Português
Gamereactor
antevisões
Heroes of the Storm

Heroes of the Storm - Primeiras Impressões

O Gamereactor já teve a oportunidade de experimentar um sério concorrente a League of Legends.

HQ

Muito pode ser dito sobre o género MOBA e a sua popularidade em permanente ascensão, mas algo que não se pode dizer, é que seja de fácil domínio. Alguns guias de Dota 2 afirmam que são necessárias pelo menos 100 partidas (cada uma dura tipicamente entre 45 minutos a uma hora), apenas para começar a perceber o que realmente se passa no campo de batalha.

A situação piora porque muitas das mecânicas nucleares entram em conflito com os nossos próprios instintos. Por vezes não é aconselhável matar o inimigo e noutras ocasiões, dependendo no tipo de jogo em que estão a participar, até podem ter de matar as vossas próprias unidades. Em cima disto adicionem uma comunidade que tem normalmente pouca paciência para novatos. Ter um jogador fraco na equipa (ou simplesmente um que pode não estar ao nível dos outros), resulta frequentemente na derrota certa.

Heroes of the Storm

Mas depois de alguns minutos com Heroes of the Storm, torna-se rapidamente evidente que a Blizzard voltou a fazer aquilo que faz melhor. Conseguiu diminuir a dificuldade inerente ao conceito, tornado o jogo bem mais acessível, sem comprometer o desafio ou a profundidade. Fácil de começar, difícil de dominar, continua a ser o mote da produtora.

Publicidade:

Heroes of the Storm é, na sua essência, um MOBA - ou um "Hero Brawler", como a Blizzard lhe apelida (fica para os jogadores decidirem o que lhe querem chamar). As partidas dividem-se em duas equipas de cinco jogadores, e cada um escolhe um herói para controlar - a seleção inclui muitas personagens de vários jogos da Blizzard, como Jim Raynor, Arthas, Tyrael, Illidian, Kerrigan, Malfurion, Abathur, e por aí adiante. Depois devem lutar entre si para tomarem a base da equipa adversária. Para apimentar a situação, são invocadas ondas de inimigos controlados pela IA que se deslocam para as duas bases através de rotas predeterminadas.

Heroes of the StormHeroes of the StormHeroes of the StormHeroes of the Storm

É impossível não pensar em Guardians of Middle-Earth enquanto jogamos Heroes of the Storm. Muitas das mudanças na fórmula normal são as mesmas. Tal como em Guardians, aqui não existe uma coleção de ouro ou loja de itens entre rondas. Também não importa quem foi o último jogador a dar o golpe final num inimigo. Desde que o oponente morra perto da vossa personagem, vão ganhar experiência e evoluir.

Mas Heroes of the Storm vai ainda mais longe. Um exemplo disso mesmo é o facto de que todos os heróis da equipa têm o mesmo nível, uma mudança que tem um impacto real. Noutros MOBAs é comum permitir que o jogador de nível mais alto possa matar inimigos repetidamente para ganhar experiência mais rápido e tornar-se ainda mais forte, enquanto que os outros jogadores ocupam um papel de suporte.

Publicidade:

Mas ao forçar o mesmo nível em todos os jogadores da equipa, a Blizzard consegue atingir dois fatores. Primeiro, é mais fácil para todos os membros contribuírem para o sucesso da batalha, até o jogador mais fraco. Segundo, permite que todo o tipo de personagens possa brilhar. Abathur, por exemplo, que é o guardião do ADN dos Zerg (apareceu em StarCraft II: Heart of the Swarm). Ele não é grande coisa em combate direto, mas possui uma vasta gama de habilidades que fortalecem o resto da equipa. Abathur pode infestar os seus companheiros, indo à boleia nos seus corpos enquanto consegue utilizar outras habilidades e suportar a equipa. Ele é muito móvel, capaz de saltar de um lado do mapa para o outro com a sua capacidade de viajar pelo solo.

Heroes of the StormHeroes of the Storm
Heroes of the Storm

Na nossa primeira partida escolhemos o Jim Raynor. É uma personagem fácil de entender, que prefere estar à distância e que tem habilidades que lhe permitem dar bom dano aos inimigos, derrubá-los e ainda reforçar os colegas que estejam nas proximidades (quantos mais parceiros estiverem por perto, maior o valor do reforço aos colegas). A sua habilidade mais poderosa - desbloqueada depois de atingirem um certo nível - chama a nave Battlecruiser de Raynor, a Hyperion, disparando contra todos os inimigos que encontre pelo caminho.

A maior parte dos MOBAs têm pouco mapas, ou até só um, suportado por modos alternativos. Heroes of the Storm tem vários mapas, ou Battlegrounds, como lhes chama a Blizzard.

O Battleground que experimentámos invoca uns Tributes em intervalos regulares. Recolham três destes Tributes e podem colocar uma maldição na equipa rival, reduzindo drasticamente a saúde das criaturas controladas pela IA dessa equipa e enfraquecendo os jogadores. Noutro mapa existem dois Obelisks e se a vossa equipa controlar ambos, podem ir até um altar no centro do mapa para se transformarem no Dragon Knight - um massivo dragão humanóide com uma armadura imponente e que aplica dano massivo aos inimigos.

Heroes of the StormHeroes of the Storm

Também existem outras mudanças mais pequenas à fórmula. Todas as personagens têm a habilidade de invocar uma montada, permitindo uma deslocação mais rápida pelo mapa. As torres que tradicionalmente populam o mapa estão agora próximas de fortes. Portões mágicos podem ser fechados, permitindo a passagem à equipa defensora, mas abrandando o progresso dos atacantes, que terão de derrubar os portões para continuarem.

A Blizzard desenhou o jogo de forma a que uma partida típica dure cerca de 20 minutos, ao contrário de League of Legends e Dota 2, com partidas que podem durar uma hora. O objetivo passa por facilitar jogos entre amigos. Se perderem o início de uma partida escusam de esperar mais 40 minutos para se juntarem à batalha.

O jogo foi construído com as fundações do motor de StarCraft II e tem um aspeto fantástico para este género de jogo. E mesmo nesta fase primária, os controlos já são impecáveis.

Heroes of the Storm
Heroes of the StormHeroes of the StormHeroes of the Storm

Como é norma entre o género, Heroes of the Storm será free-to-play. A Blizzard espera fazer dinheiro com a venda de itens, fatos e outros efeitos cosméticos. Não existem informações acerca dos preços, mas o produtor Chris Sigaty assegura que a maioria dos itens não vão afetar a jogbilidade. Chegámos a ver alguns exemplos disso, com uma versão alternativa de Diablo e a forma Paladin de Arthas, antes de se tornar no Lich King.

O mercado MOBA é difícil e a competição é feroz, mas a combinação da capacidade da Blizzard em tornar estas experiências mais acessíveis, com a sua reputação para design excelente, fazem de Heroes of the Storm um sério concorrente à coroa de League of Legends e pode abrir as portas do género a muitos jogadores novos. Se estão curiosos para saber mais, podem inscrever-se na Beta do jogo, que será lançada na primeira metade de 2014.

Heroes of the StormHeroes of the Storm
Heroes of the Storm

Textos relacionados



A carregar o conteúdo seguinte