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Hearthstone: Heroes of Warcraft

Hearthstone: O Bosque das Bruxas

O que mudou com a introdução de 135 cartas?

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A Blizzard continua a expandir o jogo de cartas inspirado em Warcraft, desta vez com o lançamento de O Bosque das Bruxas (ou Witchwood em inglês). A chegada da nova expansão marcou também a mudança de ano, do Mamute, para o Corvo, e com isso, três expansões foram retiradas de circulação: Sussurro dos Deuses Antigos, Uma Noite em Karazhan, e As Gangues de Geringontzan. Ou seja, saíram mais de 400 cartas de circulação, e entraram 135 com O Bosque das Bruxas, o que naturalmente mudou imenso em termos de baralhos.

Entre as 135 novas cartas podem encontrar duas novas mecânicas de jogo: Eco e Rapidez. Eco aplica-se a lacaios e a feitiços, e são cartas que podem ser jogadas mais de que uma vez num só turno. Milícia Fantasmagórica, por exemplo, é uma criatura 2/4 com Provocar, que custa três cristais de mana. Isso significa que, com nove cristais de mana, podem invocá-la três vezes num só turno. Batam os Sinos, é um feitiço do Paladino que custa dois cristais de mana, e que oferece +1/+2 a um lacaio. Isto significa que ao quatro turno podem aplicá-la duas vezes, ou ao décimo podem aplicá-la cinco, seja na mesma criatura, ou em várias.

Eco pareceu-nos uma mecânica interessante, versátil, que se pode adaptar a vários contextos. Usemos novamente o lacaio Milícia Fantasmagórica como exemplo. Se, ao terceiro turno, o inimigo já tiver vários lacaios em cima do tabuleiro, talvez tenham de jogar Milícia de imediato para tentar travar esses lacaios, mas dessa forma estarão a abdicar da sua capacidade Eco. Da mesma forma, podem optar por jogá-lo duas vezes ao sexto turno. As cartas Eco criam esse tipo de raciocínio, onde têm de ponderar se o melhor é lançar a carta menos vezes, mas de imediato, ou mais tarde, cumprindo todo o seu potencial Eco.

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Rapidez é uma mecânica bem mais simples, e também, menos interessante. Em essência são lacaios com Investida, mas que apenas conseguem atacar outros lacaios quando entram em jogo. Existem algumas criaturas promissoras, e já vimos um outro conceito interessante com baralhos dedicados a Rapidez, mas na prática, estão a ser postos de lado. Pelo menos para já, são escassos os baralhos que se dedicam a essa mecânica, e os que têm lacaios com rapidez nos seus baralhos, têm-nos normalmente como carta utilitária, sem grande consequência para o plano de jogo.

O Bosque das Bruxas tem como inspiração os elementos sobrenaturais, e aí, estão também os Worgen, os lobisomens do universo de Warcraft. Isto permitiu apresentar um novo tipo de cartas curioso, baseados nessa capacidade dos Worgen de se transformarem entre humanos e bestas. O Cultivador de Abóbora, por exemplo, é um lacaio 2/4 com Roubar Vida que custa três cristais de mana. Mas, como é um Worgen, no turno seguinte transforma-se numa besta 4/2 com Roubar Vida. Sempre que está na mão do jogador, o Cultivador de Abóbora e outras cartas semelhantes vão alternando entre os dois estados, tornando-as também em cartas dinâmicas. Cabe ao jogador decidir qual o estado mais vantajoso para jogar a carta, dependendo do contexto do jogo.

Entre as 135 cartas, uma está a provar ser extremamente popular: Baku, a Devoradora da Lua. Trata-se de um lacaio lendário de 7/8 que custa nove cristais de mana. Por si só, Baku não é muito interessante, mas é o seu efeito especial que a torna tão atraente. Desde que o jogador só tenha cartas ímpares no seu baralho, o seu poder heróico será aprimorado no início da partida. Isto significa que o Guerreiro pode equipar quatro pontos de armadura, o Paladino pode invocar dois lacaios 1/1, e o Caçador pode causar três pontos de dano ao adversário, por exemplo.

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Ter este tipo de capacidade assim que o jogo começa está a provar ser uma vantagem que muitos tipos de jogadores estão a adotar. A perspetiva de abandonar cartas pares não é particularmente agradável, verdade, mas isso não parece estar a desmotivar muitos jogadores. Ainda assim, nem todos requerem a Baku, e já vimos vários baralhos de grande qualidade que não usam essa carta.

Além das 135 novas cartas, a expansão também vai introduzir Caça aos Monstros, um modo a solo. Sempre que começarem uma aventura, terão de escolher um de quatro heróis especiais, com o objetivo de derrotarem oito inimigos gradualmente mais complicados sem perderem. Quando perderem, a aventura termina, e recebem a recompensa. O valor dessa recompensa será definido pelo número de inimigos que derrotaram durante a aventura. Parece ser uma proposta divertida, mas para já é impossível avaliá-la, já que Caça aos Monstros só será lançado nas próximas semanas.

O Bosque das Bruxas é mais uma expansão de qualidade para Hearthstone, que em conjunto com a mudança de ano, trouxe grandes mudanças ao jogo e aos baralhos. De momento, existem muitos baralhos iguais, o que é normal, mas acreditamos que existe potencial para algumas 'invenções' interessantes, depois dos jogadores começarem a experimentar mais um pouco com as cartas. Ficámos algo desiludidos com Rapidez, uma mecânica menos dinâmica que Eco. Ainda assim, mesmo que apenas uma das mecânica cumpra com o propósito de tornar o jogo mais interessante, já é uma vitória para a expansão.

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07 Gamereactor Portugal
7 / 10
+
Eco é uma excelente nova mecânica. Expansão permitiu a criação de muitos baralhos novos. Do que jogámos até agora, parece existir equilíbrio entre as classes.
-
Rapidez não é uma mecânica muito interessante. ⁨Baku, a Devoradora da Lua, está a tornar-se numa carta essencial para algumas classes.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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