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      Assassin's Creed Odyssey

      Assassin's Creed Odyssey

      Vimos-nos gregos para terminar esta odisseia massiva.

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      A série de Assassin's Creed tem passado por muitas mudanças ao longo dos anos, mas o salto que a saga deu com Origins, em 2017, só é comparável ao do primeiro jogo para ACII. Assassin's Creed Odyssey usa Origins como base, e acrescenta ainda mais funções, e mecânicas, mas com isso afastou-o também das raízes focadas da série em ação furtiva. Não se preocupem, ainda vão eliminar inimigos a partir das sombras, mas mais do que nunca, Assassin's Creed Odyssey é um RPG de ação em mundo aberto.

      Odyssey é o jogo da saga que mais recuou no tempo até ao momento, e à primeira vista pode parecer que a sua ligação com o legado de Assassin's Creed é mínimo, mas não é isso que acontece. Odyssey tem um arco de história interessante, e vários elementos contínuos da saga, como a Primeira Civilização, têm uma forte presença no jogo. Odyssey divide-se sobretudo em três fios narrativos, que se fundem em certos pontos da aventura. Primeiro que tudo, é uma história sobre família, uma verdadeira tragédia grega. Depois, é um jogo sobre "o culto" e a Primeira Civilização, e como tudo isso se liga aos protagonistas. Por último, existe a narrativa a decorrer no presente, embora sejam secções muito espaçadas na aventura.

      Mais importante que tudo, é um jogo sobre personagens, e encontrámos muitas interessantes durante a nossa odisseia.

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      A maior novidade de Odyssey surge ao nível das escolhas que podem tomar durante a aventura, a começar com o protagonista. Podem escolher jogar com Alexios ou Kassandra, mas em vez de mostrar duas perspetivas diferentes, o jogo adapta a aventura à escolha do jogador. Existe um irmão mais velho, e um irmão mais novo, e o jogador irá sempre jogar com o mais velho. Se esse irmão é Alexios ou Kassandra, depende da escolha do jogador.

      Terão de tomar muitas decisões durante diálogos, e algumas têm consequências muito reais, mas também através de ações. Por exemplo, existe uma decisão que permite matar ou poupar um indivíduo, mas esta decisão só é possível se antes decidiram matar um outro tipo de forma privada. Se escolherem fazer da primeira morte um evento público, não terão a hipótese de poupar o segundo alvo. A Grécia antiga era uma civilização orientada pelos deuses, e também aqui podem escolher uma abordagem mais ligada à mitologia, ou mais pragmática, e isso irá moldar a forma como a personagem aborda alguns temas. O vosso estilo de jogo, mais subtil ou violento, também terá impacto em certos momentos, da história, e tudo isso contribuiu para uma experiência de jogo muito mais dinâmica. Será difícil voltar a imaginar Assassin's Creed sem o poder de escolha.

      A jogabilidade naval volta a ter um papel preponderante, o que faz sentido considerando a geografia da Grécia. Ao contrário do que acontecia com Origins, em que as sequências navais estavam limitadas a missões, a jogabilidade naval desta vez está inserida no mundo aberto, à semelhança do que acontecia em Black Flag. Os controlos são muito semelhantes ao que eram no passado, e permitem alguns combates de qualidade no alto mar. Existe também todo um novo sistema de recruta de tripulação, melhoramentos do navio, e missões para recrutarem agentes especiais. Existe ainda Barnabas, uma personagem divertida com grande ligação ao navio, e novos cânticos para quando estão a navegar.

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      O sistema de combate serve-se da base que vimos em Origins, mas inclui algumas mudanças. A mais óbvia é a ausência do escudo. Enquanto os inimigos carregam escudos, o jogador não o pode fazer. Segundo a Ubisoft, esta decisão foi tomada para tornar o combate mais agressivo, mas em alternativa têm um sistema de defesa e contra-ataque mais perdulário, além da habitual mecânica de desvio. Em vez de equipar um escudo, a personagem tem sempre consigo a lança partida de Leonidas, e uma outra arma. É, aliás, essa lança que vão usar para ataques furtivos, já que a lâmina escondida não entra nesta equação. Também existem várias habilidades novas, divididas entre Guerreiro (combate), Assassino (furtivo), e Caçador (arco). Podem especializar-se numa área, construir uma personagem híbrida, e, caso não estejam satisfeitos, existem formas de retirar todos os pontos e recomeçar, a troco de ouro.

