Português
Gamereactor
antevisões
Thief

10 Jogos para 2014: Thief

2014 pode muito bem tornar-se no ano renascentista para o género de fantasia.

HQ

A par de The Elder Scrolls Online, Castlevania: Lords of Shadow 2 e The Witcher 3: Wild Hunt, existe outro jogo ligeiramente inspirado no género de fantasia medieval que vai sair em 2014, mais precisamente, em fevereiro. Depois de uma ausência assinalável, Thief está de volta, reimaginado pela equipa responsável pelo excelente Deus EX: Human Revolution.

Mas não lhe chamem um reboot, nem uma sequela alternativa. E também não é exatamente uma aventura steampunk no género medieval. Thief encontra-se antes no cruzamento entre os três, influenciado pelo passado, pelo presente e por outros géneros, mas não é uma reflexão de nenhum deles.

O produtor Stefan Roy confirmou-nos que o estúdio queria deixar isso bem claro, quando conversou com o Gamereactor.

"Decidimos deixar de parte o elemento mágico... o ano passado conversámos sobre algo místico, mas não é steampunk," assegura. " "O primeiro pode ser considerado steampunk, mas este não é. Foi essa decisão que tomámos, mas é o mesmo universo. A narrativa é muito mportante: Thief costumava ter uma excelente história, com várias camadas e uma História rica, e é isso que queremos fazer agora. Penso que é uma boa mistura."

Publicidade:
Thief

De facto, o mundo de Thief pareceu rico em atmosfera, quando o explorámos durante as nossas várias sessões de jogo. A arquitetura dos prédios transmite a sensação de uma cidade bem-vivida, como que o tempo tivesse envelhecido as lojas, as tabernas e a torre do relógio. As ruas apertadas são cobertas por uma leve névoa e os cidadãos mimados deixam transparecer a ideia de uma sociedade lentamente a apodrecer. É uma metrópole com vários distritos para explorar, uma multitude de missões e atividades secundárias para Garrett descobrir - e explorar para sua vantagem.

Existe um arco central da história, mas parece também existir grande atenção aos detalhes mais secundários - entrar na casa de alguém para aliviar as suas posses pode ocupar-vos durante largos minutos, se quiserem entrar, roubar e sair, sem serem vistos. É uma cidade que implora para ser explorada e onde se podem perder facilmente, mas graças às habilidades de Garrett - inclui um arco com vários tipos de flechas, cordas para trepar e golpes silenciosos - podem percorrer de uma ponta à outra sem ninguém dar por isso.

A Eidos Montreal afirma estar a ter o cuidado de fazer as coisas de forma a agradar aos fãs da série, enquanto dá as boas-vindas aos novatos. A nova habilidade Focus é o exemplo perfeito. É uma espécie de sexto sentido de Garrett, que lhe permite "ver" os passos dos inimigos e a localização dos objetos mais importantes. Mas a equipa desenhou o jogo de forma a que esta função possa ser ignorada por completo, se assim o desejarem.

Publicidade:

Foi Roy que o assegurou: "Eu sei que alguns fãs estão nervosos, que dizem "um verdadeiro ladrão não usaria isso." Pois bem, não se preocupem, porque não precisam de utilizar o Focus se não quiserem. E existem mais opções deste género que o jogador pode ativar ou desativar, dependendo do tipo de experiência que prefere ter. Penso que os fãs do Thief original adoram explorar e encontrar coisas, adoram espreitar em todos os cantos e descobrirem tudo sozinhos. Isso também é muito importante para nós."

Thief

Roy continuou: "O objetivo aqui não passa por reinventar o género de ação furtiva, ou tentar mudar tudo; é mais sobre passar a fantasia de que são um ladrão brilhante. Não existem muitos jogos sobre isso no mercado: normalmente são uma máquina de guerra, um soldado, e os jogos são sobre matar. Thief é sobre roubar, não é sobre matar, o que o torna único. Por isso trabalhamos muito para que o universo do jogo vos convença que são realmente um ladrão brilhante."

E Roy tem razão no que diz; apesar de diverso, o meio dos videojogos moderno só nos dá normalmente uma opção: passar para a ofensiva. Ao jogarem Thief, contudo, depressa vão perceber que os guardas da cidade não são para brincadeiras. Mas isso não significa que não se vão sentir poderosos; Garrett tem muitas habilidades ao seu dispôr. E quando acabarem Thief, vocês vão dominá-las todas.

HQ

Textos relacionados

0
ThiefScore

Thief

ANÁLISE. Escrito por Mike Holmes

Muitos anos depois, Garrett volta a sair das sombras para mais um "serviço."

0
Luc St. Pierre fala de música nos videojogos

Luc St. Pierre fala de música nos videojogos

ESPECIAL. Escrito por Redação

Compositor de Thief: "Gastar horas incontáveis no estúdio para provocar um acidente musical feliz, e não um incidente musical, é o meu método de trabalho."



A carregar o conteúdo seguinte