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Warhammer: Chaosbane

Warhammer: Chaosbane

Enfrentámos as Hordas do Caos neste RPG de ação, e sobrevivemos para contar a história.

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Por incrível que pareça, Chaosbane é o primeiro RPG de ação baseado no universo de fantasia de Warhammer (existe outro, mas é baseado em Warhammer 40,000). A inspiração para o jogo é obviamente Diablo III e outros títulos semelhantes, com uma perspetiva isométrica da câmara, um grupo de aventureiros que representam várias classes, e hordas inteiras de inimigos para chacinar.

Ao viajarem pelo Mundo Antigo vão encontrar várias facções da Horda, descobrindo também uma série de localizações imponentes, como Nuln e Praag. O jogo aproveita bem a licença de Warhammer, apresentando um estilo meio gótico e medieval, com criaturas horrendas, mas também vistas impressionantes. Ao início pode parecer muito sombrio, sobretudo na área do pântano, mas à medida que avançam pela história vão visitar florestas congeladas e templos antigos, entre outros locais que ajudam a variar o cenário e o ambiente.

Com diálogo simples e acessível, Warhammer: Chaosbane faz algo que Diablo III também faz bem, ao equilibrar o elemento negro do jogo com leveza e personagens divertidas. Para a nossa primeira passagem pelo jogo escolhemos Elessa, uma Wood Elf com grande capacidade atlética e perícia com o arco. Quando está a atirar flechas, Elessa fica imóvel na sua posição, tornando-a vulnerável, mas tem ao seu dispor uma série de ferramentas e habilidades fantásticas.

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Elessa é apenas uma das personagens que podem encarnar. Elontir é o herói que desejam se preferirem jogar com magia, enquanto que Konrad oferece resistência e força bruta. O último herói é Bragi Axebiter, um arquétipo típico do anão de fantasia - pequeno, robusto, e equipado com dois machados potentes. Chaosbane está longe de inovar em termos de classes ou mecânicas, mas faz-lhes justiça, apresentando um elenco equilibrado e interessante.

A história em si é idêntica para todas as classes, embora existam alterações pontuais dependendo da personagem escolhida, suficientes para justificar uma repetição do jogo. Se a isso aliarem o facto de cada classe ser bastante diferente a nível de jogabilidade, torna-se mais fácil justificar o facto da campanha apenas durar quatro atos (cerca de 10 horas ao todo). Com diferentes falas e habilidades para cada personagem, além de vários níveis de dificuldade, Chaosbane mantém a tradição de promover grande valor de repetição no género de RPG de ação.

Em cima disso existe o facto do jogo também incluir um modo cooperativo para quatro jogadores, permitindo que um grupo de amigos (ou desconhecidos) desfrutem da campanha de história. Uma boa opção caso pretendam explorar as dificuldades mais avançadas do jogo.

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Os fãs de Warhammer vão certamente apreciar a qualidade visual, e o facto de Chaosbane se manter tão fiel ao material de origem, ainda que possa ser algo confuso nos momentos de maior caos. É um mal inerente ao género, mas que não é tão severo em Chaosbane como noutros jogos, e também apreciámos a forma como o design utiliza referências visuais para manter o jogador informado. A nível sonoro, nada de negativo a apontar, ainda que a banda sonora por vezes acabe por desaparecer entre os grunhidos dos inimigos e os efeitos das habilidades.

Chaosbane também brilha em termos de diversidade de inimigos, com mais de 70 tipos de oponentes diferentes. Estes adversários surgem em várias formas, feitios, e tamanhos, desde os pequenos soldados que são carne para canhão, a enormes Bestas do Caos. E depois temos os bosses, oponentes normalmente massivos com barras de saúde a corresponder e habilidades únicas. Alguns proporcionaram-nos um desafio considerável, sobretudo a jogar a solo.

Até aqui, nada de original ou revolucionário, mas tudo muito competente e até bom. O problema, infelizmente, surge quando olhamos para sistemas de reputação, moedas, e progresso de níveis. Por exemplo, para desbloquearem vantagens precisam de fragmentos, dos quais existem cinco tipos, e para comprarem fragmentos precisam de ouro ou de os encontrar no loot. Isto significa que podem ter muitos fragmentos vermelhos de que não precisam e poucos fragmentos laranja de que precisam, o que torna todo o processo frustrante. Isto nem sequer está ligado ao sistema de habilidades ou experiência, e tudo junto, parece-nos complexidade desnecessária e por vezes frustrante.

Apesar desta estrutura menos positiva ao nível de habilidades e melhoramentos, Chaosbane tem qualidade e conteúdo suficiente para atrair os jogadores. Depois de derrotarem um boss, podem tentar derrotá-lo novamente num modo especial para ganharem loot superior, e em cima disso existem as várias classes, as diferenças que cada uma coloca na campanha, e os níveis de dificuldade. Com uma campanha de boa qualidade, uma jogabilidade muito sólida, e uma variedade apreciável de cenários e inimigos, Chaosbane é uma recomendação fácil para quem aprecia Diablo e outros do género.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
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Jogabilidade empolgante. História mantém o interesse, Graficamente polido. Boa alternativa a Diablo III.
-
Pode ser desnecessariamente confuso, sobretudo com os vários sistemas monetários.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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ANÁLISE. Escrito por Ben Lyons

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