Como somos uns sortudos, já estamos a jogar The Last of Us: Parte II há mais de uma semana, e já experienciámos muitas situações que gostaríamos de partilhar consigo, mas neste momento estamos muito restritos em termos do que podemos falar. Assim, decidimos criar um artigo que, sem referir qualquer tipo de spoiler, pode oferecer alguma informação acerca de como está a ser a nossa experiência com The Last of Us: Parte II. Conheça então cinco pormenores do jogo que estamos a adorar, juntamente com um que é bem menos positivo.
1. Jogabilidade apurada
A jogabilidade de The Last of Us: Parte II é basicamente uma evolução da jogabilidade do primeiro jogo, que já era fantástica. Em termos mais práticos isso significa que será sobretudo uma experiência de exploração, sobrevivência, e ação furtiva. Terá de procurar recursos para construir itens, melhorar as armas, e desbloquear atributos extra para Ellie, mas será necessária uma gestão cuidadosa desses recursos e das munições, porque serão sempre à justa. Os inimigos estão mais espertos, comunicam entre si, e investigam melhor as áreas, mas também terá acesso a novas habilidades, como a capacidade para rastejar, subir carros, muros, e janelas, e até saltar entre pequenas plataformas, como de um telhado para outro.
2. Design do mapa
The Last of Us: Parte II parece ser um jogo meticulosamente desenhado e construído, em particular durante os vários segmentos de ação. Existem sempre muitas alternativas dentro de uma área para explorar, prédios para fugir, carros para se esconder, e uma multitude de outras opções que o jogador pode usar para sua vantagem. Isto, aliado à inteligência artificial dos inimigos, pode criar diversas situações diferentes dentro da mesma área, e dois jogadores podem mostrar sequências completamente distintas nas mesmas situações. Tudo, desde buracos em redes por onde pode passar, a portas ou janelas abertas, parece ter sido o resultado de extensa experimentação para criar os melhores "recreios" possíveis para os jogadores tentarem vários tipos de abordagens.
3. Níveis de produção
Sem surpresa, The Last of Us: Parte II apresenta níveis de produção elevadíssimos, com todos os elementos do jogo muito acima da média. Grafismo, detalhe, jogabilidade, efeitos sonoros, banda sonora, direção, desempenho dos atores, guião, ritmo, design, opções de acessibilidade... tudo é do mais alto nível, e tudo funciona em prol do mesmo objetivo: contar uma história emotiva, chocante, e inesperada. É o tipo de experiência que merece ser experienciada com um HDR ativo e uns bons fones. PS: o jogo está excelente, tanto na PS4, como na PS4 Pro.
4. Atenção incrível ao detalhe
Se conhece a Naughty Dog, sabe que os seus jogos apresentam normalmente um nível de detalhe elevadíssimo, e The Last of Us: Parte II não é exceção, pelo contrário, é talvez um dos jogos mais detalhados que já jogámos. Desde as animações contextuais das personagens, aos comentários feitos pelos inimigos, passando pela mobília das várias estruturas que vai visitar, o nível de detalhe é incrível. Uma grande parte do incentivo de explorar o mundo de jogo passa pela procura de recursos, mas também vale a pena apreciar o trabalho de pesquisa e dedicação da Naughty Dog, com vários pormenores e surpresas à espera dos jogadores mais atentos. O próprio cenário conta pequenas histórias, ou ajuda a ilustrar o que está descrito nas várias notas e documentos que irá encontrar, dando grande vida ao mundo de The Last of Us: Parte II.
5. Dobragem e localização portuguesa
A localização da maioria dos jogos da Sony para português de Portugal é normalmente de qualidade elevada, mas estamos particularmente impressionados com o trabalhos dos atores em The Last of Us: Part II. Se por um lado queremos experienciar o desempenho notável dos atores originais, nomeadamente Troy Baker no papel de Joel e Ashley Johnson como Ellie, por outro também sentimos que estamos a perder o que é uma das melhores dobragens que já ouvimos num jogo. Todos os atores demonstram grande empenho e emoção nas suas pretações, mas Joana Ribeiro, como Ellie, impressionou-nos verdadeiramente. Se jogar com a versão portuguesa, não vai certamente ficar desiludido com a experiência.
Já falámos de cinco pontos muito positivos de The Last of Us: Parte II, que nos têm impressionado ao longo desta jornada fantástica, mas também existem defeitos, e um em particular deixou-nos algo decepcionados.
Companheiros "invisíveis"
Um dos defeitos mais comuns apontados ao The Last of Us original era a forma como Ellie, controlada pela inteligência artificial enquanto o jogador assumia o controlo de Joel, movimentava-se pelo campo de batalha de forma algo displicente, passando à frente de inimigos e por vezes até esbarrando contra eles. Como seria demasiado frustrante ser descoberto porque a inteligência artificial fez asneira, a Naughty Dog optou por manter Ellie invisível dos inimigos até que o jogador fosse descoberto, o que originou algumas situações caricatas. Infelizmente essa mesma situação repete-se em The Last of Us: Parte II. Ao longo da aventura estará por vezes acompanhado de um parceiro, e por norma, comporta-se melhor do que Ellie no jogo anterior, mas nem sempre é perfeito, e verificámos algumas situações em que essa "invisibilidade" estava claramente a ser usada. Não é uma solução elegante, que quando ocorre tira-nos da imersão do jogo, e de certa forma tínhamos a esperança de que isto já não acontecesse, mas é esta a realidade.
Apesar desta falha, The Last of Us: Parte II está a ser uma experiência fantástica, e mal podemos esperar para partilhar consigo a nossa opinião total quando publicarmos a análise a 12 de junho.