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Dying Light 2 Stay Human

Dying Light 2 - Impressões da E3 2019

A sequela de Dying Light apresentou muitas novidades que nos deixaram intrigados.

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A Techland mostrou-nos um dos trailers mais impressionantes da última década aquando da apresentação de Dead Island, ainda em 2011. Era um trailer cinemático, que contava uma história invertida, acompanhado os últimos momentos de uma menina que tentava fugir de um hotel de luxo infestado com zombies. Foi um vídeo emotivo e duro, mas que não foi uma boa representação de Dead Island, já que foco narrativo e sequências emotivas não eram os fortes do jogo.

Dying Light, também da Techland, usou muitas das ideias de Dead Island, mas num conceito de jogo ligeiramente diferente. Com mecânicas de parkour, uma história mais envolvente, e personagens mais interessantes, Dying Light aproximou-se mais da ideia transmitida por aquele vídeo de Dead Island, mas é a sequela, Dying Light 2, que parece finalmente apresentar um jogo onde narrativa, decisões, e consequências, vão ter um papel a desempenhar.

Em Dying Light 2 vão jogar com Aiden Caldwell, um sobrevivente do apocalipse causado pelos zombies, mas que está infetado com o vírus. Trata-se de uma versão mais futurista, mas também mais negra do mundo de Dying Light, e a aventura de Aiden promete ser também ela mais emotiva e árdua. Infelizmente não tivemos a oportunidade de jogar Dying Light 2 na E3, mas vimos uma demo do jogo em ação.

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A sequência arrancou num bar, uma espécie de ponto de encontro da comunidade onde Aiden vive. Com uma mulher a cantar ao vivo, e bom ambiente geral, a demo mostrou Aiden a interagir com vários indivíduos nesse bar, alguns amigáveis, outros menos. Várias personagens tinham ícones por cima da cabeça, ainda que o jogador em questão (um produtor do jogo) apenas tenha interagido com alguns deles. Supomos que são conversas opcionais para quem quiser enriquecer o seu conhecimento do mundo de jogo.

Aiden acabou por se dirigir ao piso superior do bar, onde encontrou Frank, o aparente líder desta comunidade. Depois de uma curta conversa, Frank pede a Aiden que se dirija ao Castelo, uma instituição de tratamento de água que entretanto foi transformada numa fortaleza inimiga. O objetivo? Restaurar os tanques de água para manter o distrito saudável. A caminho do Castelo, contudo, Frank e Aiden encontra uma fação oposta, e Frank acabe por ficar gravemente ferido. O jogador tem aqui de tomar uma decisão: ficar com Frank ou perseguir a carrinha com os culpados. O jogo terá várias destas escolhas, e algumas com grandes consequências, mas já lá vamos.

Neste caso específico, o produtor optou por abandonar Frank e perseguir a carrinha, demonstrando as impressionantes capacidades de parkour de Aiden. Pareceu um sistema ainda mais fluido, natural, e dinâmico do que já tínhamos visto no primeiro Dying Light, que já era bastante bom. Algo que é bastante diferente é a verticalidade do mundo de jogo. Enquanto o primeiro Dying Light tinha casas baixas (um pouco mais altas na segunda cidade), Dying Light 2 apresenta um design bem mais vertical. Aqui entra em jogo o gancho com corda de Aiden, que lhe permite alcançar pontos mais altos no cenário. Não tivemos a oportunidade de experimentarmos esta liberdade de movimentos, mas o que vimos ser jogado deixou-nos impressionados.

Ao chegar a um ponto suficientemente alto, Aiden consegue ver a carrinha que estava a perseguir, mas ao tentar alcança-la acaba por cair dentro de um prédio em ruínas. Em poucos segundos acaba por ficar rodeado de mortos-vivos, mas Aiden está preparado para situações deste tipo. Com um pau luminoso, Aiden consegue atordoar momentaneamente os zombies, o que lhe dá tempo suficiente para escapar. O portão da garagem está suspenso com uma ferramenta, e num movimento espetacular, Aiden desliza por baixo do portão, agarrando a arma e fechando os zombies no edifício.

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O jogador acaba por alcançar a carrinha, saltando para cima dela. Em pouco tempo despacha os seus ocupantes, deixando apenas o condutor vivo. Nervoso, o condutor afirma conhecer bem o Castelo, o que oferece mais duas opções ao jogador: confiar no condutor e usar a carrinha para entrar na estrutura, ou não arriscar e eliminar o condutor logo ali. O produtor decidiu confiar no condutor, e fez uma boa escolha, já que isso permitiu-lhe entrar sem problemas no Castelo.

Enquanto se desloca para a sala das bombas de água, Aiden é contactado pela sua comunidade, que o informa que Frank faleceu. De seguida o produtor informa-nos que Frank poderia ter sobrevivo caso o jogador tivesse optado por ficar no local. Seja como for, Aiden prossegue a missão, eliminando alguns oponentes de forma furtiva, e caminhando por ventilações para não ser visto. Quando chega à sala do objetivo, contudo, tem o Coronel à sua espera, o líder desta fação.

Aqui o jogador é confrontado com nova decisão: podem rodar as válvulas, devolvendo água limpa à comunidade de Aiden, ou deixá-las estar, o que pode ter efeitos catastróficos segundo o Coronel. Aiden decide enfrentar os seus adversários, e depois de os vencer, aciona as bombas. O que se segue, contudo, é uma consequência interessante das suas ações. O que fez abriu a barragem, e isso, por sua vez, revela uma parte da cidade que estava submersa. Isto vai introduzir uma nova área para o jogador explorar, completa com um tipo de inimigo específico, mas se Aiden tivesse optado por deixar as válvulas, nada disto ficaria disponível ao jogador.

Dying Light 2 parece-nos um jogo bem mais dinâmico que o original, e bem mais interessante. Este maior foco narrativo, com verdadeiras consequências para as ações e decisões do jogador, parece-nos oferecer um tipo de imersão que a série não tinha, mas sempre sem esquecer o que é mais importante para Dying Light - movimento livre, exploração, e sobrevivência. Estamos muito curiosos para ver como irá evoluir esta sequela, que tem lançamento marcado para o primeiro trimestre de 2020.

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