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BattleCry

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E se as armas fossem proibidas em Team Fortress 2? É essa a premissa do novo jogo online da Bethesda.

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Considerando a popularidade e o sucesso do jogo da Valve, é estranho que não tenham existido mais tentativas para recriar esse conceito. Até agora, pelo menos. Os novos BatteCry Studios, fundados por Rich Vogel e a Bethesda em 2012, não estão a fazer um clone de Team Fortress 2, mas a inspiração no jogo da Valve é evidente.

BattleCry tem no entanto algumas diferenças óbvias, nomeadamente o cenário e a ausência de armas de fogo. Aliás, no mundo de BattleCry as armas de fogo foram banidas, seguindo uma versão alternativa da história onde a primeira guerra mundial aconteceu muito antes do que na realidade (e antes dos Nazis). As batalhas decorrem em zonas designadas para esse efeito, entre guerreiros de três fações diferentes. É uma premissa que encaixa bem na direção de arte de Viktor Andonov (Half-Life, Dishonored), responsável por desenhar o mundo e as artes do jogo. Existem armas, claro, mas a maioria só funciona a curto-alcance e são alimentadas por uma tecnologia alternativa, conhecida como Panshophic.

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Durante a apresentação conhecemos duas das fações, os Royal Marines e o Cossack Empire. A Bethesda prefere manter a terceira fação em segredo, por enquanto, embora os ecrãs de carregamento falem de Han e sugiram que a terceira fação pode ser chinesa. Mas isto é só especulação da nossa parte.

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O jogo é visceral. Meros segundos após começarmos a sessão assistimos a uma brusca separação da nossa cabeça com o corpo, enquanto sangue jorrava em cada direção. Aliás, não era só a cabeça, existiam membros a voar todo o lado. Não se deixem enganar pelo aspeto colorido - BattleCry é violento.

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Por enquanto a produtora apenas está a falar de cinco classes, cada uma ajustada em contexto às três fações, embora cumpram o mesmo papel fundamental independentemente da fação escolhida. Durante a demo foi possível experimentar três dessas classes.

O Enforcer é um enorme "tanque" que carrega uma espada massiva, capaz de executar golpes rodopiantes e a capacidade de usar a espada como escudo. O Duelist é um assassino que tem a habilidade de se tornar invisível aos olhos dos inimigos, equipado com um ataque que cobre uma grande distância - parece fantástico para lidar com alvos separados, mas morre rapidamente se estiver em desvantagem numérica. A terceira classe jogável foi o Tech Archer, com ataques de longo alcance. Parece-nos o papel perfeito para quem gosta de acampar noutros jogos online, já que terão de tentar procurar locais com boa visão do campo de batalha. Obviamente que em curto alcance está algo à mercê das outras classes, embora tenha acesso a alguns truques que podem salvar a sua vida.

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As duas classes restantes são o Gadgeteer, que oferece apoio à equipa com os seus acessórios e o Brawler, um lutador dedicado às batalhas corpo-a-corpo equipado com braços mecânicos. Não tivemos oportunidade de experimentar Gadgeteer ou Brawler, ambos apenas foram descritos pela produtora.

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Em conversa com Rich Vogel, expressamos curiosidade em saber mais de Gadgeteer, e depressa percebemos que é uma das classes favoritas do fundador. Durante a nossa sessão de jogo, pareceu evidente que é preciso manter um grupo unido. Isolados nunca estivemos a muitos segundos do respawn seguinte. Obviamente que uma classe como o Gadgeteer tem o potencial de desbloquear táticas e possibilidades ainda mais interessantes, graças a sua perícia com armadilhas e engenhocas.

O plano da produtora passa por continuar a acrescentar mais classes (aparentemente cada uma tem um passado que os jogadores poderão conhecer melhor) com a evolução do jogo. Um plano que bate certo com o modelo free-to-play escolhido para BattleCry.

Não é uma decisão surpreendente, sobretudo considerando Team Fortress 2. A Bethesda não abriu muito o jogo em relação a micro-transações, mas Lucas Davis assegurou-nos de que irão envolver sobretudo itens de personalização. Além das compras com dinheiro real, também vai existir uma economia paralela com dinheiro in-game, que permitirá aos jogadores evoluírem as suas personagens. Só não percebemos se estas evoluções também estarão disponíveis com dinheiro real. De uma forma ou outra, Davis afirma que estão a desenhar o sistema de emparelhamento para que jogadores novatos não enfrentem veteranos bem equipados.

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Como é normalmente o caso com jogos acabados de serem apresentados, parte do entusiamo vem de potenciais características que não foram anunciadas. As nossas três partidas em encontros tradicionais de Team Deathmatch, deixaram-nos curiosos com outros modos de jogo. Apreciámos a jogabilidade e o design vertical dos mapas, que permite às personagens deslocarem-se rapidamente para cima e para baixo com ganchos que se prendem a objetos específicos.

Nesse modo Team Deathmatch, só existam duas equipas em confronto, mas a perspetiva da introdução de uma terceira fação pode implicar modos mais interessantes. Também ouvimos rumores de que o jogo irá contar com um modo de fortalezas que devem invadir/proteger, mas não foi confirmado. Uma primeira amostra interessante de BattleCry, que nos deixou curiosos para ver mais.

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ANTEVISÃO. Escrito por Bengt Lemne

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