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Call of Duty: Ghosts

Call of Duty: Ghosts

O novo CoD retém muito do que já conhecemos da série, mas esforça-se para apresentar algumas elementos novos na equação.

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É difícil não olhar para Call of Duty: Ghosts com um sentimento de déjà vu - só na Xbox 360 já é o nono jogo da série. Até certo ponto, sabemos perfeitamente o que vamos encontrar. Uma campanha recheada de ação e momentos espetaculares, um multijogador intenso e imediato, um sistema de progressão viciante, e algum tipo de elemento cooperativo para completar o pacote.

Dito isto, Ghosts representa uma nova direção para a série, talvez seja mesmo o capítulo que introduz mais mudanças desde Modern Warfare. CoD: Ghosts é suposto ser um jogo mais tático, onde não terão a melhor tecnologia ao vosso dispor. Em vez disso devem confiar no elemento surpresa e na vossa consciência tática. E claro, é o jogo que introduz um cão que conseguiu tornar-se no novo emblema da série. Riley, o pastor-alemão, é a nova estrela, mas já voltamos a Riley. Para já concentremo-nos na narrativa de Ghosts.

A história foi de certa forma abordada durante a última E3, mas agora conhecemos toda a sua extensão. Odin, pai dos deuses e comandante de Asgard segundo a mitologia nórdica, é também o nome da estação de armas estacionada no espaço que é o centro do prelúdio de Ghosts.

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O Odin está equipado com dispositivos, que quando são enviados à superfície, dizimam as redondezas com a violência de uma pequena bomba nuclear. Mas sem os problemas de radiação. O jogador entra na equação como um dos dois astronautas que estão no espaço a cuidar das suas tarefas, quando outros astronautas equipados com metralhadoras aparecem para estragar o dia. Eventualmente vão conseguir agarrar uma arma e lidar com alguns dos atacantes, mas isso não é suficiente para impedir que tomem controlo de Odin. Serão depois informados que cidades como São Diego, Houston, Miami e Phoenix foram marcadas e que as casualidades podem chegar aos 27 milhões. A missão depois sugere que tentem destruir Odin, mudando a sua direção e provocando uma entrada inadequada na atmosfera. E vão conseguir, mas não a tempo de evitarem alguns danos graves na superfície dos EUA. O jogo avança depois 10 anos para o futuro, onde os Estados Unidos já não são a maior super-potência mundial e estão a braços com uma invasão de uma aliança sul-americana.

Segundo nos informaram, a campanha a solo vai impor uma jogabilidade mais tática do que tem sido habitual nos Call of Duty, mas não se preocupem. Vimos explosões de sobra durante o vídeo que encerrou a apresentação, por isso esse elemento da série mantém-se. Em contraste existe a missão furtiva debaixo de água, que foi apresentada durante a E3. Esperem mais momentos desse género, mas também grandes sequências de ação predefinidas, como a série nos habituou. Até já vimos o cão Riley saltar para um helicóptero e derrubar o piloto, saltando para segurança antes do aparelho se despenhar.

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Como sempre, Call of Duty: Ghosts assenta em três pilares - campanha, multijogador competitivo e modo cooperativo. O último chama-se Squads, em CoD: Ghosts, e é de certa forma a opção mais indicada para quem não pretende enfrentar os veteranos do modo competitivo. Podem jogar a solo ou com amigos, frente a inimigos controlados pela inteligência artificial, num sistema que mantém a mecânica de progressão e os respetivos benefícios do multijogador competitivo.

Embora a evolução aconteça de forma mais lenta em Squads, é fantástico porque as personagens que criarem para o multijogador serão as mesmas para os dois modos e até existe um sistema que permite ao vosso esquadrão (formado pelas personagens criadas) aceitar desafios de outros jogadores, mesmo quando vocês estão offline. O sucesso do vosso esquadrão resultará num aumento razoável de experiência.

Mais importante ainda é o facto de que Squads está completamente integrado com o multijogador competitivo, com mapas partilhados, o que pode facilitar a entrada de jogadores que possam de outra forma hesitar entrar na experiência online de Call of Duty. Uma experiência que ainda é foco principal da série e nesse aspeto, Ghosts não é exceção. A escala de Squads é impressionante e considerando que permite jogabilidade a solo, cooperativa e competitiva (esquadrão contra esquadrão), parece quase mais completa que a totalidade dos modos online de outros jogos.

