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Dragon Ball FighterZ

Dragon Ball FighterZ

Goku e companheiros estão de regresso, desta vez com um jogo de luta com verdadeiro potencial.

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Para sermos completamente honestos, nos primeiros momentos da nossa sessão de jogo com Dragon Ball FighterZ, não fazíamos ideia do que estávamos a fazer. Na pele de Gohan corríamos a alta velocidade para tentar acertar golpes poderosos no adversário, enquanto o ecrã se enchia de efeitos e destruição. No solo ou no ar, o caos era total, enquanto as duas personagens - e não só - se esmurravam violentamente.

Nesta batalha de três contra três, dois dos nossos lutadores já estavam arrumados, enquanto que a equipa inimiga ainda estava completa. Mas é normal, ainda estávamos a tentar perceber como tudo funcionava, até que eventualmente, tudo fez 'click'. Conseguimos aplicar vários golpes leves e pesados ao adversário, enquanto evitávamos os seus ataques especiais com alguns desvios em tempo certo. Atirámos alguns projéteis de energia ao nosso oponente, e aproveitámos a sua desorientação para aplicar algumas combinações aéreas, até que o cabelo de Gohan tornou-se ainda mais intenso, com raios azuis. Se conhecem Dragon Ball, sabem que o que aconteceu - Gohan assumiu a sua forma de Super Sayian 2 (ou Guerreiro do Espaço, em PT), e o que se seguiu foi um massacre. Conseguimos derrotar duas das personagens da inteligência artificial antes de Gohan reverter à sua forma normal. Dragon Ball FighterZ é um jogo de luta intenso, com jogabilidade 2D, que beneficia de um excelente aproveitamento do Unreal Engine 4 - o resultado por vezes parece superior à série de animação.

Agora estamos mano-a-mano contra o adversário que resta, e através de alguma experimentação, conseguimos ativar um super-ataque, o famoso Kamehameha que finalmente derruba o nosso oponente de vez. Conseguimos sair vitoriosos de um combate que parecia perdido, e até fomos elogiados por um colega jornalista que assistiu a tudo. Dragon Ball FighterZ é um dos jogos de luta mais frenéticos e visualmente espetaculares que jogámos nos últimos anos, e ao contrário do que se pode dizer da maioria dos jogos baseados nesta licença, tem um aspeto espetacular e joga-se ainda melhor.

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A qualidade do combate não é totalmente surpreendente se considerarmos que é a Arc System Works que está a tratar da produção. Este é o estúdio que tem anos de experiência a produzir jogos de luta com jogabilidade 2D, nomeadamente Guilty Gear e BlazBlue. Mas mais importante ainda é o facto da Arc System Works conhecer e entender o material de origem. FighterZ parece-se exatamente com o que gostaríamos de ver num jogo de Dragon Ball, mas em vez de ser trapalhão e confuso, como muitos antes dele, este jogo de luta segue padrões mais facilmente reconhecíveis. Em apenas 30 minutos dominámos os elementos básicos da jogabilidade, e embora exista muito espaço para o crescimento dos jogadores, terão acesso a algumas combinações e golpes de fácil execução.

Os combates em FighterZ acontecem sempre em duelos de três contra três, à semelhança do que é habitual vermos na série Marvel vs Capcom. Apenas um lutador de cada lado está realmente em jogo, enquanto que os restantes servem de apoio e permitem executar movimentos de suporte. A qualquer momento podem pedir o apoio dos companheiros, inclusive a meio de combinações, e até existem ataques em conjunto que são particularmente devastadores. Quando o lutador principal está próximo da derrota, até podem trocá-lo por um dos companheiros. Contudo, quando uma personagem é derrotada, a sua participação no combate termina, e se os três lutadores sucumbirem, essa equipa perde. Os combates são frenético, com grande ritmo, mas entre momentos chave das batalhas (trocas, transformações, golpes especiais), vão assistir a curtas sequências cinemáticas. É espetacular, mas também suficientemente rápido para que não se torne aborrecido.

Tudo o que a Bandai Namco quis mostrar na E3 foi o combate, e optou por não divulgar informações em relação ao resto. É óbvio que o jogo é baseado na saga Z, mas não sabemos como irá funcionar o modo estória, ou outros modos de jogo. Ainda assim, a presença de Freiza, Vegeta, Cell, e Majin Buu, deixam claro que o jogo vai celebrar toda a saga Z (Future Trunks não estava presente, mas já foi confirmado). Existem também transformações, mas como Gohan para Super Sayian 2, ou Frieza para Golden Frieza, que aumentam as capacidades da personagem, mas estas são apenas temporárias.

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O que vimos e jogámos de Dragon Ball FighterZ deixou-nos entusiasmados, comprovando que em termos gráficos e ao nível da jogabilidade, estamos perante um jogo de luta de tremendo potencial. Esperemos que a Bandai Bamco e a Arc System Works não desperdicem esta excelente base, e possam apresentar um jogo com um elenco saudável de personagens e modos interessantes e apelativos.

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