Português
Gamereactor
antevisões
Extinction

Extinction

Pode ser o melhor jogo inspirado por Attack on Titan, apesar de não ter qualquer relação oficial com a série.

HQ
HQ

Não conhecem Extinction? Bem, é um jogo de ação e plataformas com elementos RPG, que nos lembra de algo como Prince of Persia e Assassin's Creed em termos de movimento da personagem. E é também bastante divertido - quando funciona. Como o nome tão bem indica, serão atirados para um mundo à beira da destruição, tudo por culpa de uma invasão dos enormes Ravenii. O mundo em questão chama-se Dolorum, e o jogador vai assumir o controlo de Avil, o último de uma linha de poderosos guerreiros capazes de enfrentarem os Ravenii. Ou seja, são os únicos que ainda pode salvar o que resta do mundo.

Abater os gigantes será o vosso objetivo principal, mas Avi também tem de proteger a população e defrontar os demónios mais pequenos que seguem as pisadas dos mestres Ravenii. Se são fãs de Anime, a inspiração em Attack on Titan parece-nos evidente, ainda que o estúdio afirme que não é o caso. Por exemplo, quando derrotam um Ravenii têm depois de lhe cortar a cabeça para garantirem a morte, tal como na série. Cada guerreiro tem de treinar vários anos, e dominar uma vasta gama de habilidades para conseguir derrubar estes gigantes, gigantes esse cuja origem e objetivo é desconhecido. Estórias como David e Golias são antigas como o tempo, mas olhando para a jogabilidade, o conteúdo, e a estória, é impossível não pensar em Attack on Titan quando olhamos para Extinction.

Aqui vão combater contra hipóteses desfavoráveis, um exército de um único homem contra criaturas gigantescas e com a responsabilidade de salvar o mundo aos seus ombros. Terão de usar a agilidade de Avi para trepar os Ravenii, o que nem sempre é um processo fácil. Alguns dos gigantes têm armaduras que impossibilitam o avanço do jogador, e como tal têm de ser destruídas. Embora lentos, os gigantes podem causar grandes estragos com as mãos e os pés, mas não tanto quanto alguns problemas imprevistos. O jogo ainda tem falhas ao nível da deteção de colisão dos gigantes e de Avi, o que nos levou a ficarmos presos em pedaços de armadura ou do corpo dos Ravenii. Outro problema é que chegámos a ser esmagados, em mais do que uma ocasião, em situações em que os pés dos gigantes nem nos tocaram.

Publicidade:

Em certos momentos têm a hipótese de cortar os membros dos gigantes, em ataques que abrandam a ação, mas nem sempre é óbvio a que distância é preciso estar para que o ataque seja eficaz. Quando estamos próximos, essas partes brilham, mas demorámos algum tempo a habituarmos-nos à escala do jogo, sobretudo porque parece variar de Ravenii em Ravenii. Outro problema é que a câmara não é muito eficaz em acompanhar a agilidade e velocidade de Avil, o que é particularmente frustrante quando queremos apontar a algo e a câmara ainda nos está a apanhar. Sentimos que o jogo beneficiaria de uma mira fixa, que nos libertasse para a movimentação.

HQ

Nos primeiros momentos ficámos maravilhados com estas mecânicas de jogo, associadas aos imponentes Ravenii, mas rapidamente entrámos numa rotina onde as batalhas são ganhas com um ou dois botões. Para eliminarem as criatura mais pequenas, basta pressionar num botão para os ataques se repetirem, enquanto que os gigantes exigem que fiquem a pressionar no gatilho até ao momento certo. Os maiores desafios surgem dos objetivos opcionais, como completar um nível em menos de quatro minutos, ou eliminar um número específico de oponentes. Se cumprirem estes objetivos vão ter pontos que podem investir nas vossas habilidade, como a capacidade de salto, por exemplo. Outra premissa interessante é que, independentemente do que façam, não vão conseguir salvar todos os habitantes de um nível. Terão de escolher como agir, e simplesmente aceitar que alguém terá de pagar por isso.

Faz sentido que o adversário tenha uma origem desconhecida, que o jogador saiba pouco sobre estes Ravenii, mas quando o mesmo se passa com o mundo que estamos a proteger, torna-se mais difícil a imersão. A estória parece-nos demasiada vaga, simplesmente apresentado factos sem grande contexto. Sabemos que Avil é o único da sua força, por exemplo, mas não sabemos porquê - simplesmente o é. O seu amigo pode criar portais a partir de cristais, e nem saber é esclarecido se neste mundo existe magia ou não. Gostaríamos de ter visto um investimento mais aprofundado ao nível da apresentação da história de Extinction, do seu mundo e das suas personagens.

Publicidade:

Como já devem ter percebido, Extinction não é um jogo em mundo aberto, preferindo uma estrutura à base de níveis lineares e missões. Honestamente, parece-nos a escolha certa para o tipo de experiência que pretendem passar ao jogador. Isto também acrescenta um apelo de repetição, incentivando os jogadores a melhorarem as suas pontuações e a cumprirem os objetivos adicionais. Até vão existir alguns modos de jogo desenhados para o público mais competitivo, incluindo missões criadas de forma aleatória. Para já, Extinction parece-nos um jogo com boas ideias, ainda que algumas dessas ideias - pelo menos nesta versão - não tenham sido implementadas da melhor forma. Esperemos que consigam melhorar a experiência de jogo, porque se conseguirem, estará aqui um jogo de grande potencial para os fãs de Attack on Titan.

HQ
Extinction
Extinction

Textos relacionados

ExtinctionScore

Extinction

ANÁLISE. Escrito por Roy Woodhouse

Lembra Attack on Titan, mas tal como esse jogo, não impressiona.

Extinction

Extinction

ANTEVISÃO. Escrito por Søren Svanhof

Pode ser o melhor jogo inspirado por Attack on Titan, apesar de não ter qualquer relação oficial com a série.



A carregar o conteúdo seguinte