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      Odyssey tem também um vasto leque de armas e de equipamento, e ao contrário do jogo anterior, esse equipamento muda realmente o aspeto da personagem. Cada peça tende a favorecer um estilo de jogo, desde peças com mais armadura e dano de guerreiro, a outra que incluem mais dano de caçador e assassino, mas oferecem menos armadura. Também podem melhorar as armas e o equipamento com um novo sistema de runas, que permite acrescentar um atributo extra, como mais dano de assassino ou mais vida, por exemplo, e é possível atualizar o equipamento para corresponder ao vosso nível. Se tiverem uma boa arma de nível 5, mas já são nível 10, podem usar isso para atualizar a arma para nível 10, mas vão precisar de gastar recursos. Além de ouro, estas funções exigem peles, madeira, gemas, metal, e outros recursos semelhantes. Para manterem o navio e a personagem em topo de forma, vão precisar de procurar muitos recursos... ou gastar dinheiro em micro-transações. Ainda assim, nunca sentimos necessidade de gastar dinheiro.

      Assassin's Creed já teve uma série de lançamentos problemáticos, com jogos recheados de bugs. Unity é o exemplo mais crasso, e só depois de meses de atualizações conseguiu chegar a um estado razoável. Origins pareceu ser um passo na direção certa, e apareceu mais polido que a maioria dos outros jogos da série, mas com Odyssey, a Ubisoft volta a dar um passo atrás. Não encontrámos nada tão grave como Unity, e o jogo não está 'partido', mas tem mais problemas que Origins. O aparecimento de texturas e modelos mesmo em frente ao jogador é bem mais frequente (vimos inclusivamente o cavalo aparecer em várias situações), o jogo parou em algumas situações em que estávamos a mudar de área (supomos que a carregar o resto do mapa), e a inteligência artificial por vezes tem comportamentos idiotas. Até reparámos em conversas em que o diálogo correspondia à escolha oposta à que tomámos. Odyssey está perfeitamente jogável, mas se não estão com pressa, aconselhamos-vos a esperar por algumas atualizações.

      Um dos pontos mais fortes da série é a construção dos mundos de jogo, e a Grécia antiga não desiludiu. É um mundo mais diversificado que o Egito no jogo anterior, com muitas ilhas, áreas verdejantes, praias, montanhas, e planícies. Sentimos falta de algo tão imponente como as pirâmides no horizonte de Origin, mas existem vários templos e estátuas dos deuses para descobrirem. Uma novidade é que o jogo agora inclui dois modos de exploração: o modo guiado e o modo livre. O primeiro guia o jogador diretamente para todos os objetivos, enquanto que o segundo obriga a mais um pouco de exploração (normalmente têm de seguir as indicações para encontrar o local de uma missão). Não faz grande diferença na experiência de jogo, mas permite abordar a exploração como preferirem.

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      Outra novidade é o sistema de conquista, que permite mudar o controlo de uma região. A base deste sistema é a guerra Peloponeso, entre Atenas e Esparta. O jogador pode trabalhar para mudar o controlo de uma região, eliminando soldados, roubado dinheiro de guerra, e destruindo recursos. Quando o ponto de controlo desce para um certo nível, podem matar o líder dessa região, o que irá levar a uma grande batalha. Participar numa guerra não é exatamente condizente com o estatuto de assassino, mas a verdade é que neste jogo não são um assassino, e sim um mercenário. E nessa condição, faz sentido. Vale também a pena referir que, nas batalhas, estão sempre em confronto, o que significa que habilidades furtivas e de arco tornam-se maioritariamente inúteis - e se estiverem especializados nessas áreas, podem ter problemas durante as batalhas.

      Salvo uma outra missão, esta componente das conquistas não é parte da história, e como tal, é opcional. O vosso objetivo, pelo menos a nível de história, não passa por favorecer um lado ou o outro, é apenas algo que podem tentar caso tenham essa disposição. Existe muito conteúdo secundário à vossa espera, desde missões a cavernas, grupos de bandidos, bases, colecionáveis, e outras tarefas secretas que não iremos revelar aqui.

      Há algum tempo que não líamos nada sobre a mitologia grega e a Grécia antiga, mas Odyssey voltou a acender o nosso interesse. É difícil imaginar uma era em que tenha existido um desenvolvimento tão importante em termos de medicina, política, filosofia, sociedade, e civilização, tudo num só local. Assassin's Creed Odyssey não chega ao nível de qualidade de Origins, para nós, o melhor jogo da saga até hoje, mas é superior em algumas áreas. A aposta da Ubisoft no género de RPG de ação é cada vez mais vincada, tal como é a sua abordagem cada vez mais solta e expansiva a nível de conteúdo e mundo. Se é tudo conteúdo de qualidade? Não, mas certamente que vão arranjar algo divertido para fazer ao longo das largas dezenas de horas que o jogo dura.

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      08 Gamereactor Portugal
      8 / 10
      +
      Recriação fantástica da Grécia antiga. Novo sistema de escolhas é interessante. Conteúdo que nunca mais acaba. História com mistérios e surpresas.
      -
      Experiência menos focada e menos polida que a de Origins. Algum conteúdo resume-se a tarefas sem interesse ou repetitivas.
      overall score
      Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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