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Battlefield V

Battlefield V - Campanha de História

Visitámos a Líbia, vimos as batalhas em França, e resistimos à ocupação na Noruega.

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Em 2016 a DICE decidiu levar-nos de voltar à Primeira Guerra Mundial com Battlefield 1, não só moldando todo o multiplayer em torno dessa temática, mas também o modo War Stories, que funcionou como a campanha de história. Com estas narrativas, os jogadores tiveram a oportunidade de observar a guerra através de várias perspetivas, e com Battlefield V vão fazè-lo na Segunda Guerra Mundial.

A primeira história vai funcionar como prelúdio, uma introdução à guerra e ao próprio jogo. É uma sequência com pequenos rasgos de jogabilidade, em que num momento estão a comandar um tanque, e no outro estão posicionados como um atirador furtivo. Desta forma serão também apresentados a vários campos de batalha, e à escala global da guerra.

Depois de jogarmos este capítulo inaugural, a DICE colocou-nos no episódio Nordlys, baseado na Noruega. A DICE tentou ser autêntica até certo ponto, de tal forma que todas as personagens falam norueguês, com legendas em inglês. Dito isto, os eventos que vão experienciar durante o jogo não são exatamente autênticos. Não se trata de recontar exatamente o que aconteceu, mas mostrar histórias humanas que podem ter acontecido durante estes momentos.

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Neste caso específico a história está focada em Solveig, que no início do episódio procura resgatar um membro das forças da resistência, detido pelos nazis. Não vamos aprofundar muito o detalhe da narrativa, mas podemos dizer que é mecanicamente muito aberto. Um dos objetivos da DICE passou por eliminar a linearidade extrema das suas campanhas, preferindo abrir o mapa para que o jogador aborde os objetivos com alguma liberdade. Podem tentar uma abordagem furtiva, ou rebentar com os portões da base com um camião, por exemplo - a escolha é vossa.

Mais tarde, o jogo abre ainda mais, oferecendo ao jogador um mundo nevado para explorar. Podem usar os céus para atravessarem a neve, ou procurar cantos refundidos nas montanhas para investigarem o inimigo. Gostámos desta experiência, e pareceu-nos uma aborda fresca à Segunda Guerra Mundial, tanto em termos de jogabilidade, como de história, sobretudo porque é raro ver uma mulher associada a este tema.

A DICE está a misturar ficção com factos históricos, e embora afirme que o foco está nas histórias humanas, Solveig acaba por se ver envolvida em eventos que podem mudar o mundo para sempre. É também uma abordagem ao estilo de Hollywood, com muito espectáculo, mas terão ainda assim a oportunidade de experienciar as dificuldades do cidadão comum durante este período.

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Under No Flag foi outra história que tivemos a oportunidade de jogar, embora apenas por alguns momentos. Aqui vão acompanhar um grupo de criminosos, enviados numa missão para destruírem aviões inimigos. Embora sejam autênticos estereótipos britânicos, foi engraçado ter a perspetiva de um grupo de 'heróis' que não é assim tão glorioso quanto isso. A ação passa-se na Líbia, e vão assumir o papel de Billy Bridger, um convencido que se diz perito em explosivos, habilidade que lhe permitiu escapar à pena de prisão - desde que cumpra a missão. A abordagem mais aberta mantém-se, mas existe uma sensação maior de isolação - ninguém quer saber deste grupo de criminosos, e isso nota-se.

A última missão que jogámos foi Tirailleur, que conta a história de um francês de raça negra chamado Deme, que se juntou ao exército, e cuja cor da pele lhe irá arranjar problemas. Depois de ser obrigado a escavar, é finalmente chamado para uma missão, onde terá de enfrentar o exército nazi juntamente com os outros soldados. Neste ponto no jogo, a invasão nazi já dura a algum tempo, mas isso acaba por ser relegado para segundo plano, já que o foco é a sua desilusão com França, e ver isso partiu-nos o coração.

Não tivemos a oportunidade de jogar toda a história, mas parece ser uma narrativa mais trágica que as outras que vimos. Não só é Deme insultado e desrespeitado pelos seus companheiro, como é enviado para uma missão praticamente impossível. É uma situação ingrata, em que está a ser ordenado a lutar contra uma nação que o iria oprimir, ao lado de companheiros que não o respeitam.

Em termos de ação, as missões conseguiram apresentar uma boa variedade de ritmos e situações, embora em parte isso também recaia na forma como o jogador aborda cada missão. Em termos de jogabilidade e de qualidade visual e sonora, é exatamente o que esperamos de Battlefield, ou seja, muito elevado. Comparando com Battlefield 1, é até ligeiramente mais bonito, graças a uma nova tecnologia de iluminação ainda mais realista.

Saímos do evento impressionados com o que vimos do modo War Stories de Battlefield V. Não é uma grande mudança em relação a Battlefield 1, é antes um afinamento, e se apreciaram as histórias do jogo anterior, então vão gostar do que vão ver aqui. É claro que depois há tudo o resto, mas a nível de conteúdo singleplayer, Battlefield 1 parece estar bem servido, e pronto a agarrar os fãs de Call of Duty que possam sentir falta de uma campanha.

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