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Sentamos com "Sanji" da Netflix One Piece porque ele era alto demais para o nosso David Caballero. Neste vídeo exclusivo, eles falam sobre mojo picón, adaptações e um pouco sobre a 2ª temporada. Na Grand Line...
"Olá amigos da Gamereactor, esta é a San Diego Comic-Con Málaga e estamos a começar com um estrondo.
Juntou-se a nós Taz Skylar, que interpreta Sanji no live action de One Piece na Netflix e vocês estão a trabalhar na segunda temporada. A primeira temporada foi um sucesso total."
"Mas, antes de mais, como te sentes por estares aqui na San Diego Comic-Con em Málaga?
É especial, pá. É muito fixe ver que o espanhol já não é uma barreira para coisas fantásticas dos EUA ou da cultura pop ou simplesmente, sabes, espectáculos gerais que nunca teriam tido lugar em qualquer lugar que não falasse inglês que têm lugar aqui, tipo, a menos de uma hora de distância de um sítio onde eu costumava vir surfar a toda a hora quando era pequeno."
"E para todas as entrevistas até esta terem sido em espanhol, sabes, é muito fixe.
Foi muito especial passar de carro, os meus pais estavam comigo e havia uns quatro quilómetros de fila à volta do local.
É muito fixe. Estou muito entusiasmado.
Qual dirias que é a chave para uma adaptação bem sucedida de uma manga slash anime?
Porque outros tentaram no passado, mas ninguém teve sucesso como One Piece."
"Acho que, quer dizer, provavelmente não sou a pessoa certa para perguntar, mas pelo que aprendi com o Matt Owens, o nosso fantástico showrunner, e do Marc Jobst, que dirigiu a primeira temporada, e de toda a gente que esteve envolvida e que eu não vou começar a enumerar, mas o que aprendi principalmente com essas duas pessoas foi que é preciso uma combinação de fandom e irreverência em relação à mesma peça de material."
"Porque o fandom é necessário não só para saber o que é especial, mas também para saber o que tem de permanecer, também tem de o sintetizar. Porque só depois de o sintetizares é que sabes realmente o núcleo do que essa coisa significa.
Porque se souberes o que significam certas coisas realmente importantes e especiais, então és capaz de as manter de formas que não são literais."
"E és capaz de as traduzir. E depois a irreverência é, uma vez que estejas confiante no facto de que és um verdadeiro fã desta coisa, tomar a liberdade absoluta de a tornar tua.
Porque se há uma coisa que o Marc nos disse logo no início e que eu achei muito especial foi que o anime já é perfeito.
E a manga já é perfeita. Já existe. Quadro a quadro, se o quiséssemos copiar, podíamos pegar no anime ou na manga como um storyboard, filmar isso, dizer as mesmas linhas, e já está. Mas então não estaríamos a trazer nada para o espaço."
"Ao passo que, na verdade, pegar nisso e inspirar algo que traga algo ao mundo de One Piece como uma peça adicional de material ou história, isso está a trazer algo. Isso vale alguma coisa.
Por isso, acho que estas coisas combinadas com um grupo de actores cheios de humanidade, não estou a falar de mim, mas dos meus colegas de elenco, que são pessoas fantásticas, cheias de individualidade, personalidade, irreverência e rebeldia."
"E uma equipa e um grupo de produção dispostos a ir mais longe e a arriscar muitas coisas para fazer acontecer coisas impossíveis.
Não sei, não sei. Há um grande caldeirão de situações que fazem com que algo tenha sucesso.
Mas penso que as duas principais que mencionei são as que te interessam.
E tu desempenhas um grande papel nisso. Desempenhas o teu papel com o Sanji."
"Portanto, para além de seres super alto, e é por isso que aprecio esta entrevista, por estares sentado numa carruagem.
Para além de seres super alto, qual dirias que é a principal ou a maior semelhança que tens pessoalmente com esta personagem?
