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Resident Evil: Revelations 2

Resident Evil: Revelations 2 - Episódio 1 Análise

Descobrimos que as tochas são mais importantes que as caçadeiras, e que a Capcom andou a tirar apontamentos com The Last of Us.

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Como parte de uma nova política de análises que estamos ainda a implementar, os capítulos individuais de jogos com formato episódico vão passar a ser 'analisados' sem uma nota no fim. Somos da opinião que a nota só deve ser atribuída ao conjunto total e não a uma parte singular.

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A Capcom, mais uma vez, decidiu seguir as tendências e uma das mais recentes é o formato episódico - uma estreia para Resident Evil. O primeiro Revelations, embora não fosse episódico, já deixou algumas amostras disso, recorrendo a expressões do meio televisivo como "anteriormente em..." e outros sinais semelhantes, mas era um produto completo. Resident Evil: Revelations 2 assume de vez esse formato, dividindo-se em quatro capítulos digitais, que serão lançados durante as próximas semanas. Dentro de um mês será também lançada uma versão de retalho, que inclui os quatro episódios.

Se este primeiro episódio serve de exemplo, cada capítulo deve incluir cerca de duas horas de campanha, embora existam mais alguns extras para entreter os jogadores, como desbloqueáveis e um modo Raid, para quem gosta de provar a sua habilidade através de pontuações.

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Os traços gerais da jogabilidade e do enredo paralelo são definidos logo neste primeiro episódio, apresentando mecânicas que podem ser familiares para os fãs dos últimos jogos da série, embora com alguns toques interessantes. A campanha divide-se em duas histórias, uma com Claire Redfield e Moria Burton, outra com Barry Burton e Natalia.

Resident Evil: Revelations 2

Companheiros controlados pela inteligência artificial é algo que nesta altura já não será estranho para os fãs de Resident Evil, embora a Capcom esteja a tentar acrescentar algum valor tático à forma como as duplas funcionam. Nos dois pares, um dos elementos é particularmente eficaz com armas - Claire e Barry -, enquanto que o outro tem uma visão mais apurada para encontrar itens escondidos no cenário. Moira consegue usar a sua tocha para definir a sua posição e ainda pode cegar inimigos com a sua lanterna, utilizando alguns ataques físicos para se defender.

Natalia é talvez o elemento mais peculiar dos quatro, já que consegue ver através das paredes, uma opção tática muito útil para os níveis de Barry e Natalia. Isso vai obrigar a uma de duas opções: ou alternam frequentemente entre Barry e Natalia se estiverem a jogar sozinhos, ou terão de conversar com o vosso parceiro no modo cooperativo (apenas local). Infelizmente, a última opção não está disponível no PC.

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Esta mecânica entre Barry e Natalia permite executar alguns ataques furtivos, que são uma mudança de ritmo interessante para Resident Evil, e que parecem inspirados por The Last of Us. Uma das melhores sequências deste primeiro episódio está precisamente repleta de momentos desses, enquanto a dupla tenta atravessar uma floresta arrepiante durante a noite. De forma geral, as duas duplas parecem-nos equilibradas e nenhuma personagem é inútil.

Resident Evil: Revelations 2

A inteligência artificial é competente que chegue para auxiliar o jogador, embora existam raros momentos de frustração, ou porque ficaram presos no cenários (uma vez) ou porque não conseguiram evitar um ataque inimigo que devia ser fácil (algumas vezes). Também existe um sistema de melhoramentos, que permite desbloquear algumas ações específicas para a inteligência artificial, como deixar que a IA utilize as armas sem gastar munições, por exemplo.

Em alguns momentos existe um cruzar das duas histórias, quando visitam áreas com Barry e Natalia que já foram percorridas por Claire e Moira. Mais interessante ainda é perceber que as soluções da primeira dupla, podem levantar novos problemas para a segunda.

Revelations 2 não tem o mesmo nível de produção que Resident Evil 6, e o facto de ser multi-gerações não abona a seu favor. Visualmente não é mau, nem vai chocar ninguém com o seu grafismo, mas também não impressiona. Talvez porque o antecessor começou como um jogo de Nintendo 3DS (embora esta sequela esteja ausente da plataforma da Nintendo), ou porque a Capcom decidiu poupar no orçamento? Provavelmente a segunda opção.

À exeção do grafismo mediano, de problemas ocasionais da IA e de um súbito aumento na dificuldade a certo ponto, gostámos do que jogámos neste primeiro episódio de Resident Evil: Revelations 2. Não é a reformulação que a série precisa, nem está perto de igualar os melhores momentos da saga, mas é uma experiência muito sólida com algumas ideias interessantes para a jogabilidade.

Cada episódio custa € 5.99 avulso, ou € 24.99 com Season Pass. Se preferirem comprar a versão de retalho, terão de pagar € 39.99.

Resident Evil: Revelations 2

Veredito: Um início sólido para a estreia da série num formato episódico, que sem deslumbrar, reúne alguns momentos clássicos que vão agradar aos fãs e revela um mistério final interessante, que deixará os jogadores curiosos para verem o que virá no segundo episódio.

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