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Daemon X Machina

Daemon X Machina

A Switch recebeu um jogo de mechs com boas ideias, mas repetição excessiva impedem-no de chegar mais longe.

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A primeira vez que vimos Daemon X Machina, na E3 de 2018, agarrou de imediato o nosso interesse. Um jogo de mechs gigantes, mais virado para a ação do que para o aspeto tático, e com um estilo visual a lembrar animação japonesa? Não havia como não ficar com Daemon X Machina debaixo de olho. Foi por isso com algum entusiasmo que pegámos nesta versão final de Nintendo Switch, para a análise, mas as nossas expetativas não foram totalmente correspondidas.

Antes de começar a jogar, aconselhamos-lo a espreitar o prelúdio em português que está no youtube, intitulado de Missão Zero (clique aqui), um vídeo de animação que oferece mais contexto para o jogo. Quando começar a aventura irá assistir a uma tragédia - a lua despedaçou-se e os seus detritos atingiram a Terra. Depois dessa sequência inicial terá de criar a sua personagem, através de um editor com boa profundidade de opções. O seu objetivo será o de travar uma inteligência artificial descontrolada, que ameaça extinguir a humanidade. É uma premissa interessante, mas o facto de grande parte da história ser relatava através de caixas de texto, e do nosso protagonista ser mudo, significou que nunca nos ligámos realmente à narrativa.

As missões de Daemon X Machin estão divididas em duas categorias: missões de história e missões livres. O primeiro envolve, naturalmente, o progresso da narrativa, enquanto que as missões livres são opcionais e servem sobretudo para conseguir recursos e dinheiro. Infelizmente a variedade de objetivos nas missões é escassa, dividindo-se entre missões para destruir várias ondas de inimigos, investigar certas ocorrências, ou proteger aliados. Este design repetitivo e sem grande inspiração tornou-se cansativo com alguma rapidez, e nem o facto do jogo incluir um arsenal interessante ajudou a situação. Existem exceções, claro, como missões em que terá de pilotar enormes colossos, mas como referimos, são apenas exceções.

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O controlo dos Mechs é simples, permitindo voar sem limites, acelerar, e disparar armas diferentes com cada gatilho. O combate consegue proporcionar uma excelente sensação de verticalidade, enquanto combate ameaças terrestres e voadoras. O único problema que encontrámos com a jogabilidade envolve as secções no solo, já que o mech parece estar a deslizar como se estivesse em cima de gelo. Não é, contudo, grande problema, já que a maior parte da ação passa-se no ar.

Entre missões vai visitar o hangar, onde pode personalizar vários aspetos do mech. Pode equipar diferentes peças e armas, que recolheu dos inimigos ou ganhou de alguma forma. O arsenal, como já referimos, é bastante variado, e inclui espadas, lanças-mísseis, caçadeiras, e espingardas, por exemplo. O número de peças de equipamento é impressionante, permitindo criar inúmeras combinações. Com tantas alternativas, era vital que o jogo incluísse uma secção de treinos para testar o equipamento e as combinações, o que é uma realidade. Existem tantas combinações que podem salvar até 10 para escolherem rapidamente.

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Embora o mech seja o destaque da ação, também pode sair do enorme robô a qualquer momento do jogo. Pode usar o piloto para plantar armadilhas e usar o drone para causar alguns estragos, por exemplo. O piloto até tem a sua própria árvore de habilidades para evoluir, que mudam não só as suas capacidades, mas também o seu aspeto. Convém, contudo, pensar bem onde irá investir, já que restaurar a árvore de habilidades pode sair muito caro.

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Além da campanha de história, Daemon X Machina inclui também modos multiplayer, tanto localmente, como online. Infelizmente não tivemos a oportunidade de testar estes modos, e não são o destaque da experiência de jogo, mas podem ser uma forma de expandir a sua longevidade com a ajuda de alguns amigos.

Com um estilo visual a lembrar animação japonesa e uma banda sonora pesada a condizer com o tema, Daemon X Machina podia ser algo muito especial entre o género de mechs, mas não apresenta variedade ou qualidade de design de missões suficiente para atingir esse patamar. A repetição da jogabilidade, e a forma pouco impressionante como a história foi apresentada, foram obstáculos que nunca conseguimos realmente ultrapassar de forma a apreciarmos o jogo de outra forma. Os controlos são simples, e a sensação de controlar o mech e o piloto é divertida, mas nem isso, nem a excelente profundidade de personalização é suficiente para fazer esquecer os problemas que referimos.

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06 Gamereactor Portugal
6 / 10
+
Bom estilo visual. Banda sonora adequada. Personalização dos mechs e dos pilotos tem profundidade. Suporte multiplayer local e online.
-
A história nunca nos agarrou. Missões tornam-se repetitivas.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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ANÁLISE. Escrito por Kieran Harris

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