Javier Tebas, presidente da LaLiga, deu uma longa entrevista à Europa Press, batendo a torto e a direito ("O Real Madrid é um clube que chora", "Dani Olmo não deve terminar a Liga com o Barça"). Um dos temas mais polêmicos que ele discutiu foi o preço do futebol, dizendo que, em sua opinião, "o futebol não é caro".
"O fato é que para assistir futebol você tem que ter um pacote de banda larga, um telefone celular... Mas o futebol custa 25 ou 30 euros. Esse é o modelo que existe. Se você gosta tanto de futebol, pague com a Telefónica ou a Orange".
O problema é que, ao somar o custo da banda larga mensal, que geralmente vem com um ou dois planos móveis 5G, além de dezenas de canais de TV, ao preço da LaLiga, pode chegar a 90-100 euros por mês. A única maneira de comprar LaLiga sem pagar Internet com Movistar ou Orange é o DAZN, e ele hospeda apenas cinco jogos por jornada, por 30 euros por mês.
Tebas não entende as críticas. "O que eles estão dizendo é 'futebol inferior'. Eu não defino os preços. Tem certeza de que baixar os preços acabará com os piratas? Tenho sérias dúvidas", e critica a pirataria, dizendo que é seu maior concorrente. "A pirataria é o maior concorrente que temos, na Espanha, 30% pagam menos ou de graça. E em outros lugares como a América Latina é de 60%. O valor dos nossos direitos é afetado porque o comprador não quer perder dinheiro".
Por fim, acrescenta que considera que um 'OTT', sua própria plataforma/serviço de assinatura, seria uma forma ideal de transmitir a LaLiga. Uma ideia que a "Super League", a nova liga criada por Florentino Pérez agora chamada de "Unify League" como substituta da UEFA Champions League, quer usar... e, neste caso, seria gratuito.