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The Dark Pictures: Man of Medan

The Dark Pictures: Man of Medan - Impressões Finais

Com lançamento a mês e meio, damos um último olhar aprofundado ao novo jogo de terror dos criadores de Until Dawn.

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Lembram-se de Until Dawn, o jogo de terror e narrativa interativa que foi lançado em exclusivo para a PlayStation 4? Pois bem, os seus criadores, Supermassive Games, estão agora a trabalhar num novo projeto que será lançado para PC, PS4, e Xbox One, um projeto que engloba vários jogos. Esse projeto chama-se The Dark Pictures, e será uma série de antologia que vai reunir vários jogos de terror com histórias independentes.

Man of Medan é o primeiro jogo dessa antologia, e será lançado a 30 de agosto para as três plataformas que referimos em cima. Com mês e meio para o lançamento, jogámos Man of Medan por uma última vez antes da análise, e com um olhar mais aprofundado ao jogo, partilhamos aqui a nossa opinião mais informada até ao momento.

Esta nossa sessão de jogo veio acompanhada por um grande anúncio, a revelação de que Man of Medan vai incluir dois modos multijogador. Histórias Partilhadas (Shared Stories) é um modo online para dois jogadores, onde a decisão de um irá afetar a experiência do outro. Noite de Cinema (Movie Night) é um modo local para quatro jogadores, que permite que cada um assuma o papel de uma personagem diferente. Nós tivemos a oportunidade de experimentar ambos, mas antes de continuarmos convém deixar algo bastante claro: apesar dos modos multijogador, o foco de Man of Medan continua a ser a história para o jogador solitário.

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Dito isto, passemos então para como foi a nossa experiência com estes modos multijogador.

O primeiro modo que experimentámos foi o de Histórias Partilhadas, com os jogadores correspondentes em salas diferentes - o objetivo foi mostrar que não é necessária comunicação para jogarem este modo. Cada um dos dois jogadores controla uma personagem diferente na mesma cena, como por exemplo a sequência inicial. Aqui podem controlar um de dois soldados, sendo que no caso do multijogador, um jogador assume o papel de um soldado diferente.

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Como em Until Dawn, cada jogador pode explorar o mapa e interagir com o ambiente como fariam na experiência a solo, com a mera diferença de que aparece uma mensagem a informar que o outro jogador está a tomar uma decisão. Nesta sequência específica, os dois soldados estão a ser repreendidos por terem tido uma noite de copos demasiado tardia, resultando num tutorial para várias mecânicas de exploração, diálogos, e interação. Ambos são de imediato separados, com um dos soldados a ser enviado para o departamento médico, e o outro para uma cela no navio. O soldado ferido (levou um soco durante a noite) eventualmente acorda, libertando o seu parceiro de copofonia, mas ambos acabam por encontrar o navio recheado de corpos, sem saberem o que aconteceu. O resto... vamos deixar para descobrirem.

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Mais tarde somos transportados para a Polinésia francesa, onde encontramos o elenco que tem sido mais promovido nos trailers e nas imagens. Primeiro conhecemos os irmãos Brad e Alex. Brad é um "nerd", um tipo tímido, enquanto que o seu irmão Alex é mais confiante, um médico que namora com Julia. Julia é uma rapariga atrevida, não muito distante do irmão Conrad, claramente o mais arrogante do grupo, sempre disposto a não levar regras a sério. Por últimos conhecemos Fliss, o capitão e um verdadeiro adepto de seguir tudo à risca.

Como em Until Dawn, terão a oportunidade de jogar com todas as personagens, tomando decisões que determinam o progresso da história. Pelo que conversámos com outros jornalistas, estas decisões afetam realmente a narrativa, já que presenciámos uma série de eventos completamente diferentes dos nossos colegas. No caso de Histórias Partilhadas, o engraçado é que a narrativa acaba por ser afetada pelos dois jogadores, tornando-se ainda mais imprevisível.

Depois desta demonstração alargada do modo História Partilhadas, sentámos-nos para uma sessão de Noite de Cinema. Como já referimos, é um modo para até quatro jogadores, ainda que apenas seja utilizado um comando. A ideia é que cada jogador escolhe a sua personagem, rodando o comando conforme o jogo muda a perspetiva da história. Mais uma vez, depois de conversarmos com outros colegas, descobrimos que a sua experiência tinha sido muito diferente, e que tinham encontrado várias curiosidades de que não fazíamos ideia. Parece ser um jogo para que os jogadores partilhem as suas histórias entre si.

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A premissa da história parece envolver a investigação de um naufrágio não registado por parte do grupo, que decide não avisar as autoridades para desaprovação de Fliss. Ao investigarem os destroços vão descobrir outra fação pouca amigável, mas mais que isso não vamos revelar. Aliás, nem sabemos muito mais, porque a demo terminou aí. Interessante, mas ainda não conseguimos ter uma boa ideia para onde está a caminhar a narrativa.

Embora existam aqui elementos de Until Dawn (as fotos agora funcionam como os ídolos, mostrando vislumbres de um futuro possível), visualmente tem um ambiente completamente diferente. Until Dawn passava-se nas montanhas nevadas, durante a noite, enquanto que Man of Medan apresenta um paraíso tropical no alto mar. Uma mecânica de Until Dawn, que pedia ao jogador para acalmar o ritmo, também está de volta, embora com um funcionamento diferente. Em Until Dawn era necessário manter o comando quieto, enquanto que em Man of Medan é preciso carregar nos botões que aparecem no ecrã.

Nem tudo foi positivo, contudo. Estar à espera que o outro jogador tome uma decisão quebra alguma da imersão, um sentimento reforçado por pequenas falhas gráficas que afetam as animações das faces. É raro acontecer, e na maior parte do tempo as animações e os modelos são fantásticos, mas quando aconteceu, tirou-nos do jogo. Esperemos que estes pequenos problemas, e outras falhas menores que encontramos, sejam resolvidas até 30 de agosto.

Ficámos surpreendidos com os modos multijogador de Man of Medan, e mais ainda pelo facto da experiência online ser tão pouco intrusiva, permitindo que o jogador desfrute da experiência sem problemas de maior. Depois de Until Dawn, e mais ainda com o que vimos até agora de Man of Medan, pode dizer-se que a Supermassive Games conquistou a nossa confiança. Como fãs de terror e de boas narrativas, estamos muito curiosos para ver como irá desenvolver este primeiro jogo das Dark Pictures.

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