The Hidden Ones foi a primeira expansão de estória de Assassin's Creed Origins, passando-se algum tempo depois do final do jogo e numa área nova. Foi uma boa expansão, que acrescentou conteúdo de qualidade, mas Curse of the Pharaohs parece ser ainda mais ambiciosa. Antes de continuarmos vale a pena lembrar que Curse of the Pharaohs faz parte do passe de temporada de Assassin's Creed Origins, que custa € 39.99, e que também inclui The Hidden Ones - este pode ser comprado avulso por € 9.99, mas não sabemos quanto irá custa apenas Curse of the Pharaohs.
À semelhança de The Hidden Ones, Curse of the Pharaohs vai passar-se depois do final da estória principal do jogo. Com Curse of the Pharaohs, a Ubisoft vai acrescentar mais missões, corridas, equipamento, estórias, áreas, limite de nível, e até habilidades. Ou seja, vai introduzir ainda mais que The Hidden Ones, que já incluía uma boa dose de conteúdo.
A estória base de Assassin's Creed Origins tem os seus elementos de ficção científica, mas não explorou a mitologia do Egito Antigo como esperávamos, à exceção de alguns eventos especiais dedicados a deuses antigos. Foi, sobretudo, uma estória muito humana e até certo ponto, realista, em particular na forma como apresentou o Egito em si. Curse of the Pharaohs será diferente, e vai precisamente mergulhar na mitologia do Antigo Egito, e em todos os elementos sobrenaturais que daí advêm. Nesta estória vão visitar uma nova zona dividida em cinco áreas, incluindo o Vale dos Reis e a cidade de Tebas. Pouco tempo depois de começarem a passear por estás áreas vão observar vários elementos sobrenaturais, como animais gigantes, demónios, e servos dos deuses. Ou seja, se ficaram desapontados pela falta de uma abordagem mais mítica em Origins, esta expansão é para vocês.
Embora a estória inclua um foco mais sobrenatural, a missão de Bayek não será completamente estranha para quem jogou Origins. Ele é agora um assassino pleno, e vai até Tebas para ajustar contas com um amigo a quem deve uma grande dívida. Embora existam os tais elementos sobrenaturais de que falámos, o rumo narrativo em si não parece fugir muito de um padrão reconhecível por fãs de Assassin's Creed.
Aliás, o mesmo pode ser dito de toda a estrutura da expansão. Existem mais algumas opções interessantes para acrescentarem ao vosso reportório de habilidades, espalhadas pelas três árvores de talentos: Guerreiro, Caçador, e Vidente. Estas habilidades vão aumentar as possibilidades táticas, mas não muito, e em essência vão jogar Curse of the Pharaohs muito como jogaram o conteúdo base. Vão saltar de ponto de exclamação em ponto de exclamação, à procura de nova missões, enquanto recolhem equipamento melhor para Bayek. Ou seja, apesar do foco sobrenatural, a experiência de jogo em si não será muito diferente da que já conheceram. Nesse sentido, Curse of the Pharaohs é basicamente mais do mesmo, embora seja mais desafiante que o jogo base. Existem momentos, por exemplo, em que várias criaturas sobrenaturais aparecem junto de cidades e aldeias, e se Bayek não os matar rapidamente, dezenas de habitantes podem morrer. Estes combates são desafiantes, e acreditamos que vão estar presentes mais uns quantos ainda mais difíceis.
Assassin's Creed Origins já era por si só um jogo bastante bonito, não só tecnicamente, mas também ao nível de arquitetura e design. Isso não mudou em Curse of the Pharaohs, pelo contrário. O mundo continua a ser fantástico e cheio de vida, e existem algumas áreas novas muito interessantes, além de algumas áreas especiais que vão visitar, e que incluem um estilo ligeiramente diferente do que virão no jogo base.
The Hidden One foi uma boa expansão para Assassin's Creed Origins, ainda que não tenha sido muito arriscada. Curse of the Pharaohs continua a ser uma proposta igualmente segura, embora a abordagem sobrenatural tenha aguçado mais o nosso interesse. Se gostaram de Assassin's Creed Origins e gostavam de continuar a aventura de Bayek, mesmo sem termos acabado esta expansão, parece-nos que será uma escolha fácil.