Apex Legends - Análise Switch

Dois anos depois do lançamento em PC, PS4, e Xbox One, Apex Legends chegou finalmente à Nintendo Switch. O porquê desta demora estará relacionado com o hardware inferior da consola da Nintendo, que terá obrigado a um esforço redobrado em termos de otimização e de sacrifícios técnicos. Assim, plenamente conscientes do que é Apex Legends como jogo, decidimos experimentar esta versão Switch, para percebermos se vale a pena investir nesta versão, ou não.

Primeiro que tudo convém esclarecer que Apex Legends na Switch está a par das restantes em termos de conteúdo. Tal como nas outras plataformas, a temporada oito está em vigor, tal como o Battle Pass correspondente. Apex Legends é também um totalmente free-to-play, e nem sequer exige uma subscrição Switch Online. Só vai gastar dinheiro se quiser, seja nas micro-transações, em pacotes, ou no Battle Pass. Por último, de referir ainda que a versão Switch suporta Crossplay com todas as outras plataformas, embora isso não seja aconselhável. É que estará em clara desvantagem contra os jogadores de PC, PS4, e Xbox One, onde o jogo corre muito melhor. Quanto a progresso partilhado, infelizmente ainda não existe, mas será agradável ter eventualmente a opção para usar a mesma conta em plataformas diferentes.

Apex legends corre a 30 frames por segundo na Nintendo Switch, normalmente sem quebras óbvias de fluidez. Isto é verdade para o modo TV e o modo portátil, embora existam diferenças de resolução. Com a consola em modo TV irá jogar a 720p, enquanto que em modo portátil a resolução é reduzida para 576p. É uma resolução muito baixa, e o resultado é uma qualidade de imagem muito fraca. A situação em modo TV é melhor, mas não muito.

Honestamente, é difícil jogar a versão Switch depois de ter jogado as outras versões, porque existe uma grande discrepância em termos de detalhe gráfico, resolução, e fluidez de jogo. Bem compreendemos que o grafismo não é todo, mas também faz parte da experiência de jogo, e neste caso, a reduzida qualidade visual e de desempenho acaba por prejudicar essa sensação geral de jogabilidade.

Se esquecermos que existem outras versões de Apex Legends, pelo menos podemos celebrar o facto dos controlos estarem bem afinados. Tanto com os Joy-Cons, como com o Pro Controller, não tivemos problemas para controlar a nossa personagem em Apex Legends, ou pelo menos em modo tradicional. Também experimentámos jogar com o sensor de movimentos, mas não somos fãs, e parece-nos que a fluidez de jogo reduzida não ajuda. Na teoria é interessante, e controlar a personagem desta forma pode ser divertido, mas em termos competitivos ficará em clara desvantagem, já que é bem mais difícil ser preciso ou reagir dentro do tempo necessário.

Apex Legends não é a pior adaptação de um jogo à Switch, mas também não é a melhor. Se noutras plataformas apresenta-se como uma alternativa válida a outros Battle Royales, na Switch torna-se mais difícil trocar algo como Fortnite por esta versão de Apex Legends. Se é grande fã do género, e considerando que é free-to-play, merece ser experimentado, mas se tiver a hipótese de jogar noutra plataforma, é preferível.