No primeiro capítulo da série de antologia The Dark Pictures, Man of Medan, acompanhámos um grupo de amigos a explorar um navio assombrado no Oceano Pacífico. No jogo seguinte, Little Hope, tivemos a oportunidade de conhecer uma história arrepiante inspirada pelo julgamento de bruxas em Salem. Agora o capítulo que se segue é House of Ashes, um jogo que ficámos a conhecer melhor através de uma apresentação com o diretor Will Doyle.
House of Ashes vai passar-se em plena Guerra do Iraque, em 2003. Os militares dos EUA suspeitam que existe um depósito de armas escondidas, e decidem atacar o local, mas tudo o que encontram é uma emboscada. Esse confronto acaba por revelar um enorme templo subterrâneo, onde ficam presos soldados dos dois lados. Este tempo foi construído por Naram-Sin, do antigo reino de Akkad, supostamente para salvar a sua nação de terríveis pragas. Infelizmente para Naram-Sin e o seu povo, isso não terá sido suficiente, e o templo transformou-se no ninho de estranhos monstros.
Segundo Will Doyle, estes monstros são uma ameaça muito real, e se forem libertados podem ser "piores que armas de destruição maciça". Isto vai obrigar os soldados a deixarem as suas diferenças de lado se quiserem sobreviver, e o jogador irá precisamente assumir o controlo de cinco soldados dos dois lados - um casal da CIA, dois soldados amigos dos EUA, e um soldado israelita. A ideia passa por criar tensão entre o casal, os dois amigos (um tem uma patente superior, o que obriga o outro a obedecer às ordens), e claro, o soldado israelita que está reticente em colaborar com os americanos.
No seu núcleo, House of Ashes pretende ser uma experiência um pouco mais adulta (a começar pelo facto de não incluir adolescentes e tensão romântica), que será sobretudo acerca de lealdade e confiança. A cooperação entre os cinco indivíduos será essencial para a sobrevivência, e as decisões do jogador serão determinantes para o rumo da história - que pode acabar com a morte dos cinco protagonistas.
Descobrir o mistério por trás deste tempo antigo será também parte da história, e isso vai envolver explorar catacumbas, túneis, e cavernas. Will Doyle referiu-se a isto como "terror de exploração", apontando a alguns exemplos como Aliens, Predador, e até At the Mountains of Madness de H.P. Lovecraft.
Doyle também falou de alguns melhoramentos e mudanças que o estúdio vai introduzir em House of Ashes, e que são o resultado direto do feedback que receberam dos jogadores em relação aos dois jogos anteriores. Um desses melhoramentos diz respeito à câmara de jogo, que será totalmente livre e que irá rodar em 360º. A dificuldade também vai ser apresentada em três opções diferentes, adaptando a exigência das sequências de botões (QTE). O diretor também falou da qualidade gráfica que será evidente nas novas consolas e nos melhores PC, embora não se tenha alargado em pormenores.
À semelhança dos dois jogos anteriores, também terá a oportunidade de jogar House of Ashes com outros jogadores. Estarão incluídos quatro modos de jogo, incluindo Shared Story (jogabilidade online), e Movie Night (jogabilidade co-op offline), além do modo tradicional para um jogador, que será o Theatrical Cut. Por fim existe o Curator's Cut, que oferece perspetivas diferentes em relação às personagens e até inclui algumas cenas novas.
Dez minutos de jogabilidade, que foi tudo o que vimos, não é muito, mas o conceito por trás de House of Ashes parece-nos interessante, e apreciamos os melhoramentos que o estúdio está a implementar. Resta saber se estará à altura desse potencial, quando chegar para PC, PS4, PS5, Xbox One, e Xbox Series X|S mais para o final de 2021.