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Firewall Zero Hour

Firewall Zero Hour

Imaginem Rainbow Six: Siege, mas mais simples e em realidade virtual.

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Parece que os shooters em RV têm um pouco a tendência para optar por títulos genéricos, como são exemplo Bravo Team e também Firewall Zero Hour, outro shooter que utiliza o comando de mira e que pudemos experimentar na mais recente apresentação do PSVR em Londres, colocando duas equipas de quatro em confronto para testar a ação multijogador.

A premissa do jogo é um pouco como a de Rainbow Six: Siege, onde existe uma equipa atacante que procura ter acesso aos ficheiros de um portátil (pelo menos no modo que jogámos) enquanto que a outra terá de defender a posição e disparar contra todos os que tentem chegar perto do hardware. Como é frequentemente o caso da RV, as coisas são muito mais simples, por isso não vão encontrar aqui ambientes destrutíveis nem nada do género - temos de usar as portas, como outra pessoa qualquer.

Começámos por jogar com os atacantes e entrámos imediatamente em ação a pensar que poderíamos começar a correr e matar todos os adversários sozinhos, mas não foi isso que aconteceu. O trabalho de equipa certamente faz com que aqui seja tudo mais fácil; a casa onde nos estávamos a infiltrar era tão pequena que assim que encontrávamos um defensor todos os outros vinham a correr em seu auxílio. É vital permanecermos juntos, assim como cobrirmos as nossas costas, apesar de ser mais fácil dizer do que fazer.

Já com a equipa defensora os procedimentos pareceram significativamente mais fáceis. É muito mais simples ficarmos fechados num só sítio e esperar que os inimigos venham até nós do que tomar um local reforçado e desde que cubram todos os ângulos já é meio caminho andado. Tal como em Rainbow Six, também podemos controlar as câmaras ao morrermos, e deste modo se formos bons a comunicar podemos alertar os nossos aliados para as posições do inimigo.

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Como já foi mencionado, estávamos a utilizar o comando de mira e apesar de ser possível usar o DualShock 4, é fácil imaginar que se torna uma experiência mais envolvente com o comando de mira. Tudo era mais simples com este periférico, quer fosse agachar utilizando o círculo ou virar utilizando o analógico na mão direita. Os jogadores de FPS irão sem dúvida habituar-se facilmente a isto, e com um microfone ligado é mais fácil ficar envolvido no jogo ao comunicarmos com os nossos colegas de equipa para encontrar o objetivo.

Firewall Zero Hour

No entanto, o que nem sempre nos pareceu natural foi a mecânica de disparo. O rastreamento de mira dos comandos de mira e Move já foi criticado no passado, e sentimos que havia algo errado também aqui. Quando alinhávamos a nossa mira para onde achávamos que o ponto vermelho deveria estar, na verdade este não ficava nem perto, e vimo-nos obrigados a segurar o comando de mira um pouco descentrado para ter uma maior precisão no jogo, o que na verdade tornava mais difícil acertar nos alvos. Não parecia uma forma fácil de disparar, apesar da acessibilidade de todos os outros controlos.

De facto, gostámos da facilidade que existe para trocar entre a primeira e a segunda arma utilizando o triângulo, e ao pressionar o gatilho na mão esquerda poderíamos ver um arco que mostrava para onde podíamos atirar as granadas. Nunca deixou de ser satisfatório lançar uma granada para dentro de uma janela aberta e ouvir os gritos do seu interior.

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É de mencionar que existem diferentes agentes (que seriam chamados de operadores ou personagens noutros jogos), cada um com a sua própria história de fundo, nacionalidade e habilidades especiais. Não vimos estas habilidades em ação, mas devem ajudar a distinguir as personagens umas das outras e com sorte animar um pouco mais o jogo. De qualquer modo, é bom ter a possibilidade de escolha.

Tivemos também a escolha dos conjuntos de equipamento a utilizar, um dos quais era o normal com uma espingarda de assalto, outro para confrontos mais próximos com uma caçadeira e uma terceira opção mais furtiva. Estas opções diversificam um pouco as ocorrências e passámos um bom bocado a alcançar tiros mais precisos com a espingarda de assalto e a sofrer imenso com a caçadeira, visto que na nossa posição encontrávamo-nos a disparar de cima sobre os atacantes e a dispersão do disparo da arma dificultava a nossa missão. Nada disto é novidade para os veteranos dos FPS, mas é de mencionar que faz toda a diferença.

Escusado será dizer que a utilização da RV aumenta significativamente o nível de imersão na experiência. Jogámos Firewall de pé, o que nos dava manobrabilidade para usar as paredes e outros elementos do cenário, como mesas, para cobertura. Pode não ser um jogo tão diversificado como outros shooters para PC e consolas, mas sentimo-nos mesmo no meio da ação quando as balas começam a voar na nossa direção. Existe imenso espaço aberto e muitos pontos de vista, por isso se não tiverem atenção poderão dar por vocês em espaço aberto e em problemas.

Em suma, a única coisa que nos impede de encarar Firewall: Zero Hour como um shooter de RV bastante interessante são os tiroteios. Não foram tão satisfatórios ou precisos quanto queríamos, especialmente num jogo que tem tanto enfâse nas táticas realistas. Dito isto, com os seus controlos acessíveis, mapas estreitos e controlados e objetivos simples, Firewall Zero Hero tem definitivamente potencial para proporcionar uma bela experiência de ação em RV.

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ANTEVISÃO. Escrito por Sam Bishop

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