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Blair Witch

Blair Witch - Impressões de Gameplay

No vigésimo aniversário de Blair Witch, experimentámos o novo jogo de terror exclusivo de Xbox One e PC.

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O Projeto Blair Witch é um marco do cinema de terror, um filme de meios muito modestos que conseguiu destacar-se graças a uma campanha de marketing genial. Em 1999, altura em que estreou nos cinemas, todos falavam de Blair Witch e da veracidade duas suas filmagens. Era tudo um filme, ou seria aquelas imagens supostamente encontradas reais? Hoje todos sabemos que tudo não passou de uma produção genial, mas o impacto do filme no género de terror é inegável.

Agora, 20 anos depois da estreia do filme, está para chegar o jogo baseado na mesma licença, e logo produzido pela Bloober Team, o estúdio que nos trouxe Layers of Fear e Observer. E para já, tudo indica que será um exclusivo de Xbox One e PC.

A ação passa-se na floresta de Black Hills, dois anos depois dos eventos do primeiro filme. Tudo se passa numa perspetiva na primeira pessoa, que é utilizada eficazmente para dar uma grande sensação de escala ao jogador. O tamanho das árvores é impressionante, e o ambiente criado pela escuridão e a luz da lua, é excelente. Não é, contudo, um jogo em mundo aberto, pelo contrário, impõe um caminho bastante linear, ainda que não seja restrito.

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A Bloober Team está a trabalhar com a Lionsgate para a produção do jogo, já que é a Lionsgate que detém a licença de Blair Witch. Ambos optaram por contar uma história original, sem ligação direta aos filmes. Aqui irá jogar com Ellis, um polícia reformado que tem um cão chamado Bullet, e que foi até à floresta na esperança de encontrar peter Shannon, uma criança desaparecida. É uma abordagem, uma história, e um protagonista, originais, mas o espírito de Blair Witch está bem visível, graças sobretudo a uma série de referências inteligentes que não vamos revelar.

Segundo nos informou um dos produtores, é muito importante para a equipa que o jogador veja pouco durante a experiência. É um jogo sobre o que não vê, e isso aplica-se à própria bruxa, mas também confirmaram que vão existir alguns "monstros" que o jogador terá de evitar ou combater. Isso deixou-nos um pouco mais preocupados, já que Blair Witch nunca foi um filme de ação.

Neste momento ainda não sabemos muito sobre estas criaturas, mas a certo ponto da nossa sessão Bullet começou a brilhar e umas bizarras silhuetas apareceram à distância. Quando as expusemos à luz da nossa tocha, contudo, desapareceram. Este momento lembrou-nos de Alan Wake, que também envolvia florestas e monstros vulneráveis à luz.

Ficou evidente que Bullet será uma parte integral do jogo, que pode comandar de forma limitada - pode chamá-lo ou enviá-lo numa direção. Ele também irá procurar itens e rosnar quando houver perigo por perto. Aparentemente também estará ligado à história, já que a forma como o jogador cuidar de Bullet terá impacto no fim do jogo. Aparentemente existem vários sistemas escondidos a monitorizar o comportamento do jogador, que vão determinar o curso da história e a sua conclusão.

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Blair Witch também vai incluir uma mecânica que envolve uma máquina de filmar, algo muito característico do filme, já que tudo era mostrado como filmagens dos estudantes. Neste caso, contudo, existe algo muito mais sobrenatural ligado à câmara, já que ao avançar ou rebobinar os vídeos, estará a modificar o mundo ao seu redor. A câmara permite também ver elementos que não são visíveis a olho nu, além de incluir visão noturna.

Existem outros elementos sobrenaturais, que permitem viagens pelo espaço e tempo, que a certo ponto nos levaram para a casa que apareceu no final do primeiro filme. O jogo mostra também o ADN do estúdio, no sentido em que inclui puzzles ambientais, e muita história relatada através de pistas no cenário. Essa narrativa irá envolver o passado de Ellis, de Bullet, e claro, da própria Blair Witch.

Embora o exterior apresente um estilo distinto, as secções nos interiores lembraram-nos imenso de Resident Evil 7, sobretudo pela forma como transforma um espaço normal numa versão distorcida de si próprio. Foi também nos interiores que tivemos os momentos de maior tensão, conseguidos através de uma excelente capacidade técnica e sonora - e o jogo não terá loadings, além do inicial.

A melhor forma de definirmos o nosso sentimento em relação a Blair Witch é 'cautelosamente optimistas'. Embora muito da história e das personagens sejam originais, o jogo consegue transmitir a sensação dos filmes, e isso é algo de muito especial, sobretudo para quem, como nós, viveu esse fenómeno cultural. O que nos causa algum receio - e não no bom sentido - é a introdução de combate e de monstros, algo que pode ir contra ao que é a natureza de Blair Witch. Ainda assim, estamos muito curiosos para jogar a versão final, que vai chegar a 30 de agosto para PC e Xbox One.

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