Battle royale não é bem um género que associaríamos a Vampire: The Masquerade, mas é precisamente isso que Bloodhunt tem para oferecer. Aqui irá assumir o papel de um vampiro, preso numa versão de Praga que está fechada para todos os habitantes, e o objetivo passa por superiorizar-se aos outros jogadores para sair vitorioso. O conceito é semelhante a tantos outros battle royale, e até inclui reduções da área de jogo e a procura de loot e armas, mas Bloodunt tem também uma série de ideias que o distinguem.
Por exemplo, no mapa pode encontrar vários cidadãos controlados pela inteligência artificial, que podem servir de alimento aos vampiros, mas tem de ter cuidado com a sua abordagem. Estes cidadãos inocentes normalmente só oferecem saúde, mas alguns têm tipos sanguíneos raros, que garantem algumas vantagens ao jogador - como regeneração automática de saúde, ou uma redução no tempo de espera das habilidades.
A questão é que, enquanto vampiro tem de manter a "Masquerade", o que significa que se for visto a alimentar-se ou a matar um cidadão, ficará marcado para todos os outros vampiros inimigos. Até pequenas infrações, como usar habilidades perto de um cidadão, irão assinalar a sua presença no mini-mapa. "É tudo uma questão de risco e recompensa", segundo o produtor Craig Hubbard. Embora seja um battle royale, o estúdio considerou essencial manter o jogo fiel ao universo e às regras de Vampire: The Masquerade.
Enquanto vampiro será também incrivelmente ágil, ao ponto de conseguir subir rapidamente pelos edifícios e mover-se extremamente rápido. O estúdio acredita que esta particularidade da jogabilidade irá alternar consideravelmente o ritmo do jogo em comparação com outros battle royale, obrigando o jogador a pensar de forma diferente em termos de exploração, mas também de possíveis direções de outros jogadores.
Embora todos os vampiros partilhem certas habilidades, em Bloodhunt também irá encontrar classes específicas, ou neste caso, "famílias". A versão que jogámos incluía três famílias de vampiros, cada uma com duas variantes. Por exemplo, o Brute e o Vandal são classes brutas e poderosas, ideias para uma estilo de jogo mais direto, enquanto que a Muse e a Siren permitem uma abordagem mais subtil, graças a agilidade superior e várias habilidades de suporte. Para sermos mais específicos, a Muse consegue teletransportar-se para localizações e tem uma habilidade para se curar a si e aos companheiros. Outra classe é o Saboteur, que pode tornar-se invisível - ideal para fugir ou para apanhar adversários de surpresa.
Vampire: The Masquerade - Bloodhunt terá um formato free-to-play, mas o estúdio garante que os jogadores só terão de gastar dinheiro para obterem itens cosméticos - seja através de compra direta, ou com os battle passes das temporadas. Um pormenor que merece ser destacado é que Bloodhunt não terá personagens pré-definidas, mas antes um criador de personagens. O estúdio acredita que é importante permitir que os jogadores expressem a sua criatividade, primeiro através desse criador de personagens, e depois com os itens cosméticos que irão desbloquear.
Pela nossa experiência com o jogo, Bloodhunt pareceu-nos mais agitado e frenético do que inicialmente imaginámos. As partidas geralmente duram cerca de 15 minutos e, mesmo que tenham um início lento, muitas vezes acabará por lutar pela sua vida, conforme a zona de segurança diminui. A jogabilidade central em si também parece responsiva e envolvente, e mesmo com os sistemas de movimento bastante selvagens, o combate manteve a essência de se sentir competitivo e agradável.
A nossa principal preocupação está sobretudo com a concorrência O género battle royale tem já nomes muito bem instalados, e o 'cemitério de videojogos' tem uma série de jogos que falharam no seu confronto com gigantes como Fortnite, PUBG, Warzone, e Apex Legends. Terá Bloodhunt capacidade de encontrar o seu público perante tão poderosos oponentes? Não sabemos, mas a jogabilidade é divertida, e o conceito pareceu-nos interessante. O resto, só o tempo o dirá.