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Este novo conceito para construir soldados (aparentemente existem mais de 20,000 combinações possíveis) e depois gerir a sua prestação parece-nos interessante e pode fazer com que os jogadores invistam mais tempo no jogo. O facto de que o esquadrão estará disponível onde quer que joguem (através do perfil Call of Duty) e as novas adições para clãs, são a cereja no topo do bolo. É evidente que a Infinity Ward não andou a brincar nos últimos meses de desenvolvimento.

Durante esta nova oportunidade para experimentar o modo multijogador de Ghosts, estavam disponíveis quatro modos de jogo. Primeiro experimentamos o Blitz. As duas equipas aparecem junto à sua base, que inclui um portal. Se passarem pelo portal inimigo regressam à vossa base. O objetivo resume-se a marcar pontos, conseguindo passar pelo portal oposto, enquanto tentam evitar que o adversário faça o mesmo. Quando um único jogador consegue passar, inicia-se uma contagem de 10 segundos, antes que outro jogador possa passar de novo.

O primeiro mapa onde experimentamos Blitz decorre numa cidade pós-apocalíptica, com uma estação de metro devastada pelo Odin. Pareceu-nos relativamente fácil marcar pontos neste mapa, já que existe muita cobertura perto do portal, por isso só terão de correr alguns metros desprotegidos. Claro que o facto das equipas serem formadas por jornalistas que não se conhecem, pode ter ajudado a essa facilidade, mas parece-nos um modo com potencial. O segundo jogo de Blitz foi mais tático e aqui os Assault Strike Packages tiveram mais importância. Ter um cão de guarda (disponível depois de cinco mortes) ao vosso lado é uma ajuda preciosa e também descobrimos que se um elemento da equipa adversária tiver o Sat Com (três mortes) ativado, torna-se particularmente difícil marcar pontos.

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Existe também uma nova categoria de armas, as Marksman Rifles, que ficam a meio caminho entre as Sniper Rifle e as Assault Rifles. Experimentámos uma das armas disponíveis, mas não estava a resultar. Talvez seja um mero caso de habituação, mas também pode ser um caso de uma arma que tenta agradar a dois mundos, sem ser particularmente útil em nenhum. Com essa arma a nossa prestação foi um desastre, assassinados repetidamente (mais ainda que o normal, entenda-se).

Voltando aos modos de jogo, temos de falar de Cranked. Um cenário muito intenso onde o jogador explode se não conseguir matar ninguém durante 30 segundos. É uma proposta interessante para encontros de equipas, onde um jogador com conta elevada de mortes pode fazer toda a diferença, já que existe um multiplicador de pontos em jogo.

Outro modo que experimentámos foi Domination, num mapa coberto de neve, mas aqui não existe muito a relatar. Infelizmente não conseguimos testar Search and Rescue, que é basicamente o clássico Search and Destroy, mas onde o jogador pode ser salvo depois de ser ferido.

A última ronda em que participamos foi um clássico Team Deathmatch, num mapa chamado Octane. Aparentemente é baseado em Las Vegas, e como todos os mapas, tem um elemento chave que muda o cenário (neste caso provocando uma explosão numa bomba de gasolina). Como o desejávamos ter feito quando alguém estacionou no telhado do edifício a eliminar oponentes à distância, mas infelizmente, não conseguimos. É um daqueles mapas onde um bom Sniper pode fazer a diferença. Bastaram cinco segundos para sermos eliminados por um atirador e isso obrigou-nos a mudar o Loadout para nos ajustarmos à situação.

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E depois veio Stonehaven - um mapa que nunca tinha sido mostrado e que conseguimos ver através de uma câmara que sobrevoou a área. É um mapa pouco habitual em Call of Duty. É situado nas ruínas de um castelo e é suposto ser simultaneamente claustrofóbico e massivo. O castelo parece ser um paraíso para Snipers, com várias posições fantásticas. O escuro e a muita vegetação que cobre as ruínas podem oferecer alguma camuflagem aos jogadores, mas parece ser um mapa onde não vão durar muito tempo em campo aberto. Num dos cantos do mapa está uma peça de Odin. Parece um mapa que se vai destacar em Ghosts.

Existem algumas novidades, na campanha, no multijogador competitivo e no cooperativo, mas CoD: Ghosts vai apresentar uma experiência que permanece fiel ao que os jogadores passaram a conhecer desde Modern Warfare e sinceramente, não existem muitas razões para mudar drasticamente essa fórmula.

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