A IA ajuda a recuperar as identidades de cinco milhões de vítimas do Holocausto cujos nomes foram perdidos na história
O Yad Vashem anunciou pela primeira vez o uso de seu sistema de identificação com inteligência artificial em 2024, permitindo que os pesquisadores identifiquem vítimas anteriormente desconhecidas.
Mais de cinco milhões dos seis milhões de judeus assassinados no Holocausto já foram identificados, de acordo com o Yad Vashem, o Centro Mundial de Memória do Holocausto em Jerusalém (via Reuters). O anúncio é um marco importante em um esforço de décadas para recuperar as identidades dos mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Yad Vashem disse que, embora cerca de um milhão de vítimas permaneçam desconhecida s, os avanços na inteligência artificial e no aprendizado de máquina podem ajudar a descobrir até 250.000 nomes adicionais, analisando centenas de milhões de documentos de arquivo que antes eram vastos demais para serem processados manualmente.
"Por trás de cada nome há uma vida que importava"
Com o número de sobreviventes do Holocausto diminuindo rapidamente, o presidente do Yad Vashem Dani Dayan chamou a conquista de um avanço e um lembrete solene de uma missão inacabada.
"Por trás de cada nome há uma vida que importava, uma criança que nunca cresceu, um pai que nunca voltou para casa, uma voz que foi silenciada para sempre", Dayan disse. "É nosso dever moral garantir que todas as vítimas sejam lembradas para que ninguém seja deixado para trás na escuridão do anonimato."
O Yad Vashem anunciou pela primeira vez o uso de seu sistema de identificação alimentado por IA em 2024, permitindo que os pesquisadores cruzem testemunhos, documentos históricos, fotografias e filmagens para identificar vítimas anteriormente desconhecidas. Na época, o centro havia rastreado 4,9 milhões de nomes.
Hoje, o crescente banco de dados online Yad Vashem , disponível em seis idiomas, inclui registros pessoais, testemunhos e detalhes biográficos que ajudaram as famílias a se reconectarem com seu passado e homenagear parentes que ficaram sem túmulos.
"Os nazistas procuraram não apenas assassiná-los, mas apagar sua existência", disse Alexander Avram, diretor do Salão dos Nomes do Yad Vashem. "Ao identificar cinco milhões de nomes, estamos restaurando suas identidades humanas e garantindo que sua memória perdure."
