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Mad Max: "Tudo o que criámos respeita a Wasteland."

O designer principal revela vários detalhes do novo jogo inspirado no universo de Mad Max.

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Galvanizada pelo sucesso do filme Mad Max: Estrada da Fúria, a Warner Bros. pretende capitalizar a licença com um jogo inspirado nesse universo, produzido pela Avalanche Studios. Depois de dois Just Cause (e a caminho do terceiro), a Avalanche é já uma produtora experiente no género de mundo aberto e foi essa a abordagem para Mad Max. O jogo esteve em exibição na E3 2015, e o nosso colega Bengt Lemne teve a oportunidade de conversar com Marcus Andrews, designer principal, sobre as particularidades de Mad Max.

Um elemento que não é totalmente claro é a ligação entre o novo jogo, o novo filme, e o universo no geral de Mad Max. Pedimos a Andrews que esclarecesse a situação:

"George Miller [produtor da saga] conversou connosco no início do projeto, mas para nós era importante criarmos algo novo. Dito isto, tudo o que criámos respeita a Wasteland e a história por trás da Wasteland, porque isto é um produto autêntico da licença Mad Max. Gosto de pensar que todos os filmes são uma janela para o mundo da Wasteland, e com o nosso jogo tentámos ligar tudo isso. Como o jogador vai estar na Wasteland, foi preciso extrapolar tudo o que vimos nos filmes. Queremos oferecer uma experiência completa de Mad Max."

"Um dos temas principais do universo e do jogo, é que os veículos são fundamentais para a sobrevivência na Wasteland. Isso é perceptível no início do jogo, quando Max perde o seu carro e fica muito vulnerável. Conseguir um veículo novo torna-se na prioridade para o jogador. É assim que começa. Também é preciso gasolina, que não é assim tão rara nesta área da Wasteland, mas mesmo assim tem um grande impacto, é a base do poder. O vilão da história comanda todo o combustível, e tem várias sedes. A demonstração que jogaram mostra um transporte de uma dessas sedes para a distribuição. Também existe o conceito da água, por exemplo, que é muito importante. Max tem acesso à sua cantina, mas a água é rara o que levanta algumas dúvidas. Podem beber a água da cantina para regenerar a saúde, ou podem esperar e andar com a saúde prejudicada para que mantenham a água na cantina."

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Mad Max é um jogo de ação na terceira pessoa, e terá tiroteios e combate corpo-a-corpo, mas considerando que os veículos são tão importantes neste universo, podem também contar com uma grande dose de combate sob rodas:

"O nosso combate com veículos baseia-se em dois elementos. O primeiro é a fisicalidade, suportada por um sistema de física muito complexo, que afeta o peso, a velocidade e a massa de todos os veículos. A segunda parte é um esquema de camadas para os veículos. Podem tirar armadura, pedaço a pedaço, para expor algo importante como o tanque de gasolina. Se acertarem, o veículo explode. Também podem tentar danificar somente o condutor, o que irá parar o veículo, obviamente. Se fizerem isso podem roubar esse veículo. Também podem destruir os pneus, o que não impede os inimigos de continuar a conduzir, mas a condução será muito afetada. Queríamos criar um sistema com profundidade."

"Uma das escolhas que o jogador terá de tomar está na quantidade de munições que alguns veículos podem exigir para serem derrubados. Têm o arpão, que não usa munições, mas também podem embater de lado ou de frente com os outros veículos, se não quiserem gastar munições. No fundo é uma questão do quanto querem gastar para cumprir um objetivo. Penso que é uma dinâmica muito boa para o jogador. A munição é muito escassa, mas podem fazer algumas coisas para aumentar a sua disponibilidade, como ajudar alguns aliados que podem fazer munições. Se o vosso estilo de jogo for à base de tiros e munições, existem formas de melhorar a eficácia desse estilo, mas vai dar trabalho."

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Uma das mecânicas mais interessantes de Mad Max é o "Magnus Opus", o veículo de Max que poderão evoluir durante a aventura. Segundo Marcus Andrews, terão um grande poder de personalização sobre o veículo:

"Primeiro vão escolher o tipo de corpo querem para o carro, que é uma das opções mais importantes. Depois têm de escolher o motor, a suspensão, tubo de escape e rodas, além de muitas opções cosméticas, desde pinturas a ornamentos. Também existem várias armas específicas para o veículo, como o arpão, dois lança-chamas laterais, uma espingarda, mísseis e armaduras com picos."

"Em parte funciona como um RPG, no sentido em que têm de amealhar sucata e peças para conseguirem desbloquear atualizações para o veículo, mas também tem a ver com a preferência do jogador. Por exemplo, podem colocar uma grande armadura, mas isso vai abrandar o carro. Isso pode não vos agradar, mas se meterem uma suspensão superior, podem remediar o problema, e assim sucessivamente. Mais tarde no jogo vão chegar a um estado em que definem exatamente o tipo de veículo que querem, sejam um veículo leve e rápido, ou um bruto armado. O jogo evolui de conseguir as melhores coisas para o criar o que melhor se adequa ao estilo de jogo."

Mad Max será lançado a 3 de setembro para PC, PS4 e Xbox One. Em baixo podem ver a entrevista completa com Marcus Andrews.

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