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Rogue One: A Star Wars Story

Rogue One: Uma História Star Wars

A prequela de Uma Nova Esperança apresenta um filme de Star Wars um pouco diferente do habitual.

Pelo segundo ano consecutivo fomos agraciados com um novo filme de Star Wars, algo que aparentemente se vai tornar numa tradição com mais filmes já alinhámos. Além dos 'episódios' tradicionais, a Disney parece apostada em investir também em estórias alternativas, como foi o caso deste Rogue One: Uma História Star Wars. Ao desviar o foco para um grupo de outras personagens, a Disney optou também por fazer as coisas um pouco diferentes, e mostra desde início que este não é o filme típico de Star Wars.

Todos sabemos que os filmes de Star Wars arrancam com uma pequena contextualização da estória, através de um texto amarelo que percorre o ecrã. Rogue One não inclui isso, e em vez de descer a câmara no primeiro plano, sobe-a. São dois pormenores, mas suficientes para deixar claro que este filme é atípico. O primeiro ato em si é também algo atabalhoado, saltando entre várias localizações, personagens, e períodos de tempo em rápida sucessão. Mais perto do segundo ato a estória entre num ritmo mais estável, e o sentido do filme começa a tornar-se mais evidente. O verdadeiro golpe de género de Rogue One chega no terceiro ato, e na forma brilhante como faz a ponte para Guerra das Estrelas (ou Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança, se preferirem).

Rogue One: A Star Wars StoryRogue One: A Star Wars StoryRogue One: A Star Wars Story
Photo: IMDb

A protagonista de Rogue One é Jyn Erso, interpretada por Felicity Jones, mas a sua personagem demora um pouco a aquecer o nosso interesse, apesar de dar demasiados discursos motivadores. A culpa parece estar mais nos argumentistas do que na atriz, que parece fazer um bom trabalho com o que lhe foi dado, e a personagem até é interessante, mas demora a chegar a esse ponto. O restante elenco é variado e multi-cultural, o que é atípico para Star Wars. Saw Gerrera (uma personagem que devia ter sido melhor explorada) é interpretada pelo sempre dependente Forrest Whitaker, enquanto que o parceiro no crime de Jyn, Cassian Andor, foi assumido pelo ator mexicano Diego Luna. A dupla asiática que os acompanha (Chirrut Îmwe e Baze Malbus) é um dos destaques do filme, interpretados por Donnie Yen e Wen Jiang, mas o andróide K-2SO, assumido por Alan Tudyk merece também uma palavra de apreço.

Depois existem os vilões. O director Krennic é interpretado pelo versátil ator australiano Ben Mendelsohn, enquanto que Peter Cushing (já falecido) regressa para interpretar o papel de Grand Moff Tarkin, agora via modelo em CGI. O efeito em si é razoável, e alguém mais distraído pode nem perceber que está a ver uma personagem criada em computador, mas não é perfeito. Se conhecerem a personagem em questão, ou se tiverem atentos, vão facilmente reparar que algo está diferente e estranho, o que vos pode retirar um pouco da experiência do filme. Este truque é utilizado para outra personagem, que não vamos revelar, e estamos curiosos para perceber como esta técnica será usada no futuro.

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A narrativa em si concentra-se da Estrela da Morte, inicialmente na sua construção, e mais tarde na tentativa dos Rebeldes para travarem o progresso desta arma devastadora. O grande objetivo do grupo Rogue One passa por obter os planos da Estrela da Morte, algo que como todos sabemos, é essencial para o sucesso dos Rebeldes no Episódio IV. A grande diferença entre este grupo Rogue One e os restantes 'heróis' de Star Wars, é a sua natureza algo ambígua. Sem o apoio da força ou de Jedis, estes rebeldes recorrem a táticas de guerrilha para combaterem o Império, e de certa forma isso pode ser visto como uma forma de terrorismo. É também uma estória onde morte e sacrifício está muito mais presente do que noutros filmes. Gostámos desta abordagem mais terra-a-terra de Rogue One, e para isso muito contribuíram os atores.

Adorámos o filme do ano passado, O Despertar da Força, mas não gostámos menos deste Rogue one. Ambos são excelentes adições à saga de Star Wars, embora sejam filmes muito diferentes. Como filme independente, Rogue One funciona bem, mas a ligação que faz ao Episódio IV é brilhante. Não é um filme perfeito, mas é bom, e até pode atrair novos fãs para a saga. Se a Disney conseguir manter este nível de qualidade, não nos importamos de receber um filme de Star Wars por ano.

HQ
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Photo: IMDb
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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
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