Acho que o Sanji tem quase não uma personalidade dividida, mas tem duas facetas muito definidas da sua personalidade."
"Tem um lado exuberante, sobre-excitado, apaixonado, quase infantil, que é tolo.
É muito tolo, muito pateta. E, ao mesmo tempo, tem um lado muito, muito sério e formidável, com o qual não se deve brincar e que pode alternar entre os dois muito rapidamente.
Penso que essa é uma das coisas fundamentais que tornam a sua personagem interessante para mim."
"E acho que é uma das coisas com que mais me consegui relacionar, porque acho que tenho as mesmas coisas.
Acredito definitivamente em não levar a vida demasiado a sério e preocupo-me profundamente com as coisas que tenho à minha frente.
E não me importo de ser tolo. E gosto de ser criativo. Gosto de ser apaixonado pelas coisas.
Mas não me chateies."
"Também és um artista marcial, ouvi dizer. Ouvi dizer. Por isso tem cuidado com isso, pessoal.
A segunda temporada vai ser lançada no próximo ano. Foram confirmadas novas personagens. Tashigi, Miss Wednesday, o que, claro, significa um novo elenco.
Então, o que me podes dizer? Acho que não me podes dizer nada sobre a nova temporada.
Mas o que me podes dizer sobre trabalhar com estas novas adições ao elenco e trabalhar com novos arcos de história?
Como te sentes em relação a isso?
Acho que para nós, da primeira vez, parecia um microcosmos muito pequeno, porque éramos só nós os cinco, na verdade."
"Algumas pessoas entravam e saíam, mas nós éramos os únicos que ficávamos durante todo o espetáculo.
E apesar de a minha personagem só ter entrado na primeira temporada alguns episódios mais tarde, eu estava lá desde o início.
Eu estava apenas a treinar. Tu eras um Chapéu de Palha. Estávamos todos a criar laços durante esse mesmo período. Eu estava a aprender a cozinhar. Estava a cozinhar para o cenário."
"Eu estava a treinar. Todos os outros estavam a filmar. Só falávamos sobre o que estava a acontecer.
Estávamos a ficar próximos uns dos outros, mas éramos os únicos que tínhamos de nos relacionar naquela altura.
E depois, na segunda vez, havia tantas pessoas novas que tinham entrado no círculo e que iam estar por perto, se não durante toda a duração, durante a maior parte dela."
"De repente, tornou-se evidente para nós que agora o nosso trabalho era, de certa forma, incluir toda a gente.
E facilitar esse espaço onde todos pudessem sentir que estavam a ser incluídos numa família.
E conhecer a África do Sul enquanto estávamos a filmar. Foi uma experiência divertida. Foi definitivamente exponencializada.
Se cinco de nós já era selvagem, qualquer que fosse o número de nós que acabássemos por ser na segunda vez, ficava selvagem."
"Agora que falas em cozinhar e em ser o cozinheiro, é claro que as técnicas do Sanji são sempre baseadas na comida.
Sim.
Como seria o teu "mojo picon"?
Tu és das Ilhas Canárias. Para aqueles que não sabem, este gajo é das Ilhas Canárias."
"Então, a técnica do mojo picon, como é que te parece?
A técnica do mojo picon? Para ser honesto, não é uma coisa muito difícil de fazer.
Quero dizer, a técnica do carácter especial. Como é que seria?
Seria um agitar fixe dos ingredientes e talvez algumas flores colocadas em cima do mojo."
"Mas, para ser sincero, acho que o mais bonito do mojo é a sua simplicidade.
E também, um grande chefe sabe que não deve complicar demasiado algo que deve ser simples.
Por isso, se calhar não seria preciso muito... Eu simplesmente colocava-o num prato.
És fantástico. Muito obrigado pelo teu tempo. Taz, diverte-te na Comic-Con e estou ansioso pela segunda temporada."
"Queres dar um "high-five" no microfone?
És um artista marcial."
