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Assassin's Creed: Rogue

AC: Rogue - "Vão perceber porque existiam poucos assassinos em ACIII."

Karl Luhe, da Ubisoft, explica-nos o conceito, a personagem e a jogabilidade por trás do 'outro' Assassin's Creed de 2014.

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O grande jogo da Ubisoft para a reta final de 2014 é Assassin's Creed: Unity (que acabou de ser adiado), mas existe um outro capítulo da saga em produção. Assassin's Creed: Rogue será lançado para PS3 e Xbox 360 e permitirá controlar um templário, como nos contou o Produtor Karl Luhe em conversa com o nosso colega Bengt Lemne. Este será o último capítulo da trilogia que engloba Assassin's Creed III e Assassin's Creed IV: Black Flag, ou se preferirem, a trilogia da linhagem Kenway.

"Para nós este é o pilar da trilogia Kenway e encaixa entre ACIV: Black Flag e ACIII," referiu Luhe. "Isto vai permitir-nos explicar porque existiam tão poucos assassinos na América do Norte durante Assassin's Creed III. E o grande motivo para isso é um homem chamado Shay Patrick Cormack, que é o nosso herói em Assassin's Creed: Rogue."

Shay Patrick Cormack, para todos os efeitos, é um traidor da sua ordem: "O Shay é único [comparando com os antecessores], porque começa como um assassino, mas bem cedo na aventura vai deparar-se com uma missão traumática e particularmente difícil, que o leva a questionar a sua própria ordem e os seus motivos. Eventualmente é atacado pelos seus antigos colegas, mas sobrevive e junta-se à ordem dos templários. Isto torna-o num templário sombrio e vingativo, com o objetivo de caçar e abater os seus antigos colegas, perfeitamente convicto de que o que está a fazer é a atitude certa."

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Para quem tem acompanhado a saga, é fácil perceber que os assassinos são os 'bonzinhos' e os templários são os 'mauzões', mas a verdade pode não ser assim tão evidente, e é precisamente isso que a Ubisoft pretende mostrar com AC: Rogue.

"Com o primeiro Assassin's Creed aprendemos que assassinos são os bons e que os templários são os maus, mas com este jogo estamos a tentar tornar isso um pouco menos evidente e mostrar a situação através de uma outra perspetiva, que as coisas nem sempre são preto e branco. No fundo os dois lados pretendem o mesmo - paz mundial e a felicidade geral da humanidade. O que muda bastante é a forma como pretendem atingir esse objetivo. Os assassinos acreditam na liberdade de todos os seres humanos, enquanto que os templários acreditam que é necessário um controlo firme e disciplina para chegar a essa paz."

A Ubisoft é peculiar, no sentido em que os seus jogos são produzidos por várias equipas diferentes, uma estrutura de que Luhe se orgulha e que explica com maior pormenor, referindo que foi o seu estúdio em Singapura que produziu a secção naval de AC III, algo que será importantíssimo para AC: Rogue.

"O jogo decorre durante a guerra Franco-Indígena e nós escolhemos o cenário da América do Norte para mostrar a guerra. Existiram vários confrontos no Golfo de São Lourenço, no Canadá. Será aí que vão decorrer a maior parte das nossas missões navais. Isto também significa que o jogo terá gelo, que é um novo elemento para a série. Até podem explodir icebergues e encontrar tesouros ou podem usá-los de forma estratégica contra os outros navios."

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"O facto de serem um templário significa que terão acesso a melhor equipamento e poderão equipar o vosso barco, o Morrigan, com acessórios muito avançados para aquela era. O aspeto naval de AC: Rogue será mais concentrado no tema da guerra. Vão encontrar barcos franceses e britânicos por todo o lado, mas como são um templário, vão alinhar do lado dos britânicos. Se virem um conflito entre os dois lados, podem ir ajudar os britânicos e se conseguirem salvar um navio, o capitão pode recompensar-vos."

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Luhe ainda confirmou que Assassin's Creed: Rogue terá uma componente no presente, embora não tenha revelado qualquer detalhe, remetendo a sua revelação para mais tarde. Ainda assim, o produtor falou-nos do motivo que levaram à produção de AC: Rogue para as consolas da geração anterior.

"Existem vários motivos, sendo que o primeiro é Assassin's Creed: Unity, que está a ser construído há vários anos apenas para a nova geração, e já sabíamos que nunca poderia ser lançado para a geração antiga. Outro motivo é a nossa vontade de terminar a trilogia Kenway. Como começamos essa história na PS3 e na Xbox 360, também queremos acabar a história nessas consolas."

Sem surpresa, Luhe acredita que não é preciso escolher entre Rogue ou Unity, mas que os jogadores ficarão melhor servidos com ambos: "Espero que os fãs percebam que as duas histórias se complementam e em que alguns aspetos até se sobrepõem. Terão uma boa experiência se optarem por ambos."

Assassin's Creed: Rogue será lançado no dia 11 de novembro para PS3 e Xbox 360, e "se os fãs o desejarem" poderá eventualmente chegar também a outras plataformas. Podem espreitar a entrevista completa, no inglês original, em baixo.

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