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Guild Wars 2: Heart of Thorns

Dois anos e meio depois do lançamento, vai chegar finalmente a primeira grande expansão do MMORPG da ArenaNet.

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Já se passaram dois anos e meios desde que a NCSoft lançou Guild Wars 2. Durante este período têm sido implementadas algumas atualizações pontuais, que corrigiram falhas, equilibraram elementos e acrescentaram conteúdo, mas nada que justificasse o título de expansão. Até agora. Hearth of Thorns será a primeira grande expansão de Guild Wars 2, e segundo Isiah Cartwright, designer sénior da ArenaNet, era inevitável.

"Olhámos para o progresso dos jogadores, e para a forma como abordámos esse progresso nas nossas atualizações, mas encontrámos alguns problemas fundamentais. Quando falámos sobre possíveis soluções para esses problemas, percebemos que seria necessário algo maior do que as atualizações de conteúdo que tínhamos feito até aqui. A solução obrigou-nos a avançar para as expansões."

Este novo sistema de progresso vai chamar-se Masteries, que são fundamentalmente formas dos jogadores evoluírem as suas personagens para lá do nível máximo. Infelizmente, não fomos informados sobre novidades relacionadas com o sistema de Masteries, além do que já tinha sido tornado público, mas durante o evento tivemos a oportunidade de experimentar parte do sistema, em específico o Gliding Mastery. Conseguimos desta forma planar pelo ar na floresta de Maguuma, depois de desbloquearmos essa função na área de exploração.

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"As Masteries são provavelmente a minha parte favorita da expansão, disse-nos Crystin Cox, design sérior para o comércio de Guild Wars 2. "Gosto bastante do facto de agora termos essa oportunidade para introduzir um sistema de progressão que é contextual e que parece estar bem integrado com a experiência de jogar Guild Wars 2. Não são apenas números maiores. Estou numa área e vejo muitos desafios, e ao passar algum tempo lá, vou dominar esses desafios."

Além das Masteries, vão existir outras formas de continuar a evoluir a personagem em Heart of Thorns, em específico, através das especializações ligadas às profissões de Guild Wars 2. À semelhança do que aconteceu com as Masteries, não foi possível aprofundar o nosso conhecimento desta componente durante o evento, mas Cartwright referiu que este é o seu elemento favorito da expansão.

"É algo que me dá novas ferramentas para brincar, novas camadas para as minhas personagens. Além disso, é algo que afeta todos os aspetos do jogo, e oferece novas oportunidades a todos os jogadores, seja de PvP, PvE ou WvW - o que mais gostem de fazer." Heart of Throns terá muitas novidades para o conteúdo PvE, mas a produtora ainda não está pronta para aprofundar esse assunto, embora tenha afirmado que os jogadores podem esperar conteúdo desafiante, com batalhas de Bosses em mundo aberto e conteúdo de história mais difícil que o habitual.

Existiram muitas restrições sobre o que nos podiam dizer, mas nem tudo ficou nos segredos dos deuses. Na demonstração a que tivemos acesso, experimentámos dois elementos novos genuinamente interessantes: o modo PvP Stronghold, e a nova classe Revenant.

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Tivemos a oportunidade de jogar como um Revenant durante algumas horas e ficámos satisfeitos com o que vimos. A ArenaNet parece ter conseguido criar um estilo peculiar para os Revenant, tanto em termos de mecânicas de jogo, como de história. Os Revenant só têm acesso a uma única arma, como os Elementalists, mas podem encarnar as habilidades de personagens lendárias do passado (em específico, do Guild Wars original). Assim, em vez de mudarem de arma, mudam de personalidade, ganhando as habilidades correspondentes.

Grande parte do interesse do Revenant advém dessa característica. As duas personalidades que experimentámos foram o rei Jalis Iron Hammer e o demónio Malyxx - o primeiro foi um aliado poderoso e o segundo um terrível inimigo, no Guild Wars original. As habilidades que vão receber de cada personalidade refletem os seus estados de espírito no passado. Ou seja, como Jalis Iron Hammer podem suportar boas quantidades de dano, enquanto que a personalidade de Mallyx vai tornar-vos mais poderosos, mas a custo da vossa própria vida.

Os Revenants vão buscar os seus poderes aos Mists, uma espécie de dimensão que une os mundos. Isso estará diretamente relacionado com os eventos que levarão até ao conteúdo de Heart of Throns: "Depois de Rytlock se atirar através do portal para os Mists, ele atravessou uma viagem que lhe permitiu tornar-se num Revenant, ao mesmo tempo abrindo essa oportunidade para outras personagens," explicou-nos o argumentista Leah Hoyer.

"Na expansão vamos abordar com maior detalhe a forma como as personalidades podem ser conjuradas a partir dos Mists, e essa explicação está relacionada com a história de Rytlocks," apontou Hoyer.

A classe Revenant parece claramente inspirada pelo Guild Wars original. Além de invocarem personalidades desse jogo, os Revenant precisam de estar vendados para que a sua ligação aos Mists seja mais forte - à semelhança dos Spiritualists de Guild Wars Factions.

"Vão encontrar vários momentos na expansão em que tentamos criar ligações com a história de Tyra, já que regressamos a uma região antiga de Guild Wars, e temos uma classe construída à volta de eventos históricos que os jogadores conhecem," afirmou Cartwright.

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Heart of Thorns também vai introduzir um novo modo PvP, Stronghold, que para já só será jogável no novo mapa de Battle of Champion's Dusk. O modo em si parece inspirado no género MOBA (League of Legends, DOTA 2). Cada equipa tem uma personagem controlada pela inteligência artificial do seu lado, que têm de proteger dos ataques da equipa adversária. Quem conseguir matar esse alvo opositor, ganha a ronda. Cada personagem está protegida por um portão, mas esses portões não podem ser danificados diretamente pelos jogadores - têm de recolher recursos primeiro para invocar unidades adicionais. Em certos momentos é possível recrutar um poderoso aliado, e só esse aliado e as unidades adicionais podem derrubar os portões.

Stronghold parece-nos ter o tipo certo de complexidade. Requer a prática de várias estratégias diferentes e existe muito espaço para os jogadores experimentarem outras abordagens. Podem apostar tudo no controlo dos recursos, ou tentar obrigar a equipa adversária a uma postura mais defensiva. Parece-nos claramente que Stronghold pode afirmar-se como o melhor modo PvP de Guild Wars 2.

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O que vimos até agora de Heart of Throns foi como um aperitivo saboroso, que nos deixou com mais agua na boca. Precisamos ver que tipo de conteúdo mais esconde esta expansão, sobretudo para os jogadores de nível máximo. De qualquer forma, a classe Revenant pareceu-nos muito interessante, o modo PvP de Stronghold é fantástico e no papel, a introdução das Masteries pode ser um motivador interessante para os jogadores.

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