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Anthem

Anthem

Um concorrente de Destiny e The Division?

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Foi o grande final da EA Play, e era o jogo que havia mais curiosidade para ver. Depois do anúncio há um ano, havia grande interesse para ver um segmento real de jogabilidade, aprender novos detalhes sobre o jogo, e saber se já haveria uma data de lançamento. E há - Anthem será lançado para PC, PS4, e Xbox One a 22 de fevereiro. Algo que de imediato distingue o jogo da Bioware são os Javelins, armaduras altamente tecnológicas divididas em quatro categorias: Ranger, Colossus, Interceptor, e Storm. Cada armadura representa uma classe, mas não estão destinados a cumprirem um só papel. Os Javelins são altamente personalizáveis, e podem modificar as suas forças e fraquezas para desempenharem diferentes funções.

O Colossus, por exemplo, surge como uma armadura com propriedades próximas de um 'tanque' clássico dos RPG, uma personagem de vanguarda capaz de suportar grande dano e proteger os companheiros. Contudo, podem personalizá-lo para ser capaz de causar estragos consideráveis à distância, modificando-o para algo próximo de um bombardeiro. A isto juntem vários tipos de armas, peças, e outros itens personalizáveis, e parece-nos evidente que Anthem vai oferecer opções para apelar a um grande número de soldados. Uma habilidade interessante do Colossus é a sua capacidade para correr com um escudo levantado, absorvendo o dano que os seus colegas terão mais dificuldades em suportar. Neste caso específico, Colossus estava a correr através de uma gruta coberta de minas, limpando o caminho para os restantes.

No lado oposto das classes está Storm, descrito como "um canhão de vidro". É o Javelin que mais se aproxima do mago dos RPG tradicionais, compensando a sua estrutura frágil com alguns ataques de grande poder ofensivo, sobretudo quando usadas em combinação com os seus colegas. O Ranger aparenta ser uma classe equilibrada, com ataques à distância, enquanto que o Interceptor é descrito como um Javelin veloz e ágil.

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As semelhanças entre Anthem, Destiny, e The Division, são óbvias, mas na verdade, não funcionam bem da mesma forma. Anthem tem uma divisão muito clara entre os eventos da estória e o mundo partilhado online. Os eventos da estória, como o que vão ver na base central, só são visíveis para o jogador. Aqui terão as vossas próprias interações com as personagens, vão tomar as vossas decisões específicas, e evoluir o mundo como acharem melhor. É uma experiência pessoal para cada jogador. Depois, no mundo aberto onde decorrem as missões, vão estar a partilhar esse espaço com outros jogadores. Podem jogar sozinhos, partilhar essa experiência com amigos numa equipa de quatro, ou aceitar cooperar com desconhecidos.

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Embora toda a experiência possa ser desfrutada a solo de princípio ao fim, como os outros jogos da Bioware, o estúdio garante que está a trabalhar arduamente para criar uma excelente experiência cooperativa. Aliás, nem sequer vão incluir modos de PvP (pelo menos para o futuro próximo), já que o foco aqui está na colaboração entre jogadores.

O mundo de jogo será altamente dinâmico, com vários elementos a funcionarem em tempo real. Ciclos de noite e dia, tempestades, e outros factores, vão acontecer de forma dinâmica e sempre ao mesmo tempo para todos os jogadores. Isto significa que, se estiverem a presenciar uma tempestade em Anthem, todos os outros jogadores também o estão. Além das missões e do design pré-definido dos inimigos, também podem encontrar conteúdo gerado de forma dinâmica. Na demo isso foi demonstrado através do Titan, uma criatura massiva que só pode ser derrubada por vários jogadores, e que pode ou não aparecer. Neste caso o Titan era vários níveis acima dos jogadores, que acabaram por desistir do combate.

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Os Javelin permitem voar pelo mapa, mas também podem mergulhar debaixo de água. Pelo que vimos, contudo, tratou-se apenas de uma secção transitória no mundo de jogo, provavelmente para 'carregar' parte do mapa sem recorrer a ecrãs de loading. Esperamos, contudo, que estas secções se alarguem, e que possam oferecer experiências mais interessantes do que meras sequências transitórias.

Então e o elemento monetário? Anthem não terá subscrições, loot boxes, ou itens de compra que afetem a jogabilidade. Segundo a Bioware, tudo o que os jogadores podem comprar com dinheiro real são itens cosméticos, e o jogador vai saber exatamente o que está a comprar antes de o fazer. Considerando que os Javelin incluem muitas opções de personalização visual, incluindo desenhos, cores, e formatos para as peças, podem contar com dezenas de itens cosméticos.

Considerando o legado da Bioware, ficámos surpreendidos com o foco da apresentação na jogabilidade. Isso é importante, claro, mas os jogos da Bioware costumam ser muito ricos em estória e personagens. O estúdio garante que esse também será o caso com Anthem, mas para já, pouco foi revelado sobre esse lado do jogo. Agora que houve a primeira grande revelação da jogabilidade, contamos ver muito mais de Anthem até ao lançamento, marcado para fevereiro de 2019.

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