Mudança climática tornará quase impossível quebrar recordes mundiais de maratona, diz estudo

Os recordes mundiais na maratona se tornarão cada vez mais difíceis de quebrar devido ao aumento das temperaturas causado pelas mudanças climáticas, um estudo da ONG Climate Central. Ele diz que as temperaturas ideais para correr, 4 ° C / 39 ° F para homens e 10 ° C / 50 ° F para mulheres, se tornarão mais improváveis de acontecer em 86% das 221 maratonas globais até 2045.

"Para a maioria dos corredores recreativos, as chances de correr em condições perfeitas já são pequenas, e para atletas de elite em busca de recordes, o aumento das temperaturas tornou quase impossível quebrar recordes em algumas corridas", diz o estudo.

O estudo coloca alguns exemplos: maratonas recentes em Berlim, Tóquio e Londres experimentaram temperaturas superiores a 20°C, muito mais altas do que o ideal para corredores de elite. Tóquio sofrerá o declínio mais acentuado nos próximos 20 anos. Mas isso é uma realidade agora: Sebastian Coe, presidente da World Athletics, propôs mover eventos de resistência como maratonas para diferentes épocas do ano para proteger os atletas de condições inseguras.

Os recordes mundiais na maratona foram quebrados pela última vez por Kelvin Kiptum em Chicago em 2023 e Ruth Chepngetich em Chicago em 2024 (embora Chepngetich tenha sido banida por três anos devido ao doping, seu recorde não será tomado). Muitos especialistas atribuem as recentes melhorias nos registros de tempo à tecnologia de exibição, mas a temperatura continua sendo uma das principais condições para o desempenho dos atletas, aumentando o risco de desidratação.