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The Division 2

The Division 2: Campanha e Endgame

Depois do PvP e das Dark Zones, olhamos para a campanha de história e o Endgame de The Division 2.

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Há pouco tempo publicámos uma antevisão de The Division 2 focada exclusivamente na componente PvP e nas Dark Zones, que podem ler aqui, por isso, hoje vamos focar outros elementos do jogo - a campanha de história e o tão importante Endgame. Vamos também tentar responder, dentro do possível, a uma das questões que mais temos ouvido, se é possível jogar The Division 2 como um jogador solitário. A resposta? Sim, até certo ponto podem jogar sozinhos.

Um grande motivo para que o jogo seja mais apreciável a solo é o facto de Washington DC ser um mundo bem mais vivo e dinâmico que Manhattan no jogo anterior. Logo num dos primeiros momentos da nossa aventura a solo, vimos um veado a apreciar algum sossego junto de uma relva alta, exibindo todo um novo lado de fauna e flora que não estava presente no primeiro The Division, mas esse momento de paz durou pouco tempo, já que um grupo de outros sobreviventes apareceu à procura de comida e recursos. Os vários ecosistemas, o novo sistema de inteligência artificial, e o aumento de interação e detalhe, ajudaram a criar um mundo que nos parece bem mais interessante de explorar do que Manhattan alguma vez o foi no primeiro jogo.

Só jogámos três horas da campanha de The Division 2, logo não podemos falar em termos de uma possível sensação de repetição ou falta de variedade, mas o que vimos nestas três horas impressionou-nos, e mostrou que a Massive ouviu as críticas feitas ao mundo de The Division e procurou corrigi-las. No primeiro jogo era comum encontrar situações muito semelhantes, de inimigos a assaltarem alguém, ou a vasculharem um cadáver, mas The Division 2 terá muito mais variedade, já que vão encontrar inimigos e sobreviventes a agirem de acordo com vários tipos de agendas, necessidades, e contextos. Quanto ao jogador, irá explorar o mundo, tomar controlo de torres de transmissão, conquistar áreas ocupadas por uma das quatro fações inimigas, recolher recursos para melhorar a sua base, e cumprir uma série de missões, entre outras atividades.

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Como estas foram as três horas iniciais do jogo, uma grande parte da história envolveu encontrar outros agentes, recolher recursos, e trabalhar para aumentar as hipóteses de sobrevivência da nossa fação. Estas primeiras missões impressionaram-nos pelo grau de variedade em termos de inimigos, estrutura, e ritmo. Encontrámos um cão robô com uma metralhadora nas costas, bombistas, e oponentes com lança granadas que nos obrigaram a trocar de cobertura com frequência. Uma das missões passou-se no Museu Espacial de Washington, e colocou-nos numa série de situações e cenários impressionantes, desde um enorme salão com foguetes históricos, a uma recriação da lua.

A nossa maior queixa ao nível da campanha, do que vimos até agora, é mesmo a história e as personagens, que não parecem ser nada com particular interesse. O facto do nosso herói não falar também não ajuda, e a maioria das sequências de história envolveram entrar numa sala, receber ordens de alguém com característica distinta (uma cicatriz ou óculos escuros), e depois um comentário motivador como "vai apanhá-los!" ou "vai salvar a cidade!". Foram essencialmente três horas disto ao nível de história, mas quem sabe, talvez a narrativa melhore com o passar do tempo. Mesmo que isso não aconteça, a jogabilidade e o mundo de jogo parecem suficientes para agarrarem o nosso interesse.

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Quando alcançarem nível máximo, 30, terão acesso a especializações, que são essencialmente classes especiais: O Survivalist tem capacidades de cura e acesso a uma balestra especial com vários tipos de setas, incluindo o que pode ser apelidado de minas de proximidade; o Sharpshooter tem uma poderosa espingarda de longo alcance; e o Demolitionist tem acesso a um lançador de químicos especial. Por exemplo, com os seus químicos, o Demolitionist pode obrigar os inimigos a saírem das coberturas, altura em que o Sharpshooter pode eliminar alvos com o conforto da distância. Depois é só avançar e eliminar os restos, com a ajuda do Survivalist para lidar com potenciais danos sofridos.

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Quanto ao Endgame, terá algum conteúdo que pode ser completado pelo jogador solitário, mas a maioria das missões e atividades requer dois ou mais jogadores. O principal atrativo serão os Raids, "masmorras" especiais desenhadas para um grupo de oito jogadores. O jogo de raiz não vai incluir Raids, mas os primeiros serão lançados passadas poucas semanas. Outra atividade de Endgame será os Control Points no mapa, bases que terão de numa primeira fase conquistar, e depois defender de novas enchentes de inimigos. Se conseguirem (não nos pareceu nada fácil!), essa base será ocupada pela nossa fação, e dará acesso a uma área com vários baús de loot. Depois existe, claro, o PvP e as três Dark Zones, que já detalhámos noutra antevisão.

Se há que nos preocupou um pouco em termos de estrutura de jogo, é que a maioria das atividades e missões envolvem matar hordas de inimigos. Os novos 'brinquedos' do jogador, e mais tipos de inimigos, ajudam a manter o combate mais interessante que no original, mas gostaríamos que houvesse mais um pouco de variedade, talvez com áreas dedicadas a puzzles, como acontece com as áreas secretas de Far Cry 5, por exemplo. Quanto ao Raid, não o experimentámos, mas a Massive garante desafios que irão exigir mais do que simples disparos ao alvo. Aparentemente terão de descobrir formas de progredir e de ultrapassar obstáculos, agindo de forma coordenada.

Com todas as novidades que referimos em cima, caminhar por Washington DC pareceu-nos ser uma experiência bem mais imersiva do que a que encontrámos no primeiro jogo. A inteligência artificial, o grafismo, o detalhe, os efeitos sonoros, a interação, e o dinamismo, são tudo elementos que foram melhorados e reforçados, e que fazem toda a diferença. Tudo isto, claro, acompanhado de excelente ação na primeira pessoa, com controlos, armas, e habilidades extremamente sólidas. Os planos para o Endgame, misturando PvE e PvP, são também mais claros e focados, e no geral, The Division 2 parece ser uma sequela superior em todos os sentidos. Ainda temos algumas dúvidas para dissipar, mas para já, estamos satisfeitos com o que vimos e jogámos.

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