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      Gamereactor
      análises
      Mutant Year Zero: Road to Eden

      Mutant Year Zero: Road to Eden

      Um pato e um javali partem à aventura na costa da Suécia, num jogo que mistura Xcom com exploração.

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      Mutant Year Zero: Road to Eden é um jogo muito peculiar, não só a nível de estrutura e mecânicas, mas também de conceito e contexto. Nesta aventura vão acompanhar Dux e Bormin, um pato e um javali mutantes, respetivamente. A sua missão passa por seguir para a Zona devastada, onde esperam encontrar a Ark (o último refúgio das pessoas livres). Pelo caminho, também a esperança de que possam encontrar Eden, um suposto paraíso no meio do caos que se tornou o mundo.

      Antes de entrarmos em mais detalhes, convém deixar claro que Mutant Year Zero: Road to Eden é um jogo desafiante. Vão encontrar três níveis de dificuldade - Normal, Difícil, e Muito Difícil -, mas até a dificuldade Normal será um desafio. Essa postura desafiante acaba por reforçar a experiência de jogo, tornado vários combates em momentos memoráveis. Terão de repensar táticas, ajustar o equipamento para os combates que têm em mãos, e maximizar o comportamento do grupo de mutantes que comandam. Existem muitas estratégias, todas válidas por si só, mas dois combates podem exigir abordagens completamente diferentes, e é isso que torna a jogabilidade de Mutant Year Zero tão interessante.

      A nível do combate por turnos, Xcom é uma óbvia inspiração. Cada personagem tem direito a duas ações por turno (mover e atacar, recarregar e atacar, e assim por diante), e a hipótese de sucesso de um ataque depende de fatores como a precisão da arma e posicionamento dos jogadores. Tal como em Xcom, tanto as vossas personagens, como a dos inimigos, podem procurar abrigos para reduzirem as hipóteses do oponente.

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      Além das armas, cada mutante tem ainda acesso a várias "mutações", que na prática são habilidades. Cada personagem pode equipar uma mutação poderosa, uma mutação mais ligeira, e uma mutação passiva, com efeitos sempre ativos. Cada mutante tem uma dose razoável de habilidades, mas para terem sucesso nos combates mais difíceis, vão precisar de definir essas habilidades da forma mais eficaz possível para o adversário em questão. Também têm de ponderar a forma como as habilidades das personagens interagem umas com as outras, o tipo de armas que têm equipadas, e as peças de equipamento e melhoramentos.

      É um sistema onde cada detalhe conta, onde mais 25% de pontaria, ou um ponto extra de dano, podem fazer a diferença entre ganhar ou perder, mas isto é quando já estão em combate.

      Fora de combate, convém ter uma abordagem furtiva. Se conseguirem atacar um inimigo isolado, e se o vencerem numa única ronda, ele não terá hipótese de avisar os seus companheiros, o que significa que, se forem eficazes na vossa abordagem furtiva, vão reduzir o número de inimigos que eventualmente terão de enfrentar, aumentando as vossas hipóteses de sucesso. Isto transforma os níveis numa espécie de puzzle, em que terão de tentar descobrir formas de reduzir o número de oponentes antes de entrarem no combate 'a sério'. Um elemento importante para esta abordagem é a divisão do grupo. Podem esconder unidades singulares em vários locais, enquanto esperam por uma oportunidade para atacarem um inimigo isolado.

      São dois elementos diferentes - a ação furtiva e os combates furtivos -, mas juntos formam uma experiência extremamente coesa com grande profunidade tática.

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      Quanto à narrativa, mostra como Dux e Bormin descobrem o que se passa nesta versão pós-apocalíptica da costa sueca, quais as suas origens, e o mistério em torno da Ark. Embora a premissa pareça simples, existe muito mais para descobrir durante o caminho, incluindo os eventos que levaram a que o mundo assumisse o seu estado atual. Não é a história mais brilhante de sempre, mas é reforçada pelas personalidades memoráveis de várias personagens, incluindo os próprios Dux e Bormin. Além deste duo obrigatório, podem acrescentar mais três elementos ao grupo - Selma (humana mutante), Magnus (humano mutante), e Farrow (raposa mutante) -, e o trio acrescenta valor narrativo e estratégico.

      Também apreciámos imenso o nível de detalhe que encontrámos ao longo das 25 horas da campanha, embora a duração possa variar dependendo do nível de dificuldade e das vossas próprias capacidades. Contudo, se quiserem realmente testar as habilidades estratégicas, podem experimentar o modo Iron Mutante, que acrescenta morte permanente. Um pormenor, contudo. Embora exista missões "opcionais", elas não o são realmente, já que vão precisar de explorar todas as áreas e missões para evoluírem as personagens, ou terão muitas dificuldades mais para o final do jogo.

      Já devem ter percebido que gostámos imenso de Mutant Year Zero: Road to Eden, mas o jogo tem os seus defeitos. Os menus são um pouco mais confusos do que deveriam, e encontrámos ligeiros problemas técnicos, sobretudo relacionados com a câmara e com o som, mas nada de preocupante. Na secção furtiva, gostaríamos de ter tido algum tipo de indicação da distância a que um som pode ser ouvido, e também mais habilidades (a capacidade para atrair um inimigo teria sido muito útil, por exemplo. Uma desilusão profunda foi o facto do jogo não utilizar as impressionantes sequências de vídeo que vimos nos trailers, mas antes animações desenhadas. São interessantes, mas não tão impressionantes.

      Apesar dos defeitos, Mutant Year Zero: Road of Eden é um jogo de recomendação fácil, mas apenas para quem está pronto para aceitar um desafio, e para quem não tem medo de uma estrutura mais antiga do que é habitual hoje em dia. São precisamente esses elementos que acabam por tornar a experiência tão recompensadora, um pouco à semelhança do que também acontece com Dark Souls. No fim das contas, a verdade é que gostámos imenso do nosso tempo com Mutant Year Zero: Road to Eden.

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      08 Gamereactor Portugal
      8 / 10
      +
      Desafia o jogador a pensar em como vai abordar o combate. Surpreendente profunidade tática. História, mundo, e personagens interessantes. Atenção ao detalhe.
      -
      Um ou outro problema técnico. Menus podiam ser mais práticos. Estrutura "à antiga" pode não agradar a todos.
      overall score
      Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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