativamente com um amigo.

A ambição da 343 Industries para Halo Wars 2 é enorme, e algo que foi bem evidente durante a apresentação. Conversámos com Paul Lipson, responsável pelo departamento sonoro, que nos explicou que equipa foi gravar sons a florestas, e a campos militares, onde elevaram veículos armados a funcionarem para captarem os sons com maior precisão. O resultado, pelo que ouvimos até agora com bons fones nos ouvidos, é impressionante.

Lipson também falou do sistema de som dinâmico que o jogo usa, que ajusta o tom da música para dar maior ênfase a cada situação. Se estiverem na vossa base a construírem unidades sem pressão, vão ouvir uma música calma e melódica. À medida que exploram o cenário, o som torna-se um pouco mais misterioso, e no calor da batalha, a música ganha ainda mais intensidade. As próprias unidades respondem às ordens e a eventos do jogo, com diferentes níveis de volume: uma unidade sob forte ataque vai fazer-se ouvir com maior facilidade que uma unidade que está a responder a uma ordem de movimento. Em resumo, Halo Wars 2 tem um nível de produção tremendo, que se nota no grafismo, no departamento sonoro, e na apresentação geral do jogo.

Além da campanha, podem desfrutar de um modo online bastante robusto. Existem confrontos competitivos de um para um, dois para dois, e três para três, e ainda existe um modo Domination onde o objetivo é conseguir ganhar controlo de áreas no mapa. Uma das maiores novidades é o novo modo Blitz, onde não existe construção de bases ou recolha de recursos. É um modo focado somente no combate, que utiliza um sistema de cartas. Ao todo têm um baralho de 12 cartas, das quais quatro vão começar na vossa mão. Ao lançarem as cartas, vão libertar unidades no campo de batalha sem qualquer tempo de construção ou espera. O único recurso necessário é energia, que pode ser encontrada em vários locais do mapa. O custo de cada carta em termos de energia depende naturalmente da sua importância. Vão começar com um conjunto base de cartas, mas conforme sobem de nível, vão desbloquear novas cartas e podem melhorar outras, permitindo criar um baralho personalizado.

As estratégias empregues neste modo são as habituais dos jogos de estratégia - querem lançar mais unidades rapidamente, ou criar um exército menor, mas mais poderoso? É um jogo de equilíbrios, mas se estiverem a jogar cooperativamente com outro jogador, podem formar baralhos que se complementem. A verdade é que nos divertimos com Blitz, e o seu ritmo acelerado é bastante viciante.

Halo Wars 2 pretende expandir, refinar, evoluir, e mais importante que tudo, certificar-se que a experiência continua a ser perfeita para consolas e comandos. O original foi apenas lançado para Xbox 360, enquanto que a sequela também será lançada para Windows 10, mas vai ser lançada uma edição especial de Halo Wars 2 que inclui o original, tanto para Xbox One, como para Windows 10.

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