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Destiny 2: Curse of Osiris

Vale a pena voltar a Destiny 2 para jogar a primeira expansão?

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Quando Destiny 2 foi lançado, a maioria dos redatores do Gamereactor jogaram a campanha e mais algumas horas, mas apenas alguns bravos continuaram a jogar regularmente. Na altura gostámos imenso da experiência, e continuamos a achar que a experiência base de Destiny 2 é bastante boa. As primeiras 50 horas são divertidas e empolgantes, mesmo que possam parecer mais indicadas a novatos que a veteranos do primeiro jogo, mas eventualmente acabou-se a motivação para continuar a jogar. Esperávamos que a primeira expansão, Curse of Osiris, resolvesse essa questão, mas acabámos por ficar desiludidos, e a verdade é que continuamos sem motivação para continuar.

Na verdade, Curse of Osiris tem pouca relação com o panorama global de Destiny 2. A expansão tem uma vida isolada, com uma estória paralela, o que dá uma certa sensação de separação entre jogo e expansão. É uma aventura à parte, e não a continuação de Destiny 2. Mesmo assim, há que reconhecer que a expansão tem um início bastante interessante. Osiris, o legendário Warlock e antigo mentor de Ikora Rey, visitou o Vault of Glass do primeiro jogo, mas a situação rapidamente piorou quando Osiris entrou num portal. Felizmente, o seu Ghost Sagira ficou 'deste' lado do portal, e irá ajudar-nos a localizar Osiris. Como já referimos, é uma aventura muito isolada, e parece-nos que a personagem tinha potencial para algo com maior impacto.

A campanha é composta por um punhado de missões, algumas em localizações que já visitaram, outras na nova área de Mercúrio. O planeta em si é bastante belo, mas a área de jogo é muito limitada. Existe um novo evento público, um novo setor perdido, e alguns baús para descobrirem. E pronto. Ah, também há a Infinite Forest, uma área muito promovida pela Bungie antes do lançamento da expansão. Não é desenhada de forma aleatória, mas o estúdio tinha prometido grande variedade. Isso não é mentira, mas não ajuda que o mesmo tipo de ambiente esteja presente noutras áreas. Infelizmente, a Infinite Forest é uma área com potencial, mas que nunca o chega a realizar. Uma espécie de demo técnica, que têm de pagar para visitar.

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O novo evento público é divertido, e até será um dos melhores de todo o jogo, e o mesmo pode ser dito dos dois Strikes que acompanham a expansão. Contudo, a estória em si é aborrecida e não providencia qualquer tipo de entusiasmo ou sentido de recompensa. Em três horas devem completar a maioria do conteúdo, e depois disso tudo o que resta é um interminável e desgastante "grind", enquanto repetem conteúdo à procura de armas e equipamento. Curse of Osiris também introduz as Lost Prophecies, algo que permite criar armas dos Vex que não estão em mais nenhuma parte do jogo. As armas em si são porreiras, ainda que sejam modelos antigos reciclados - é o grind associado às Lost Prophecies que nos aborrece e frustra.

Ao todo existem 11 armas, e para desbloquearem uma, têm de participar em eventos como Strikes, Crucible, e eventos públicos. Algumas destas missões pedem que joguem algo como 50 eventos públicos... o que deve ser um bom exemplo do que nos estamos a queixar. Honestamente, é um dos piores exemplos de grind que vimos nos últimos anos, e para as colecionar a todas não é uma questão de desafio ou recompensa, mas de mera repetição interminável e aborrecida.

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Foi também desapontante perceber que uma grande fatia das armas e do equipamento são na verdade modelos reciclados do primeiro jogo. Quando libertou Destiny 2, a Bungie fez questão de assegurar que era um começo novo para todos os jogadores, e não teve medo de tirar tudo aos jogadores do primeiro jogo, mas agora não tiveram problemas em ir buscar conteúdo a esse jogo para meter numa expansão paga. Ter de pagar uma expansão, de um jogo que já custa 70 euros, para recuperarmos armas que já tínhamos no primeiro jogo, não é de todo algo que nos agrade.

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Existe um elemento da expansão que ajuda a suavizar a situação, que é o novo Raid. Sim, decorre na mesma localização que o Raid anterior, e é bastante curto, mas mesmo assim está entre o que a Bungie fez de melhor. Não vamos estragar surpresas, mas podemos dizer que o último boss do Raid é incrível. Também podem ganhar alguns exóticos bastante interessantes com a expansão.

Curse of Osiris está longe de ser a expansão que queríamos. É um produto para cumprir os mínimos obrigatórios de uma expansão paga, uma construção sem alma, sem ambição de realmente expandir e evoluir Destiny 2. Sim, os valores de produção continuam a ser fantásticos, e isso aplica-se ao som e ao grafismo, mas se o objetivo da expansão era a de motivar o jogador a continuar a médio prazo, parece-nos que falhou redondamente.

O primeiro Destiny acabou por evoluir imenso com o passar dos meses, em momentos em que a Bungie mostrou que estava a perceber as queixas e os pedidos dos jogadores. Com Curse of Osiris, Destiny 2 não se torna num jogo inferior, mas deixa-nos de pé atrás sobre o que pode ser o futuro desta aventura. É pouco conteúdo, existe reciclagem, e no final sentimos que não estamos a contribuir para a saga de Destiny. Se vale os € 19.99, ou € 34.99 com o passe de expansão? Na nossa opinião, não.

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Destiny 2Destiny 2
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05 Gamereactor Portugal
5 / 10
+
Excelentes valores de produção. Conteúdo de Raid é bom. Novos Strikers são divertidos.
-
É curto. Recicla armas e localizações. A Infinite Forest é muito aborrecida. Não tem grande impacto no plano geral de Destiny 2. Horas de repetição (grind).
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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