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Forza Motorsport 6

Forza Motorsport 6

O novo Forza mostra evolução em áreas cruciais e pode oferecer a melhor experiência de condução na Xbox One.

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O Gamereactor teve recentemente a oportunidade de experimentar Forza Motorsport 6 em duas ocasiões, uma na E3, outra no Circuito de Jarama, num evento em Madrid. Se na primeira oportunidade foi complicado retirar ilações concretas sobre o simulador de condução, dada a natureza frenética da feira, o evento em Madrid já permitiu apurar com maior eficácia qual é a forma que este exclusivo Xbox One está a assumir.

Esta demonstração que experimentámos está já muito próxima da versão final, pelo menos no que ao grafismo e à jogabilidade diz respeito, e os três circuitos disponíveis foram escolhidos especificamente para melhor representarem as novidades que aí vêm: uma vibrante corrida durante o dia no Rio de Janeiro com o fantástico Ford GT, uma passagem noturna pela Sebring International Raceway com o poderoso Lamborghini Huracán, e uma última corrida em Brands Hatch ao volante de um Audi TTS Coupé. Uma das vantagens de jogar neste tipo de eventos dedicados a simuladores de condução, é que normalmente é possível testar estes jogos nas melhores condições possíveis. Neste caso isso incluía uma cadeira específica com pedais e volante da Thrustmaster. Não chegámos a experimentar Forza Motorsport 6 com o comando, mas vários presentes comentaram que o novo comando Elite oferece uma experiência ainda mais satisfatória que o comando original de Xbox One.

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Para a nossa primeira corrida decidimos experimentar o asfalto molhado, para perceber as mudanças climatéricas em ação, não só visualmente, mas ao nível da jogabilidade. A verdade é essas mudanças são de imediato evidentes, talvez até em demasia. A diferença, durante a condução numa superfície seca, faz-se sentir na primeira viragem, e depois em cada aplicação consequente dos travões. As novas "poças 3D" agora causam um tipo de derrapagem na água que não vimos nos jogos anteriores, mas é um efeito que nos parece exagerado. Pode contudo ser uma questão de hábito, e precisamos de testar outros veículos, mas pelo menos visualmente, é fantástico.

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Outra novidade surge nas corridas noturnas, divididas em duas categorias: corridas sobretudo iluminadas pelos faróis, o que causa uma sensação de claustrofobia, ou corridas com pistas totalmente iluminadas, onde os reflexos causados pelas várias luzes podem afetar a experiência. Em termos de condução, nenhuma destas dinâmicas causa grandes diferenças, mas em termos de visibilidade existem claras mudanças. Para já parece-nos uma adição interessante.

Apesar de tudo, a pista que mais nos agradou foi a do Rio de Janeiro, primeiro com o Ford GT (que de certa forma é o "protagonista" do jogo), e depois com um Ferrari clássico. Um produtor presente afirmou mesmo que esta pista no Rio de Janeiro é a melhor pista alguma vez criada para um jogo Forza. Depois de a experimentarmos, é fácil ver porquê. É uma pista com um toque especial, o tipo de circuito único que nos convida a conduzir vezes sem conta, e que demonstra a qualidade e a experiência que a Turn 10 tem acumulado ao longo dos anos. É também uma pista que mostra o potencial das novas corridas para 24 participantes, em vez dos 16 do anterior. O novo formato
obriga a abordar as corridas com maior estratégia, mas esperamos que a inteligência dos Drivatar seja reforçada. De qualquer forma vão existir várias definições disponíveis para correrem contra estes pilotos controlados pela IA.

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Nesta pista do Rio de Janeiro lembramos-nos mais de Forza Horizon 2 que de Forza Motorsport 5, o que não é surpreendente. Um dos elementos da Turn 10 confirmou-nos que Forza 6 foi beber alguma inspiração visual a esse jogo, produzido pela Playground Games, mas existiram outras novidades emprestadas desse título. Em alguns aspetos, Forza Horizon 2 parece-nos superior, como o dinamismo do sistema climatérico, mas Forza Motorsport 6 tem um grande fator a seu favor - suporta 1080 e corre a 60 frames por segundo, um dado que muitos consideram essencialmente para um simulador de excelência.

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Outra adição que despertou o nosso interesse está ligada ao modo Carreira, completamente diferente do passado. A fórmula de começar uma campanha com carros medianos, para ir evoluindo para veículos mais poderosos, cumpriu bem o seu papel no passado, mas começa a ser um formato cansativo para os dias que correm. A Turn 10 decidiu experimentar algo diferente para a campanha de Forza Motorsport 6, baseando-se em eventos ou particularidades da história automobilística, como a rivalidade da Ferrari com a Ford, na década de 60. Isto irá abraçar muitos tópicos e veículos, numa campanha que a Turn 10 prevê durante várias dezenas de horas.

Em resumo, o que experimentámos mostrou potencial, mas não jogámos o suficiente para perceber quanto de relevante introduz realmente Forza Motorsport 6 em relação ao anterior. Alguns elementos pareceram-nos excessivamente alterados, outros ficaram na mesma, mas enquanto é preciso ainda uma abordagem bem mais larga para perceber a qualidade real deste simulador, parece-nos já que será uma boa proposta para os amantes de condução. Com mais de 450 carros, 26 pistas, e um modo carreira completamente remodelado, este pode ser o verdadeiro salto de gerações que Forza Motorsport 5 não conseguiu ser.

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