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Bleeding Edge

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Aqui está o primeiro exclusivo da Ninja Theory para Xbox One e PC, com entrada direta no Game Pass.

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A Ninja Theory, que é conhecida por aventuras a solo como Heavenly Sword, Enslaved, DmC: Devil May Cry, e Hellblade: Senua's Sacrifice, apresenta com Bleeding Edge o seu primeiro jogo focado exclusividade em combate online. É também o primeiro jogo que o estúdio lança depois de ter sido adquirido pela Microsoft, ainda que a produção de Bleeding Edge tenha começado muito antes disso. O facto de ser um exclusivo Microsoft significa que está já disponível no Game Pass de PC e Xbox One, mas pode ser adquirido € 29,99.

Bleeding Edge é um jogo online na terceira pessoa jogador em arenas, com confrontos entre duas equipas de quatro jogadores. De momento existem dois modos de jogo: Objective Control pede que os jogadores conquistem e mantenham pontos do mapa, até atingirem o limite de pontos necessário para a vitória; Power Collection coloca os jogadores à procura de itens de energia, que devem depositar em localizações específicas para ganharem pontos.

Como cada personagem tem as suas próprias características, o sucesso em Bleeding Edge depende da composição do grupo, e da sua eficácia em jogarem como equipa. As classes dividem-se entre os papéis de Tanque, Apoio, e Luta, ou seja, as suas funções são facilmente identificáveis - o tanque deve liderar o ataque porque suporta mais dano, as classes de luta são as melhores a causar dano, e o jogador de apoio deve tentar manter o grupo vivo com escudos e ações de cura.

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Bleeding Edge tem um ritmo muito elevado, com queda para o arcade, e isso é motivado pela jogabilidade e pelo design das próprias arenas, com rampas de lançamento, atalhos, e plataformas. Até pode usar uma prancha voadora para se deslocar rapidamente pelo mapa. Não pense, contudo, que tudo o que irá encontrar será benéfico, porque também existem vários perigos ambientais que deve evitar. Com prática, sorte, e alguma estratégia, até pode usar esses perigos para sua vantagem. Gostámos imenso do design das arenas, mas o facto de só existirem cinco é desapontante.

Bleeding Edge

O melhor de Bleeding Edge talvez seja o combate, que é veloz, mas relativamente acessível. Depois de um tutorial de cinco minutos estará equipado com tudo o que precisa de entender a um nível básico, faltando depois conhecer as arenas e as personagens. Cada herói tem um ataque base, que pode ser de curto ou longo alcance, e ainda três habilidades especiais. O ataque base pode ser executado sem parar, enquanto que as habilidades requerem um tempo de espera entre cada utilização. Cada personagem tem também Supers, habilidades particularmente poderosas que só podem ser usadas de forma muito espaçada, o que significa que não devem ser desperdiçadas. Só pode, contudo, ter um Super equipado de cada vez.

Cada herói tem ainda uma seleção de modificações que pode equipar, até um máximo de três modificações por personagem. São atributos passivos que permitem direcionar o herói para um estilo de jogo mais específico ou mais equilibrado, dependendo do que prefere. Até existe um Dojo onde pode praticar, o que é uma excelente forma de testar personagens e combinações de modificações.

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De momento estão disponíveis onze personagens, e em breve será introduzida mais uma: Mekko the dolphin. Este leque de heróis é o um dos pontos fortes do jogo, já que se nota que houve grande atenção e criatividade na sua criação. Todos os heróis têm as suas particularidades e excentricidades, não só em termos de habilidades e design, mas também ao nível de comentários e animações. Embora seja um excelente grupo, onze parece-nos escasso, até porque não são necessárias muitas partidas para a situação se começar a tornar repetitiva.

Esse é o maior defeito que temos a apontar a Bleeding Edge: escassez. Com onze personagens, cinco arenas, e dois modos de jogo, não existe muito em termos de variedade, o que acaba por tornar o jogo repetitivo em pouco tempo. Outra falha prende-se com o emparelhamento, que além de incluir ainda um modo de classificação, não permite selecionar o modo de jogo - está confinado a jogar o que calhar na sorte.

Bleeding Edge é divertido, mas falta-lhe alguma robustez para atingir todo o seu potencial. A jogabilidade, o design dos mapas, a excentricidade das personagens... tudo isso está no ponto certo, mas no seu estado atual, algo como o Game Pass é uma plataforma mais correta para Bleeding Edge do que um jogo de 30 euros.

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07 Gamereactor Portugal
7 / 10
+
Personagens distintas e com muita personalidade. Combate rápido e divertido. Sistema de modificações acrescenta profundidade.
-
Não existe emparelhamento para jogos de classificação. Algo escasso em termos de conteúdo.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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ANÁLISE. Escrito por Kieran Harris

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